A Escrita ao Serviço da Vida

 

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   A prática regular da escrita livre  – à margem de deveres profissionais, académicos ou outros fins utilitários –  pode ser considerada como um fator importante do desenvolvimento pessoal, independentemente da idade de quem se dedica a esse exercício.

      O ato de escrever ajuda-nos a desacelerar o impulso com que, tantas vezes, nos encontramos lançados em afazeres e preocupações diárias; abre-se, para nosso alívio, uma pausa nos objetivos de curto alcance, primeira condição de possibilidade para uma reflexão; os pensamentos voltam a reconhecer as emoções que os inspiram na sombra, e assim, mais unificado e confirmado, o nosso interior torna-se livre para  atender ao momento que vive.

    A expressão escrita, mesmo a mais espontânea e não planificada, estende os seus dedos de cego na direção do que de indefinido continuamente vibra e volteia em nós: ao nomear vultos, eles tornam-se formas; ao descrever movimentos, descobre trajetos.

 

Com os Trabalhos da Oficina – Partilha de Inspirações – OE

O Lançar de uma Sonda

cadescrita.org

     Podemos ler para compreender o que é, onde estamos todos, o que, nesta caminhada de tempo, vamos sendo. Assim também, podemos escrever para tentar configurar o que compreendemos, para descrever onde nos situamos, para narrar o processo que somos.

    Escrever imita, assim, o próprio movimento da vida, expressa-o e serve-o. Movimento, por vezes imperceptível, onde se vai desenhando a nossa experiência de ser, a qual participa do mesmo dinamismo e pujança inerentes a toda a realidade.

   Não se trata, portanto, de mero exercício académico, desprovido de raízes no húmus do real vivido, sem mordente sobre a nossa relação primordial com a aventura de dar sentido ao existir.

   Escrever é também o lançar de uma sonda para fora da segurança de estar a bordo, na ousadia, em aparência insensata, de interpretar um oceano que não tem fim.

   Como se cada um de nós fosse “uma palavra a dizer”, tarefa de uma vida, que não pode ser delegada nem adiada, mas que só se articula em conjunção com toda a realidade, em relação com todos os outros, no íntimo espaço aberto para o horizonte que tudo supera e onde apenas pode germinar uma comunhão verdadeira.

Razões para Escrever – OE

A Escrita ao Serviço da Vida

Oficina de Escrita – Prof Paula Xavier                                                   

          “A tua oração é o grito do teu desejo. Redige essa oração por escrito: esse primeiro esforço criador fará com que cresça em ti a coragem.”                           

Sto. Agostinho, sec. V

     

     O exercício da expressão escrita –  seja na sua vertente expressiva, reflexiva, criativa, ou outra –  é sempre  uma experiência de liberdade.

    Com efeito,  tal exercício só pode aceder a uma forma única e pessoal se, para lá da circunstância de um dever académico, for também voluntário;  se, para lá da utilidade dos objetivos  curriculares, se colocar, também, desinteressadamente,  ao serviço da Vida.

     Quem fez, ainda que de passagem e a intervalos muito irregulares, essa experiência vital de autenticidade, sabe que só ela tem o potencial de libertar energias que, de outro modo,  permaneceriam compactadas  e inúteis, nos meandros subterrâneos do nosso viver apressado.

    São  energias do mais puro quilate, as mais próximas da Fonte de onde brota, misteriosamente, a cada momento, a nossa própria Vida;  elas ascendem,  por assim dizer,  ao apelo da escrita – que tem o dom de as convocar  – e ficam disponíveis para a nossa  vontade.

   São elas que tornam possível “o golpe de alma” necessário  a uma tomada de decisao;  são puras forças de coragem que o exercício da escrita drenou para a luz da consciência.

     Certamente, há outras descobertas essenciais a realizar neste exercício  tão rente ao chão do vivido. Hoje queríamos apenas destacar aqui esta virtualidade,  tantas vezes suposta em silêncio,  mas repleta de possibilidades de Vida,  que o exercício da expressão escrita pode oferecer aos nossos Alunos. 

Agenda 22-23 Instrumentos de Vida – OE

O Pacto Global para a Educação

 

Pacto Educativo Global – PDF

     Em setembro de 2019, o Papa Francisco convidou à criação deste documento prático, publicado em Outubro de 2021, que propõe 7 linhas de ação para orientar a renovação do processo Educativo em todo o mundo; o seu objetivo final é contribuir eficazmente para uma “nova solidariedade universal” e uma “sociedade mais acolhedora”.

    Aludindo ao provérbio africano “é preciso uma Aldeia inteira para educar uma Criança”, o Papa pede que se construa, primeiramente, esta “Aldeia educativa”: ela apresenta, afinal, o dinamismo de uma “jornada partilhada” que se realiza por atos de “coragem”:

          • A coragem de colocar a Pessoa Humana no centro.
          • A coragem de investir as melhores energias de cada pessoa com criatividade e responsabilidade.
          • A coragem de formar pessoas capazes de se entregar em Serviço à Comunidade.

