– Oh não, sempre a mesma coisa: mandamentos, obrigações, cumprimentos, confusões…”- Faz isto, faz aquilo…”- Pensar, trabalhar e o nosso corpo não para, rápido como uma máquina veloz, veloz… E a certa altura, já estás baralhado: testes, médicos, professores, pais, escola…
Finalmente, descansas, quando libertas o que sentes na tua escrita, é como sonhar acordado, relembrar, imaginar que escreveste há séculos, que não és Tu. Sentes-te tonta, enfim, cais num sono profundo, inacreditável, fantástico.
Voar, voar no futuro, no presente, no passado, sentir aquilo que nunca sentiste, ser alguém que nunca foste. Viver aquilo que nunca viveste.
O teu corpo, por fim, torna-se frágil: acordas, choras e apercebes-te que foi tudo um sonho, que agora vives na realidade, no verdadeiro, naquilo que tocas e apercebes-te que não desaparece como na ilusão dos sonhos.
Olhas em torno de ti e vês, afinal, como é lindo viver e ser alguém, ter amigos, pais, professores que ensinam a arte de viver.
Agora sim, acalmas, pensas e adormeces.
75 Anos CAD – Inesquecíveis Alunos
Joana Mesquita Filipe 6ºB nº17 03/04/1993