70 Anos CAD – Ao PROFESSOR – 3 – (2002)

Ao professor

     Meu Professor:  

     É a minha fonte de estudo, o que eu aprendo, vem tudo de si, meu amigo professor.

    Meu professor, quero que seja justo na escola, comigo e com todos os meus colegas.

    Quero que tenha amizade e também muito amor, por mim e por todos nós.

    Meu professor, quero aprender muita coisa e tornar-me um adulto muito estudioso e inteligente como tu, meu professor.

   Vou escrever textos, composições, poemas e preencher perguntas.

   Meu professor, despeço-me aqui, feliz, sabendo que amanhã estarei a aprender mais coisas de si.

70 ANOS – CAD Rodrigo G –  2002

70 anos CAD – O Futuro Pertence às Crianças – 2012

oficina do tempoOficina do Tempo – Setembro de 2012“Os Miúdos são sempre o único Futuro de que a Humanidade Dispõe”

      As crianças são o único ser vivo gentil, carinhoso, humilde, que tem uma alma limpa, não pensam na maldade, são almas indefesas que, ao longo do tempo vão crescendo e pensando noutras coisas como a justiça, a paixão.
    O Futuro será dominado por nós, as crianças, que em breve se tornarão em adultos, e, quando isso acontecer, vamos continuar a ser purificados pelas crianças, porque elas é que nos transmitem a importância de viver.
70 Anos do CADSF 6B 2012

70 anos CAD – A Família Mais Unida – (2011)

   Família

         Photo by Kevin Delvecchio on Unspla

     Somos a Família Bispo, famíla essa constituída por 4 pessoas: eu, a minha irmã, a minha Mãe e o meu Pai.

    Depois, tenho os meus Avós paternos , os Tios, os meus Bisavós e o meu querido Primo Miguel. Adoro a mina Família tal como é, muito unida.

     Gostava de ter mais uma irmã, mas os meus pais dizem que por agora, é complicado.

    Gostaria de ser bióloga, assim faria o que gostava, sentia-me realizada e conseguia a minha independência financeira.

     Diariamente, tenho o privilégio de ter os meus dois Pais, Irmã e Avós junto a mim.

     Gostaria de casar e ter filhos, confesso que uma Filha faria as minhas delícias…

      A Família é tudo para mim, sem ela jamais conseguia viver.

     A minha Família é a mais unida do Mundo!

Desejo Felicidades para o 5º C.

70 Anos de CAD – MB5C nº 22 do 5ºC – 2011

70 Anos CAD – 40 Anos da Vida de uma Escola III- (1990)

cad Imagem: Colégio Amor de Deus

     Era bem manifesto o desejo, quer dos pais, quer dos alunos, que abríssemos o Curso Complementar.

   A comunidade de Cascais estava em profunda expansão e nós tínhamos que atender às necesidades desta sociedade tão carente de valores.

     A ideia começou a tomar forma na mente da Irmã Margarida. Pensou-a, amadureceu-a e lançou-se na Aventura, com o estímulo de toda a Comunidade Educativa e o apoio da Congregação do Amor de Deus.

      Em 1989, começaram já a funcionar as novas instalações e o Colégio do Amor de Deus passou a ministrar também o Curso Complementar.

     O sonho tornara-se realidade: fruto de muito esforço, muito trabalho, de muito dinamismo e de um espírito de empreendimento, atrever-me-ia mesmo a dizer, de ousadia, que são dignos de louvar, pois arcar com a responsabilidade de uma obra de tamanha envergadura não era tarefa fácil.

       Todos os professores desta Escola estão conscientes de que tudo isso representa um acréscimo de trabalho e responsabilidade, mas é com muita alegria que vêem os seus alunos, após dez, onze ou doze anos de permanência no Colégio, optarem por aqui continuar no Curso Complementar.

     Isto é compensador, realiza-nos enquanto educadores e faz-nossentir que, pesar da tarefa ser árdua, vale a pena continuar.

    Estes quarenta anos do Colégio Amor do Deus são uma herança viva, carregada de potencialidades em ordem ao nosso presente e ao nosso futuro, pois que constituem para nós desafios a uma maior solidariedade e participação, a uma competência pedagógica sempre renovada, em que o diálogo franco e aberto surja como modo de comunicação entre todos. 

