75 Anos CAD – O Sonho – 1988

 

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     Todos nós, as crianças, sonhamos com alguma coisa que desejamos ter.

    O meu sonho era ter uma bicicleta.

    Um dia, esse sonho realizou-se; os meus Pais ofereceram-me uma bicicleta com as cores que eu desejava. 

    Com ela faço grandes aventuras: tenho feito corridas com os meus amigos, tenho ido à praia com ela e vou, aos fins de semana, a casa dos meus avós e, às vezes, até como lá.

75 Anos CAD – Joaquim – 5ºAno – 1988

75 Anos CAD – Diário – 1988

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     Querido Diário,

     Tu nem sabes o que aconteceu há um tempo atrás; eu fui à casa do Francisco, nós queríamos ver um campo de futebol e tivemos de passar por um lugar em que tínhamos de ir juntinho às pedras, porque, se nós caíssemos, partíamos uma perna.

    Eu escorreguei, caí, mas por sorte, segurei-me; nós fomos buscar plantas para as nossas mães: eram rosas.

   Nós conseguimos passar e fomos buscar as plantas e alguns bonecos caídos. O portão abriu e nós safamo-nos com tudo.

     Foi uma aventura bestial, não achas Diário?

75 Anos CAD – Luís Freitas, 9 anos –  5º ano1988

75 Anos CAD – As Melhores Festas! – 1992

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    As Festas são momentos emocionantes em que festejamos acontecimentos especiais da nossa vida.

   Nas Festas, as pessoas estão alegres e conversam, conversam e nunca mais param, parecem umas galinhas, porque estão sempre: Blá, blá, blá…

   As pessoas, quando há festas, vestem-se muito bem, às mil maravilhas; usam penteados chiques e uns brincos a condizer. Há danças magníficas e uma música festiva ou natalícia.

    No dia 24 de Dezembro, passei o Natal em casa dos meus avós paternos e no dia 25, em casa dos meus avós maternos.

   No dia 24 vieram os meus primos, que eu não via há tanto tempo! No princípio, os primos mais velhos e eu lemos uma oração e os mais pequeninos cantaram músicas muito engraçadas; desejamos um Feliz Natal a todos e abrimos os presentes.

   Recebi tantas coisas que fiquei tão excitada! O jantar era perú com arroz de passas e pinhões, as entradas eram salmão, torradas, manteiga e outras coisas ótimas.

   A árvore estava lindísssima, com fitas douradas e bonequinhos pendurados. O presépio estava completo, com tudo, não faltava mais nada. A mesa, cheia de comida e era tudo tão bonito, era uma maravilha. O dia 25 foi também uma maravilha!

    Se não houvesse Festas, a vida não seria a mesma coisa, as pessoas não andavam tão excitadas e alegresl Para mim, cada acontecimento especial é uma Festa!

75 Anos CAD – Carlota Melo Nº4, 5ºA – 1992

75 Anos CAD – Festas, Férias, Ano Novo: Sempre! -1990

 

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      Eu consigo sentir as festas. Sinto-as vivas dentro de mim!

     Acho que as Férias e o Ano Novo são também festas. Todos os dias, só por serem diferentes uns dos outros, são festivos. Parar e refletir faz bem e é preciso. Ora, durante o período em que refletimos é como se fizéssemos umas longas férias!

      Longas, porque o pensamento vai para longe e transmite-nos uma grande felicidade, ao lembrarmo-nos dos nossos familiares, de quem muito gostamos, e também de momentos alegres da nossa vida. Só por nos transmitir esta maravilha, já é uma festa.

      Quando refletimos, sentimo-nos alegres, mas também que podíamos sentir-nos ainda melhor, se melhorássemos algo que estava imperfeito e procedêssemos melhor para com outras pessoas. 

