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Quando eu era pequena, eu dizia que a minha cor favorita era roxo, porque era a mistura de preto e rosa, uma mistura super estranha! Na fase dos ganchinhos, eu gostava mais de rosa; na fase mais gótica, gostava mais de preto e o roxo é a mistura dos dois: então, era o roxo, o meio termo.
A minha mãe, quando eu era pequenina, deu-me uma saia violeta cheia de folhos, linda; uma vez, eu tive um sonho com essa saia, na salinha da pré-escolar, no tapete dos pequeninos que parece água, ao pé do poste, que tem uma almofada para os pequeninos não baterem com a cabeça.
Eu acho que só me lembro de certos sonhos ou de parte deles, quando eu começo ou continuo a sonhar, quando já estou meio consciente e o meu corpo já quer acordar, mas eu, como sou curiosa, faço aquela tentativa de apanhar o desfecho do sonho.
Mas quem é que não quer ficar a dormir para acabar o sonho ou até um pesadelo, se gostares de filmes de terror?
Eu tento ter um mecanismo de não ter sonhos interessantes nos dias de semana, porque eu fico sempre a meio e nunca consigo terminá-los.
Ninguém quer ter um sonho cheio de ação, em que estás na Floresta a lutar contra vilões ou a galopar num cavalo e, de repente, teres de parar! Ou ter um sonho de uma história romântica, mas não ficas o tempo suficiente para descobrir se as personagens ficam juntas no final.
Se calhar, todos os sonhos que eu tenho nos dias da semana têm o mesmo final, que é alguém a dizer:
– Acordem, já são horas de ir para a escola !
CA6A