     Já não somos, é certo, uma pequena Família como éramos no início, mas podemos e queremos ser uma ComunidadeEducativa “Amor de Deus”, fiel ao espírito e ao lema do Padre Usera “Educar em, por e para o Amor.”

Professora Maria Helena Pinheiro – 1990

In “Boletim Informativo Do Colégio Amor de Deus”

Celebração dos 40 Anos do CAD

70 Anos CAD – 40 Anos da Vida de uma Escola II- (1990)

     cad

   Imagem: Colégio Amor de Deus

     Entretanto, o Colégio foi crescendo e as pequenas salas do chalé viram-se impotentes para comportar os alunos cujo número aumentava de ano para ano.

    Urgia um edifício novo com instalações próprias e adequadas. Este foi o segundo grande sonho que a comuniddade viveu e coonseguiu concretizar.

     No ano de 1973 inauguravam-se as instalações do Colégio do Amor de Deus, na Avenida de Sintra, em Cascais. 

    É então que se inicia a grande caminhada na construção duma nova comunidade, agora mais alargada e, portanto, mais exigente também, mas que se queria continuadora do espírito atento, carinhoso, afetivo e acolhedor que sempre fora vivido no nosso Colégio.

    A partir de então, a direção da Escola não se poupou a esforços na formação do seu pessoal docente, consciente de que as Irmãs e Professores constituem a alma e o coração da escola. Aliás, esta já era uma das grandes preocupações do Padre Usera. 

     O nosso colégio tem um estilo educativo muito próprio, em que os Pais acreditam e, por isso, cada vez mais o procuram. 

   É de referir que, nos últimos anos, de uma turma por ano passámos a três, triplicando, assim, o número de alunos .

     Para além disso,  em 1983, abriu-se, no Ciclo Preparatório e depois no Curso Unificado, a frequência na rapazes, numa tentativa de dar resposta às solicitações dos Encarregados de Edudcação e conscientes de que o regime de coeducação é propiciador de um crescimento integral mais harmónico e equilibrado.

    Mas, chegados ao final do nono ano, era com muita mágoa que os nossos alunos se viam obrigados a deixar o Colégio.

Professora Maria Helena Pinheiro – 1990

In “Boletim Informativo Do Colégio Amor de Deus”

Celebração dos 40 Anos do CAD

(Fim da II Parte )

70 Anos CAD – O que Vejo da Janela do meu Quarto (2010)

   janela sobre o ponete

     Photo by Tarik Haiga on Unsplash

     Observo, adiante da janela do meu quarto, a beleza do que está lá fora.

     À minha esquerda, observo a piscina do condomínio,  tapada, porque ainda não estamos na época balnear; á volta da piscina, pássaros que não param de piar e as folhas das árvores que não param de cair para dentro da piscina.

    À minha direita observo as flores lindíssimas que a minha Mãe plantou; o ar cheira a um perfume maravilhoso de flores, e as flores têm umas cores muito exóticas.

    Ambos os lados são muito engraçados: distinguem-se mais de dia, mas, de noite, observo-os como se fossem um paraíso.

     De frente, admiro o belíssimo jardim, com flores e algumas árvores. Avançando um pouco mais, encontram-se umas espantosas orquídeas que fazem com que o jardim fique perfeito. 

     Aprecio, um pouco mais longe, uma rua a estender-se, com um passeio muito estreito e umas casas bastante grandes, que se estendem por cerca de cem metros.

    Vejo carros a passar por mim, muito rápidos. À minha esquerda, reparo que existe um largo redondo, grande, com uma estátua no meio e várias pessoas à volta da estátua.

     Um pouco mais à frente existe um restaurante “snack Bar” onde se pode comer e beber vários alimentos;  mesmo ao lado, existe uma papelaria grande, com revistas e jornais expostas à volta; o senhor que está sempre lá a vender é de estatura média, magro e habitualmente com  óculos na ponta do nariz.

     Mais à frente, erguem-se uns pequenso prédios e alguns ainda a ser construídos.

     Ainda mais ao longe, consegue-se distinguir o “Cruzeiro”, o primeiro centro comercial do país, a esta hora fechado; olhando à esquerda, grandes casas, algumas abandonadas; se olharmos para a direita, distingiguimos logo o Hotel Palácio, um edifício imponente e luxuoso.