      Estas paragens são avanços na cultura, mas uma cultura especial. A cultura familiar, isto é, como se deve proceder em casa com marido, mulher e filhos. A cultura da amizade, as relações que devemos ter entre amigos íntimos e colegas ou pessoas conhecidas. A cultura da ajuda aos mais necessitados.

     Sempre ouvi dizer que durante a nossa vida, vamos construindo uma escadinha para o céu, feita de boas ações. A ajuda aos mais necessitados é um bom passo para a construção da nossa escadinha.

75 Anos CAD – Susana Pinto, 6ºC – 1990

 

75 Anos CAD – Sonhando com o Futuro – 1992

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     São 10h da noite. Álvaro despede-se dos pais e vai-se deitar. Na manhã seguinte, acorda maravilhado com o sonho que tivera e resolve contá-lo aos colegas da escola: 

     – Eu encontrava-me num colégio que não tinha nada a ver com o nosso.

     A começar pelo edifício, que mais parecia uma nave espacial, até aos alunos e professores que faziam lembrar bonecos articulados, tudo era novidade para mim.

   Quer as carteiras, quer as cadeiras eram vidradas, tinham luzes de cores, faziam inmpressão aos olhos; não havia cadernos nem lápis, todo o material consistia em computadores portáteis.

   No refeitório, a comida era toda às bolinhas que me faziam lembrar comprimidos, sendo servida por robots.

     Nas casas de banho… bem, se vocês vissem, era tudo eletrónico. E as camas! As camas tinham o feitio de um ovo todo transparente que se abria e fechava.

    Quando eu já me estava a sentir integrado no meio daquele ambiente todos espacial, o despertador tocou e eu acordei. Afinal tudo não passava de um sonho, com muita pena minha.

75 Anos CAD – Ivo Mello 6º ano – 23/09/1992

75 Anos CAD – As FESTAS!!! – 2000

 

     

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     Olá! Aqui estou eu para vos explicar o que são festas, como passo as minhas festas e pode ser que ainda haja tempo para outras coisas.

      As festas fazem parte da nossa vida, são acontecimentos. É nas festas que há surpresas, muitas prendas, coisas maravilhosas.

     E alguém sabe o que é que nós queremos, nas festas? Todos nós queremos que o tempo não acabe, pois são momentos dilatados.

     Quais são as festas que todas as pessoas comemoram ao longo do ano? O Natal, a principal festa do ano; a Páscoa, que também é muito importante; o Carnaval, a festa das máscaras e ainda a passagem de Ano. 

     Muito bem, chegou o momento de vos dizer o que é o Natal e como eu passei o Natal e o Ano Novo.

   Já passaram dois mil anos que nasceu o Salvador do mundo, aquele bebé chamado Jesus, o filho de Maria, a Santa Mãe. Mas ainda não vos contei nada! O pai é o poderoso Deus. O homem que criou o planeta Terra; o Sol, isto é, a luz, a noite, o dia, os animais e coisas lindíssimas. Portanto, o Natal é o nascimento de Jesus Cristo, o verdadeiro Rei.

     Como eu passo o Natal? No Natal, eu vou para a terra dos meus Pais, o Soito; fica situado a Norte de Lisboa. No dia 24 de Dezembro, de 1999 à meia-noite, eu fui à missa do Galo, uma coisa esplêndida. Quando saí da missa, havia uma fogueira de quatro metros, linda! E os escuteiros tocaram tambor.

    Mas quando cheguei a Cascais, já estava com saudades lá do Soito. É um sinal de que eu adoro aquela terra. E é verdade.

    A passagem de Ano foi inesquecível! Este ano comemorei-a na Aroeira, com uns amigos, os meus Pais e o meu irmão Diogo. Quando cheguei, sentia alegria por ver ali amigos que já não encontrava há bastante tempo. Mas, medo também, só pensava: ” o Bug, o Bug, o Bug”.

