Mensagem da Natureza

calêndula que abre coberta de orvalhoPixaBay License Image parStefan Keller de Pixabay

O nascer de uma Flor transmite uma mensagem preciosa.

     Para mim a Natureza é vida, cores, perfeição, amizade… Todas estas qualidades são só palavras, mas não se pode dizer o mesmo da Natureza, porque ela é tudo, é complexa.

     Se tentarmos procurar uma resposta para nós, para a vida, a resposta está na Natureza, pois lá há uma resposta para tudo.

    Mesmo se não percebermos, a Natureza tenta-nos dizer muitas coisas pela maneira como os animais vivem ou como as plantas nascem.

     Para mim, o nascer de uma flor, enterrar a semente e regá-la até ficar grande e forte, é muito bonito, porque me transmite uma mensagem preciosa:

    Todos chegamos ao mundo pequeninos, mas com o “regar” que é o esforço e a dedicação, ficamos fortes.

    Mas se pararmos de regar, a planta morre. No nosso caso, perdemos essa força, por causa da preguiça ou da falta de esforço para chegarmos aos nossos objectivos.

     Por isso, temos de continuar a batalhar, a “regar”, para atingirmos as nossas metas. Mas sem magoar ninguém, nem derrubar alguém.

    E isto é só uma das mensagens que a Natureza nos passa.

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Um Pássaro com um Desejo


pássaros dourado e azul

         PixaBay 1 PixaBay 2 PixaBay License

  Conta a lenda que  outrora existiram dois pássaros:  um azul como o oceano, com pequenos toques de céu e de noite; o outro, com o tronco cor de carvalho e as plumas douradas, esvoaçantes como pétalas ao vento.

       O pássaro azul, com contrastes da noite e do dia, tinha o desejo de transformar-se em humano. Achava que, se fosse humano, seria mais ouvido e livre. Ele era um pássaro com muita imaginação.

     Certo dia, os dois pássaros estavam a voar a favor do vento, quando, de repente, avistaram um pequeno poço de mármore. O pássaro azul, com a sua imensa sede, veio de cabeça até ao poço, mas tão depressa que acabou por cair.

       Quando saiu do poço, não queria acreditar: quando olhou para  baixo teve uma tontura, ao saber que estava tão alto e com pernas e pés a tocar no chão. O amigo olhou para ele e disse:

        – Piu, piu, piu.

     O Azul não compreendia o que o Dourado queria dizer, mas apercebeu-se logo que se tinha transformado num humano!

                                                                             MS8b, CC8b,                             

A História dos Bombis – II

menina com asas num mundo mágicoPixaBay  PixaBay License

      Na cabeça de Flor só passavam maus pensamentos, não se via a sair daquele sítio misterioso e assustador. 

     Ouviu um barulho estranho e logo depois sentiu uma comichão nos pés. Flor pensou muitas vezes antes de abrir os olhos, mas, cheia de curiosidade, porém a tremer, finalmente abriu-os.

     Devagarinho, abriu os olhos e, muito espantada, deparou-se com imensas, mas muitas pequeninas criaturas, coloridas e nunca antes vistas.

     Esfregou os olhos com a esperança de que fosse um sonho ou alucinação, olhou para baixo e percebeu o que lhe estava a fazer comichão: nada mais era do que mais uma daquelas criaturas místicas coloridas.

     Cheia de medo, aproximou-se e tocou  o seu pelo vermelho e macio. A bolinha de pelo fez um som parecido ao dos gatos quando estão a gostar do carinho.

     Flor perdeu logo o medo e mudou o seu pensamento quanto às criaturas fofinhas e coloridas. Tentou comunicar com elas, mas parecia que tinham um dialecto próprio que mais ninguém percebia.

      As bolinhas explodiram e os seus membros foram para dentro: Flor percebeu que era assim que se movimentavam mais rapidamente. Seguiu-as…

(Continua)

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Flor Vermelha – 1

rosa vermelha e abelhaPixaBay PixaBay License

     Num longo, colorido e belo jardim, vivia uma Rosa vermelha, mas ainda não desabrochada, como um botão. A Rosa tinha a Família e os amigos perto dela, mas já fortes, com seus tons de vermelho à vista, para encantar os olhos de quem lá passasse.