70 Anos  CAD FC6A nº2 – 2010

70 Anos do CAD – “A Minha Bisavó” – 2007

bisavóImage by Oberholster Venita from Pixabay 

     A minha Bisavó brincava muito comigo, porque gostava muito de mim e eu dela.

     Eu vi-a muitas vezes, só que, quando chegava a casa dela, estava a dormir, porque ia do Porto para casa dela, mas depois eu acordava.

      Uma vez, fiquei muito contente, porque, no Natal, deu-me muitas prendas e até me deu uma moto-quatro.

      Depois, quando ela morreu, fiquei muito triste, e eu, os meus Pais e os meus Irmãos choramos muito.

    Quando ia dormir, estava sempre a sonhar, quer dizer, a pensar nela. Às vezes os sonhos eram bons, estava-me a lembrar das brincadeiras que fazia com a minha Bisavó. 

    A minha Bisavó foi uma amiga muito especial para mim e para a minha Família. 

    Gosto muito de ti, Bisavó.

70 Anos do CAD FV5C 2007

70 Anos – CAD -” 40 Anos da Vida de uma Escola” I- (1990)

Colégio no Monte EstorilImagem: Google Street View

     I 

     Fazer a história do colégio do Amor de Deus é quase fazer a história da minha vida de professora – (já vai no vigésimo sexto ano). 

     2 de Outubro de 1950 – nascia uma Comunidade Educativa no Monte Estoril, num chalé  antigo, o número um da Avenida Faial, hoje ainda existente. 

    Eram apenas quatro irmãs que, com todo o carinho e com a ajuda de alguns professores leigos, iniciavam o seu apostolado junto de um pequeno grupo de alunas: apenas 22. 

     Filhas espirituais do Padre Usera, fiéis seguidoras do Mestre, movia-as o desejo de encetar uma obra num recanto do país que lhes oferecia um potencial enorme de ação educativa junto da infância e juventude. 

      Este era um dos campos de ação que o Padre Usera privilegiava. Ele acreditava que “a clarificação da mente, a capacidade de discernir eram condições essenciais para o bem-fazer”. A abertura do Colégio Amor de Deus era, pois, a concretização dos seus desejos. 

    E éramos uma família, uma família pequena, mas muito unida.

     Desde o primeiro instante, a formação integral das alunas foi objetivo pedagógico do Colégio do Amor de Deus e as Irmãs e Professores externos zelavam pelo enriquecimento, não só cultural, mas também espiritual e afetivo das suas alunas.

     Nem mesmo o aspeto lúdico era descurado. Antigas alunas desse tempo não esquecem a gincana que anualmente se realizava, com pompa e ciscunstância, no dia da “Menina Maria” em 21 de Novembro, em comas festas no Teatro  dos Salesianos, cujas instalações nos eram habitual eamavelmente cedidas. 

     Fiquei tão ligada ao Colégio que, enquanto Universitária continuei a frequentá-lo e, durante alguns anos, participei na sua Festa Anual. 

    Acabado o curso, logo as Irmãs me convidaram para ingressar no corpo doecento do Colégio. Era uma consequência lógica: o Colégio nunca deixara de ser meu e tinha agora a oportunidade de transmitir aos meus Alunos a vivência de Escolaque me fora dado experimentar. 

      Haveria tantas mais coisas a recordar…

Professora Maria Helena Pinheiro – 1990

In “Boletim Informativo Do Colégio Amor de Deus”

Celebração dos 40 Anos do CAD

(Fim da I Parte )

70 Anos CAD – Ao Professor -1 – 2002

   Ao professor

   Image by Gerd Altmann from Pixabay 

     Professor,

    Ensina-me o que sabes, quero ficar esperto, quero ser como tu, quero saber, quero aprender, para ter uma boa profissão, uma que eu goste de fazer.

    Para isso preciso de ti, Professor.

    Diz-me o que eu preciso de comprar, que eu compro; eu só quero é aprender. Se me puseres de castigo, tens que ser justo. 

    Eu gosto de ter um professor, gosto também dos intervalos, mas quando mudo de ano, fico cheio de curiosidde sobre qual o professor que me vai calhar!

   Eu queria um Professor um bocadinho severo e um bocadinho brincalhão.

    Que fosse alto, para todos o verem; que fosse justo para todos os alunos, mesmo que um dos alunos fosse seu filho.

   Bem, agora quero dizer:  – OBRIGADA, Professor!