     Entretanto, chegaram outros amigos, entramos em casa, estivemos a abrir prendas. Eu recebi um perfume “Freedom”, da Tommy, que, ao pô-lo, fez-me esquecer de tudo e, quando dei conta, estava em Plutão –  mas foi só um pensamento. Ofereceram-me também um fio com uma estrela encantada que me levou até à Lua de foguetão. Deram-me também uma saia e um casaco que fazia conjunto e eu fui parar às discotecas.

       Tive nas minhas mãos uma pulseira de ouro e um jogo de jóias que me fez lembrar uma rainha. Ainda me entretive um tempinho com os presentes que me ofereceram. E assim lá se passou uma boa hora.

    As minhas amigas e eu estivemos a dançar vários tipos de música. Quando olhei para o relógio já era meia-noite menos dez minutos. Então fomos todos para a sala pegar no copo de champanhe e nas passas. Uma amiga minha disse-me:

     – Se não gostas de passas, come três uvas. Ma comes uma de cada vez, que é para pedires três desejos. Pois se meteres todas na boca de uma só vez, não sabes qual é que estás a trincar e podes sem querer, pedir os três desejos numa só uva; portanto, uma uva de cada vez, um desjo de cada vez.

      E eu assim o fiz. Era muito mais saboroso e caíram muito bem no estômago. Na contagem decrescente: 25, 24, 23, 22, 21, 20, 19, 18, 17, 16, 15, 14, 13, 12, 11, 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1… E Eu estava novamente com o pensamento: ” O Bug, o Bug, o Bug”.

75 Anos CAD Inês Nabais, nº 13 – 5ºA – 7/01/2000

 

75 Anos CAD – Diário: Surpresa – 1992

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    Querido Diário,

    Eu gostava de te contar uma grande e agradável surpresa que eu tive num belo fim de semana. Os meus avós, no passado dia 22 de Agosto, fizeram 50 anos de casados . E é acerca deste assunto que eu te vou contar.

     Cinco dias antes dos anos de casados dos meus avós, a minha Mãe, misteriosamente, dizia: – Filipinho, tenho uma grande surpresa que nos aguarda.

     E eu, curioso e farto de roer as unhas, perguntei: 

     – Mamã! Diz-me, por Amor de Deus!

     E ela, vendo a minha cara desanimada, exclamou:

    – Só te conto amanhã, mas…só com uma pequena condição: hoje à noite, João Filipe Ramos, tu vais ter de comer a sopa toda!

     E eu, preocupado com a dor de barriga que a sopa me ia fazer, chorei, chorei e chorei… Passados já dois dias de os lenços de papel terem acabado, a minha Mãe deu-me mais uma pista:

     – Vamos viajar…

      E assim foi. No dia combinado, fomos para Tomar, onde tomamos grandes banhos de sol e no rio, pois a estalagem ficava na ilha. Mas para te confessar, o que eu gostei mais foi da viagem de barco que tínhamos de realizar para chegar à estalagem.

         Foram uns dias muito bem passados, onde todos se divertiram.

  75 anos CAD João Filipe R. – nº 15, 5ºA – 1992

 

Marandallah – Missão APÔH

 

Google Maps

     “Marandallah” é o nome mágico de uma comunidade distante, situada no interior da Costa do Marfim, na África negra, a 5 mil 440 kilómetros de Lisboa. 

     Aí vivem cerca de 40.000 pessoas, (segundo o censo de 2014) dispersas por 21 aldeias; unidas pela riqueza de um diálogo interminável, são diferentes religiões, visões do mundo e sensibilidades que mutuamente se escutam e enriquecem.

    Os missionários da Consolata vivem em Marandallah desde 2002; a sua ação centra-se na saúde, na educação e no diálogo interreligioso, pois empenham-se nessa comunhão criativa  e abençoada que une entre si a maioria muçulmana e as outras minorias religiosas.

Instagram – Missão Apôh

    O Projeto missionário dos 12 Jovens voluntários tomou o nome de “Missão Apôh – Costa do Marfim 2022”. “Apôh” significa “Amor”, em Senufo, que é a língua local de Marandallah.