     Organizado em 7 secções, o documento apresenta, para  cada um dos 7 compromissos, uma breve definição, algumas ideias para reflexão, os principais valores em presença e preciosas sugestões para os Educadores e os Educandos concretizarem, na realidade viva da Escola, estes projetos transformadores

Site de Global Education Compact – OE

Valores Admiráveis

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 Na vida, quem foi mais importante? Como?

D.S. – O Pai e a Mãe. O pai, para transmitir o valor de não desistir dos meus sonhos. A mãe, para transmitir o valor de nos portarmos bem e sermos educados.

P. G. – A minha família que sempre está aqui, para ajudar e me transmite amizade, o deixar-me feliz e a lealdade.

P. C. – Os nossos pais estão sempre em cima de nós para não falharmos na vida e estão sempre a dar-nos apoio, portanto acho que a família transmite amizade, cooperação e generosidade.

Três valores para vir encorajar os próprios filhos?

P.C. – Dar sempre valor ao que temos, porque pode haver pessoas que nem um pão para comer têm; aproveitar cada momento em que vivem com um bom amigo ou familiar; ser sempre educados e respeitar a opinião de cada um.

P.G. – Aprender a dar valor ao que têm, aprender o que é educação e gostar do que fazem.

D.S. –  Sê educado; nunca desistirás do teu sonho; tenta vir a ser o que tu querias quando eras pequeno.

A regra única para orientar a Vida?

P. C. –  Ser feliz e trabalhar sempre ao máximo para cumprir os nossos objetivos.

P.G. –  Quando levei um recado e mostrei à minha mãe  ela levou a bem, mas se levasse o segundo, vinha “a chinela”. Este acontecimento fez-me criar uma regra para orientar a vida: ser educado nas aulas.

D. S. A regra é ser bem educado com as pessoas, e, se uma pessoa precisar de ajuda, eu vou ajudá-la.

 Num mundo perfeito…

P. C. – Acho que não haveria brigas, guerras ou bullying.

P. G. –  Não haveria racismo por se ser negro, de outro pais, por se ser pessoa com deficiências e etc… 

D.S. –  Não sei por que é que as pessoas fazem mal…

Se essas pessoas vivessem num mundo perfeito elas só faziam o bem. 

Educação Positiva – Reflexão a três mãos, orientada por questões de Maurice Elias

PG8B, DS8B, PC8B

Admirar, Aprender e Transformar-se

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SS – Eu admiro muito a C. porque ela é uma pessoa muito amorosa, fofa, simpática… sabe desabafar comigo e confia em mim para falar o que precisa. Saber ouvir é preciso e, principalmente, quando percebo que ela precisa de alguém, eu vou lá e tento ouvir o máximo que consigo; ela é uma pessoa calma, então eu consigo ser paciente.

CM – Eu admiro a S. porque ela está sempre lá para mim, dá as melhores dicas, uma pessoa pode sempre contar com ela para tudo e é uma pessoa que não muda por nada nem ninguém.

Image par Owantana de Pixabay 

S.S. – No início do covide, eu não estava muito habituada a usar máscara, então eu tirava algumas vezes, até porque no início eu não estava habituada, então não se respirava muito bem! Mas à medida que o tempo ia passando, eu ia-me apercebendo que havia pessoas que morriam por causa do covide, comecei a descobrir que pessoas por volta da minha idade ficavam doentes ou até faleciam… Então agora só tiro a máscara para coisas mesmo necessárias.

Image par Owantana de Pixabay 

S.S. –  Eu sou muito impulsiva! E eu não me portava nada se eu mudasse isso em mim, porque isso só me prejudica. Outra coisa as pessoas dizem que eu não mudo por ninguém ou que pelo menos parece mas na verdade eu mudo! E não é pouco.

 Eu mudo até conseguir agradar os outros, mas depois eu apercebo-me de algo muito importante que é: toda gente tem gostos diferentes; então eu devo aprender a ser eu mesma, mas é tão difícil, porque a opinião dos outros me afeta imenso e sempre foi importante para mim, infelizmente.

C.M. Eu rebaixo-me muito pelo que as pessoas dizem e eu importo-me muito com a opinião das outras pessoas e às vezes fico em baixo. 

Então tenho de pensar pelo lado positivo e ver pontos positivos em mim.

[ OE – Vamos investigar e partilhar exercícios da psicologia positiva próprios para aumentar a autoestima.]

S.S. Eu gosto de pessoas simpáticas, compreensivas e acolhedoras. Quando uma pessoa não sabe ser compreensiva comigo, eu fico irritada. A pessoa até pode continuar a achar que tem razão! Mas pelo menos, deve saber ouvir-me e tentar compreender o meu lado. Admiro muito pessoas assim.

Quando digo que gosto de pessoas acolhedoras, eu falo daquelas que metem sempre um sorriso na cara da outra independentemente de tudo, aquela pessoa que ajuda e nos acolhe de forma a nos sentir-mos bem.