70 ANOS do CAD – JM5B nº16 – 2002

70 Anos – CAD – 44 Anos no “Amor de Deus”

     

  Imagem: Oficina de Escrita 

     O Colégio do Amor de Deus faz 70 anos e eu sinto que faço parte desta sua longa história. 

    Primeiro, porque fui aluna do colégio no Monte Estoril, durante 5 anos, tinha ele acabado de nascer, onde tive  uma grande proximidade com as Irmãs.
Bé alunaImagem: Gentileza da Autora
     Depois porque, mal acabei o curso da faculdade fui convidada, pelas Irmãs, aos 22 anos, para fazer parte do corpo docente do colégio, onde permaneci como professora de Inglês durante 39 anos.
   Não foi um percurso qualquer, foi sim uma longa experiência de vida, de enriquecimento humano, como pessoa e como profissional.
 
    O Colégio foi, sem dúvida, para mim, uma segunda casa, onde cada dia de trabalho representava a alegria do encontro, da entrega, da partilha e do convívio, com alunos, Irmãs, colegas de trabalho e funcionários. 
Bé ProfessoraImagem: Gentileza da Autora
   Foram anos muito felizes e de grande realização pessoal e profissional. 
   Desejo que muitos anos ainda venham, em que cada professor possa testemunhar a mesma alegria e o mesmo prazer que eu tive em fazer parte da Comunidade Educativa deste Colégio.
Professora Helena Pinheiro 44 anos de CAD

70 ANOS-CAD – Um Fiel Companheiro- 1992

     Momentos de conforto e paz

     Photo by British Library on Unsplash

     Está a anoitecer. Estou sentada na minha cama e, ao meu lado, uma caneca com chocolate quente. Virando-me para trás, vejo as portas castanhas do meu armário, um poster muito especial e cativante, onde dois elefantes olham o céu estrelado com uma eterna felicidade.

    Entre a minha cama e a do meu irmão, ambas amigas dos nossos sonos, está um tapete branco no chão e uma mesa de cabeceira escura com quatro gavetas. Em cima, um candeeiro que ilumina as minhas leituras, à noite, na cama, um despertador que chama para cumprir os meus deveres e alguns bibelôs.

    Ao meu lado esquerdo está um móvel castanho, com três prateleiras, onde estáo bonecos de peluche que desde há muito me fazem companhia, livros da minha infância que tanto me divertiram, livros de Aventuras onde encontro o mistério e a excitação.

      Ao seu lado, fica uma mesa redonda coberta poruma colcha rosa, em cima desta um rádio que dá um som ótimo, alguns pequenos bonecos de criança a quem me afeiçoei, perfumes com aromas frescos; um palhaço de olhos azuis, nariz vermelho, vestido com um fato-macaco às riscas vermelhas e laranja, com um grande sorriso nos lábios; este recorda-me de todas as gargalhadas e gritos de alegria que dei até hoje e uma bolsa de remendos feita pela minha bisavó.

    Quando os cortinados, brancos e delicados, estão abertos, a luz do sol ilumina o meu quarto com vaidade e os seus raios penetram até ao mais íntimo.

    À noite, em frente de uma imagem de Cristo, que fica por cima da mesa de cabeceira, rezo com confiança e fé.

    No meu quarto vivo momentos de pleno conforto e paz. Seu ambiente é agradável e sereno.

    É nele que leio, ouço música, brinco, durmo e converso sozinha; por vezes interrogo-me, procuro desafios e sinto que sou escutada.

    O meu quarto é um verdadeiro espelho onde a minha personalidade e maneira de viver estão refletidas. Ele combina com aquilo que sou. Eu adaptei-o a mim, para que tudo se torne mais sintonizado.

    O meu quarto é um fiel companheiro. 

70 Anos do CAD – JRP -nº20 – 6ºB – 1992

70 ANOS – CAD – “O Meu Quarto Acolhedor” – 1992

   

 Photo by Vidar Nordli-Mathisen on Unsplash

     Quando se entra, o nosso olhar é logo atingido pelos pequenos ramos de flores estampados no branco limpo do papel que forra as paredes, tornando o meu quarto confortável e acolhedor.

     Logo depois, a nossa atenção é chamada pelo leve tic-tac que vem da mesa de cabeceira, onde um pequeno e antigo despertador verde dá um ar misterioso ao quarto, fazendo-nos pensar que este está a meditar.