Voluntários Missionários da Consolata    

     Na companhia do Padre Queniano Anthony Malila e de um casal de Leigos Missionários, a Iara e o Gonçalo, os 12 jovens partiram numa aventura que envolveu uma generosa disponibilidade para o esforço físico, a abertura de coração para o inesperado de uma partilha de vida com crianças e adultos, todos recetivos à graça do livre dom que sempre recompensa as nossas ousadias.

   A preparação para a Missão teve início em Novembro de 2021, ao ritmo de encontros quinzenais,  tendo os jovens lançado campanhas  em diversas paróquias e movimentos solidários. 

   Assim,  angariaram apoio financeiro, material escolar, material de cuidados de saúde e peças de vestuário; ao mesmo tempo que foram entrelaçando os seus laços de jovem comunidade no tecido do projeto em gestação. 

Centro de Saúde de Marandallah

    Reabilitar e equipar uma escola pré-primara bem como o centro de saúde de Marandallah foram os objetivos contabilizáveis, cujo sucesso ficou verificado em obra feita, mediante horas dispendidas em generoso empenho.

   Porém, fica  ainda por dizer o inefável encanto das presenças infantis que trouxeram a graça livre das suas brincadeiras, a descoberta dos outros na sua indizível proximidade ao nosso coração, o restaurador afago da natureza envolvente, na sua  viva beleza tropical, e toda esta misteriosa comunhão adensando-se na partilha sentida das eucaristias.

Escola Pré-Primária de Marandallah

       Podemos seguir os vestígios de ouro desta aventura única , lendo o Diário dos Jovens no seu Facebook ou Instagram; esperamos ainda poder encontrá-los pessoalmente, em cordial entrevista, a fim de a transmitir aos nossos Alunos, tanto mais que neste grupo juvenil se encontra também a Mafalda, nossa querida antiga Aluna. 

      A realização deste projeto corajoso abre-nos um horizonte de mil possibilidades de Paz para o mundo; quem dela se aproxima com boa-vontade, recebe as suas sementes de Vida, recheadas de poder transformante.

 

Com a Missão Apôh Partilha de Inspirações – OE

75 Anos CAD – Entrada de Diário – 1992

 

     

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      – Avó!

    – Sim.

    – Conta-me como te sentiste quando passaste para o quinto ano. 

    – Bem, quando passei para o 2º ciclo…

     – 2º ciclo? – perguntavam os seus netos.

     – Era como se chamava naquela altura. Bem, quando passei para o 1º ano, estava ansiosa por conhecer os professores e habituar-me ao “Hábito” do ciclo. Gostava de todas as professoras, além de as confundir um pouco. Naquele tempo, quando passávamos para o 5º ano, eram separadas as turmas, por isso fiquei triste de perder amigos, mas fiquei feliz de ficar amiga de outros. Éramos uma turma só de bons alunos, mas atrevidos e conversadores. Os primeiros dias foram divertidos, porque os “stôres” faziam rir. 

    – “Stôres”, avó?

    – Era o hábito do 5º ano.

     – Avó!, a sua escola era só de meninas? 

     – Não! Era mistura.

     – Com rapazes na mesma aula? 

     – Esse é que era o problema; eram muito chatos!

     – Ah, ah, ah! Ainda são!

     – Bem, queridos, vamos lanchar. A avó fez uma tarte de maçã e o bolo de ananás que vocês tanto adoram!

      A avó vai ao frigorífico e serve os seus netinhos: 

     – Hugo, não sejas egoísta, também queremos comer.  – diz uma das suas netas.

     – Filipa e Helena, há para todos.

     – Avó, os bolos estão uma delícia!

75 Anos CAD Ana Pessoa, 5ºB nº2 – 1992

 A nossa querida Aluna Ana, tal como o anunciou aos 10 anos,  tornou-se uma Verdadeira Escritora