      A pequena Flor queria ser como os outros, queria crescer e que todos passassem por ela, sentissem o seu perfume. A Flor vermelha mostrava-se muito forte aos seus mais chegados e mesmo aos desconhecidos do jardim.

     O único ser que sabia do seu complexo era uma abelha chamada “Docinho de Mel” que, no início, nunca chegou perto da Rosa, pois queria tirar  o pólen das outras rosas. Como via aquela flor tão fechada, nunca tinha ido falar com ela. 

     Até um dia em que foi levada pelo vento como uma pena e aterrou, já fraca e sem poder voar, ao lado da Rosa fechada como um botão.

       Foi nesse momento que a Docinho de Mel percebeu que ser diferente não era feio, mas sim único. Descobriu isso após ver as suas asas rasgadas.

      Chamou a Rosa e falaram até as suas asas recuperarem: assim nasceu uma Amizade. A Flor vermelha contava tudo o que sentia á abelha renascida, que ficava a pensar que conselhos partilhar com a amiga. (continua)

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A Menina que Escavava Túneis

túnel de luz

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     Era uma vez uma menina que, em todas as férias de Verão, escavava buracos: um no seu quarto e outros espalhados pelo quintal e pela cidade.

     Essas escavações eram todas ligadas por túneis subterrâneos.

    Ela tinha sempre de tapar os buracos com um pano e, por cima, pôr os diferentes tipos de chão, para que ninguém pudesse entrar nos túneis, mas só ela, pois sabia onde cada abertura ficava.

    Passados muitos anos, conseguiu terminar o seu trabalho duro.

    Para celebrar, convidou algumas das suas próximas e confiáveis amigas, para não haver nem um risco de alguém desconhecido entrar na sua obra-prima.

     Os túneis eram muito compridos: passavam por toda a cidade, por baixo da terra e, para as amigas não se perderem, punham pedras no caminho, para voltarem.

    Todos os dias, depois da escola, a menina, chamada Inês, e as suas amigas entravam num dos buracos da cidade e encontravam-se para estudar, trocar ideias e brincar só com jogos de tabuleiro ou jogos do género, pois o espaço era muito pequeno e nem dava para ficar em pé.

     Um certo dia, Inês estava no túnel e viu uma sua amiga e algumas crianças a entrar por um buraco ao pé da escola.

     A Inês ficou muito aborrecida com a amiga, pois achava que podia confiar nela, mas afinal não era o que parecia.

     No dia seguinte, Inês foi falar com a amiga sobre o que tinha acontecido no dia anterior, mas nem conseguiu dar um passo com a quantidade de Jornalistas a perguntarem sobre o túnel.

      Inês começou a correr e foi para casa. Ligou a televisão e estava a dar uma entrevista com a amiga: estava a dizer que ela é que tinha feito o túnel.

      Inês ficou tão triste com ela e foi chorar para o túnel. Aí viu um guia e turistas, como se aquilo fosse um museu ou assim…

     Inês arranjou uma maneira de impedir a amiga, chamando as Autoridades e dizendo que a amiga estava a mentir.

     As Autoridades não acreditaram á primeira, mas depois de ela ter mostrado a planta dos túneis e ter indicado todo o caminho subterrâneo, os polícias acreditaram.

     A partir daí, as pessoas começaram a pagar uma visita aos túneis. Ela conseguiu ajudar a Mãe a pagar as contas.

       A amiga arrependeu-se, a Inês perdoou-a e ficaram felizes para sempre!

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A História dos Bombis – I

PixaBay Pixabay License

      Numa cidade grande e com muita população, habitava uma menina do campo que não estava habituada à poluição, aos carros, às tecnologias e até mesmo ao pensamento das pessoas.

       A menina, chamada Flor, ia à Escola, mas não conseguia acompanhar as conversas das meninas da cidade! Então, Flor era uma menina muito reservada e falava com uma só amiga, a Fada chamada “Asas de Mel”, que era imaginária e vivia na sua fantasia.