    Também nesta mesinha está um pequeno naperon que, com suas cores claras condiz perfeitamente com um pequeno candeeiro de pé de madeira que à noite ilumina uma imagem de Nossa Senhora, que, tão simples, mas tão bela, parece incendiar-se com a luz.

     No meio do quarto, uma mesa de madeira muito lisa e brilhante, faz-nos convencer que pertence a um grande armário, onde, do lado direito, bonecos diferentes parecem representar uma peça de teatro.

     Em cima da cómoda estão vários livros, uns em cima dos outros, prontos para serem lidos e cujos títulos variados despertam curiosidade.

    A grande janela, que dá para uma pequena varanda, alegra muito o quarto, principalmente quando os cortinados estão fechados e a luz passa através do amarelo vivo destes.

    Tudo isto serve para sonhar e talvez, em toda as gavetas e até atrás dos ponteiros do antigo despertador, estejam pequenos sonhos à espera de serem realizados.

C R 6º, 1992

70 ANOS do CAD

(Texto escolhido para a Prova Global de 1992)

70 ANOs – CAD – “Um Poder Novo” – 2010

lerPhoto by Nong Vang on Unsplash

      O meu livro preferido são as “Aventuras de Teodora” e gosto muito de o ler, porque é muito entusiasmante e desperta-nos a atenção, o que nos faz ficar agarrados ao livro.

     Eu adoro ler, é uma das minhas atividadesfavoritas. Faz-me aprender, mas não sei explicar porque gosto de ler, só digo que adoro, porque é mesmo.

     Os meus tipos preferidos de livros são os de aventura e mistério. O livro que eu li e de que não gostei nada foi “A Bruxinha Lili e a Cidade Submersa”, pois não me despertou muito a atenção, não era bem o meu género de livro e tinha palavras demasiado fáceis, pouco implícitas e eu gosto muito de explorar livros com palavras difíceis, pois é um desafio para mim.

     O primeiro livro que eu li foi um livro para pequeninos, mas o meu primeiro livro a sério foi no final do primeiro ano, “Geronimo Stilton e o grande Segredo do Conde”.

      Quando eu não sabia ler, antes de ir para a cama, obrigava os meus Pais ou a minha Avó a ler, nem que fosse só uma página. Desde pequenina que aprecio muito lerem para mim e ler também sozinha. Quando comecei a ler, senti um poder novo, um poder de viver aventuras sentada ou deitada, a ver letras a passar.

IB5A – nº18 – 2010

70 ANOS – CAD

Imagem: Oficina de Escrita    

     O nosso amado Colégio faz 70 anos. À exceção do pequeno oásis das Irmãs, a situação inédita que vivemos parece ter reduzido a nossa segunda casa a uma casca vazia: corredores escuros, salas desertas, janelas fechadas.

     Mas não é assim: tal como a Igreja não é formada pelos seus templos, mas pelas “pedras vivas” que são as Pessoas, assim também o verdadeiro Colégio não é o edifício sito na Avenida de Sintra, mas a Comunidade Viva que formam as nossas Irmãs, os nossos Alunos, as nossas Assistentes Educativas, os nossos Pais, os nossos Professores.

    O Colégio Amor de Deus é também, como cada Pessoa, a totalidade da sua História. O Colégio inclui o trajeto completo, de comunhão vivida entre tantos,  desde a remota origem no Monte Estoril, em 1950, depois o percurso pela  espessura dos seus 70 anos de vida partilhada, e ainda a clareira iluminada do nosso “Hoje” em que celebramos o caminho andado.

    O Colégio Amor de Deus está ainda misteriosamente voltado para a abertura de um Futuro desconhecido, que faz parte da sua essência e que – aconteça o que acontecer – sabemos estar “destinado à lei do Amor”, nas palavras do nosso Padre Usera.

   A Oficina de Escrita une-se à celebração de todos estes elementos que pulsam no coração da Escola, passando a publicar algumas vozes juvenis do passado, que conservam a frescura e a energia da primeira manhã.

     São as vozes preciosas dos nossos inesquecíveis Alunos, que com tantos outros, foram tecendo, passo a passo, na interminável paciência do trabalho vivido nas aulas, a alma vibrante do nosso Colégio.

70 Anos – CAD  OE