     As recordações de infância da Flor passavam-se todas no campo a brincar na relva, o que era muito diferente das meninas da cidade que passavam o tempo todo nas redes sociais.

      Flor, para relembrar os velhos tempos, um dia em que saía da Escola, em vez de ir para casa, foi a uma Floresta onde havia relva e assim poderia brincar como dantes. Pelo menos foi o que ela pensou.

      Caminhou,  correu e brincou  com as Asas de Mel, até que viu a Árvore maior da sua vida! Ficou espantada por ter encontrado uma Árvore tão invulgar e única como aquela na cidade. Espreitou, observou e até tentou escalar a Obra de Arte da Natureza.

      E reparou… Reparou que a Árvore mais bela do mundo tinha um buraco que se abria em túnel numa das suas diversas raízes, e com um olhar de aventureira, Flor olhou para “Asas de Mel” e entraram no túnel.

      Depois de alguns minutos a escorregar no túnel, Flor e Asas de Mel puseram os pés no chão, estava coberto de folhas secas e começaram a explorar as paredes de madeira e o ambiente escuro e sombrio.

     Ouviram o barulho e… viram uma mini-explosão de cor vermelha e depois dessa, mini-bombinhas, uma de cada cor, rebentaram!

     Flor, assustada, começou a gritar, olhou para o lado e Asas de Mel já não estava lá. Viu-se em perigo, e o único que conseguiu fazer foi fechar os olhos e permanecer imóvel…

(Continua)

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O Muro Vermelho – II

muro de tiojolos vermelhos rodeados de linha verde

       Public Domain Pictures . Net

     O Ratinho não parava de pensar no Muro Vermelho, e não conseguia só ficar pelas palavras dos seus amigos animais!

      O Ratinho tomou uma decisão, depois de pensar muito.

     – Eu vou ultrapassar o Muro! – Exclamou o Ratinho.

     Então, foi para a sua casa, reuniu algumas coisas como uma lanterna e mantimentos e seguiu em frente! Não olhou para trás nem para os seus vizinhos!

    Então, começou a escalar, com um frio na barriga, e nervosíssimo, mas com a Adrenalina e o entusiasmo dos pés à cabeça!

      Até que chegou! Mas  com os olhos fechados não tinha coragem de ver o que estava para lá do Muro Vermelho.

     Olhou para trás e viu, talvez pela última vez, a sua cidade cinzenta e sem alegria. Decidiu então olhar  para a frente: abriu os olhos e ficou espantado!

    Era uma… uma cidade muito colorida e alegre, cheia de pessoas a sorrir e que já tinham encontrado a Felicidade!

     O Ratinho pôs os pés no relvado e sentiu uma Alegria que nunca havia sentido antes!

    Foi ter com um pássaro que lá vivia e disse que vinha do outro lado do Muro Vermelho e que era a primeira vez que visitava a “Cidade Colorida”.

     O Passarinho, com a testa franzida, perguntou de que muro é que o Ratinho estava a falar. O Ratinho olhou para trás e o Muro Vermelho já não estava lá.

      Então, o Ratinho percebeu que o Muro Vermelho nunca existira, mas ele é que não estava preparado nem seguro para ver o que está para lá do Muro!

    Era só seguir em frente e enfrentar os problemas, isso é o que representa o Muro Vermelho.

     Quando ultrapassamos os problemas ou as realidades de que não gostamos, nunca chegamos à Felicidade!

      Então, o Ratinho foi chamar os amigos, que só precisavam de um amigo ou de uma força para passar o Muro!

       Eles descobriram a Felicidade, mas o Leão não foi, porque não estava preparado mentalmente!

     Temos de enfrentar os nossos problemas para destruir o Muro e encontrar a Liberdade!

Reconto da História “Little Mouse and the Red Wall

by Britta Teckentrup

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O Muro Vermelho – I

     muro de tiojolos vermelhos rodeados de linha verde

     Public Domain Pictures Net

     Era uma vez um ratinho que vivia num aldeia normal rodeada por um muro vermelho.

      Esse muro era gigante e o ratinho tinha “muuuita” curiosidade em saber o que estava para lá do muro vermelho.

      O ratinho perguntou ao gato Roger que vivia na rua a seguir, se o gato também tinha curiosidade em saber o que estava para lá do muro.

     O gato fez uma cara de assustado e disse que o que estava para lá do muro era muito assustador.

     O ratinho, não muito convencido, foi perguntar a outro morador da Aldeia, e, desta vez, foi ao seu vizinho do lado, o Senhor Coelho; perguntou-lhe o mesmo, mas a resposta foi diferente.

      Desta vez, foi que, para lá do muro, não havia nada.

     O ratinho, ainda sem estar convencido, não parava de pensar no muro vermelho… (Continua)

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De Castigo…

visão em ângulo picado uma menina corre numa clareira junto á floresta onde estão adultosFlickr.com   Atribuição:  Domaine Public  

     Aaaaah! – exclamou a Luz, quando acordou. Saiu da cama, vestiu-se e foi tomar o pequeno-almoço.

     A Mãe aproximou-se dela com uma cara “chateada” e começou a gritar com ela, a dizer que, depois de sair da rua, limpasse os sapatos no tapete da entrada!

      Luz não percebia o que a Mãe estava a tentar dizer, mas depois lembrou-se  e viu as pegadas de lama.

     Ficou muito aflita, pois não sabia como explicar aquilo.

     Mal ia dizer qualquer coisa, a Mãe interrompeu, dizendo que ela ia ficar de castigo.

     A Luz, muito triste e contrariada, foi, sentou-se numa cadeira e ficou a olhar para a parede, a pensar como a sua vida era injusta.

     Ficou imenso tempo no castigo e até tentou fugir. Mas foi logo apanhada.

     Percebeu que não podia sair do castigo, mas perguntava-se o que ia fazer.

     Então, ficou a pensar na vida, a olhar pela janela, até que percebeu que estava a refletir.

     Chamou a Mãe e perguntou se podia explicar-lhe o que era refletir.

     A Mãe, já com um sorriso no rosto, respondeu:

    – Conseguiste!

     Luz não percebeu o que a Mãe lhe havia dito, mas tentou entender. 

     – Conseguiste – continuou a Mãe – Passaste no meu teste. A razão por estares de castigo, não foi só por teres sujado o tapete, também foi para refletires sobre os teus erros e pensares o que tinhas de mudar. 

     – Então isso é que é refletir.  – Concluiu a Luz. 

     – Sim, e agora que já sabes o que é, podes sair do castigo.

     – A sério? – exclamou Luz.

     – Sim – sorriu a Mãe – mas só depois de limpares o tapete!

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Gratidão

jovem sentada num rochedo alto contemplando um lago rodeado de altas montanhas

       Photo by Nadi Whatisdelirium on Unsplash

     Era uma vez uma menina que estava sempre aborrecida com a vida, mas ninguém sabia porquê. A rapariga, chamada Isabel, achava que a vida só seria boa quando lhe ensinassem a viver.

     Ela sabia que para viver é preciso respirar, mas ela achava que devia existir algo mais. 

    A Isabel tinha um amigo que vivia ao extremo e que só se sentia vivo quando fazia uma coisa tão radical como saltar de pára quedas, surfar em ondas gigantes ou escalar os Himalaias. 

     A Isabel não gostava muito da maneira como ele vivia, porque achava que ele vivia a vida ao limite arriscando perdê-la.

     Isabel continuava a procurar o que lhe faltava, esquecendo.-se que a vida estava a passar sem ela perceber. 

     A Mãe da isabel dizia à sua filha para agradecer o que tinha e viver o presente, mas Isabel não percebia a mensagem que a mãe lhe tentava transmitir. 

     Isabel, acordou um dia de manhã, viu o nascer do sol e percebeu que o que ela estava à procura era de agradecer a vida que estava a deixar passar  aos seu lado; agradecer ao pôr do sol, ao nascer do sol, aos seus amigos e, principalmente, à sua Mãe, que lhe tentava dizer isso há muito tempo.

     Mas o que a Isabel precisava era de escutar a Mãe, a si mesma e de agradecer a vida que estava mesmo ao seu lado; ela só precisava de a agarrar!

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