Partilha final em Google Docs – SS7C e CM7C Texto a 2 mãos segundo um Questionário de Maurice Elias. Aprendizagem Sócio-Emocional.

Quando Desenho…

   

Image par Nestall de Pixabay 

   Faço o meu dia dependente do desenho que eu vou fazer. Se for uma cara, eu faço um círculo, uma linha no meio e uma linha para o nariz, olhos e boca. Para o cabelo não preciso de molde, pois cada pessoa pode desenhar o cabelo como quiser.

   Pego no meu lápis, na minha borracha, na minha caneta, e depois faço um molde e desenho por cima.

   Faço o molde a lápis, é um guia para desenhar. É um auxiliar que orienta o meu traço. Tento fazer coisas novas para aprender mais.

   Quando quero desenhar, eu pesquiso no google ou no Youtube o que quero fazer de diferente. Aparecem vários tutoriais de como fazer uma cara, como fazer vários cabelos, etc.

   O que me atrai nos desenhos são os cabelos e os monumentos. Acho que os cabelos podem ser de várias formas e jeitos: encaracolados, lisos, loiros, castanhos; os monumentos são uma forma muito boa de demonstrar o próprio país.

  Estou a fazer um trabalho de EV que é para desenhar uma cena da Obra “O Cavaleiro da Dinamarca” em que temos de escolher cinco ou uma cor de vários tons no desenho.

   Só que a cor mais escura tem de ficar mais próxima de nós e a cor mais clara mais longe. Também temos  de fazer cinco planos: no meu caso, o primeiro plano são as árvores, o segundo plano, os castelos, o terceiro plano, as montanhas, no quarto plano, o céu e, no quinto plano, as nuvens.

    Quando desenho, sinto-me bem e relaxada. Às vezes ponho música…

CM7C

A Roda da Vida – 2

Gentileza da Autora

    Algumas das minhas “coisas” favoritas na vida são a Familia, os Amigos, Eu Própria, Hobbies, Colegas.

    Para mim, a Família é uma das “coisas” que todas pessoas devem ter, com a Família há felicidade, carinho e muito mais “coisas”.

    Os Amigos ajudam em muitas “coisas”, por exemplo, ajudam em momentos difíceis que os Pais não podem ajudar, porque temos vergonha de lhes dizer.

    Há Amigos de quem nós gostamos mais. por exemplo, os nossos melhores Amigos. Neste aspeto, eu gostava de socializar mais.

     Outra “coisa” de que eu gosto muito são os hobbies; por exemplo, Ginástica Rítimica, Voleyball e Natação.

        Os Colegas são com quem eu gostava de falar e brincar mais. Por muito que nós gostemos imenso destas referências de Vida, nós temos de ter mais tempo para nós próprios.

       Nós fazemos sempre o que as pessoas gostam e deixamos passar o que nós realmente gostamos; por exemplo, eu tenho de fazer trabalhos para a Esola e depois não posso ficar a conversar com os meus amigos e a jogar com eles.

       Eu, normalmente, quando estou sozinha, gosto de pensar sobre o que quero ser quando for grande e de ler um livro de um filme chamado “Harry Potter”.

SS6C

A Roda da Vida -I

     

Gentileza da Autora

    Quais as referências de vida mais importantes? Elas são, em primeiro lugar, a Família; em segundo, os Amigos; em terceiro, Eu própria.

      A Família é a melhor “coisa” que se pode ter; a Família está sempre ao nosso lado, quando precisamos de ajuda ou quando estamos mais em baixo; às vezes, há conflitos entre irmãos e os pais estão lá para ajudar. O que eu gostava de melhorar nesta parte é a minha relação com os meus irmãos, especialmente com o mais velho.

      Os amigos são quem nos pode ajudar nas dúvidas do Colégio e também nos podem ajudar noutros aspetos;podemos combinar com eles o que quisermos, mas nem sempre as nossas relações são a 100%. Há amigos de quem gostamos mais e amigos com quem nos damos menos, e eu gostava de ter uma melhor relação com eles.

     Os nossos Amigos, normalmente, são os nossos colegas, mas há quem não saiba que a Família também é. Os nossos colegas são quem nos ajuda na parte escolar, e a Família, na parte pessoal. Há quem não admita que a Família é a nossa melhor amiga e, em 2º lugar, os colegas.

     Eu: eu própria – todos nós temos que ter o nosso espaço pessoal, precisamos de tempo para nós; hoje em dia, as pessoas fazem os seus deveres de uma forma apressada e esquecemo-nos de nós; as pessoas fazem os trabalhos que têm de fazer e esquecem-se do que realmente gostam; todos gostmos de estar um tempo sozinhos, desligar de tudo o resto que nos rodeia, fazer aquilo de que mais gostamos, sem ninguém nos interromper, ouvir música e descansar, sem termos de estar a trabalhar.

BB6C

As Palavras Cintilam

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    Voltar é reconhecer o caminho e recordar a Aventura da partida.

   Voltar é reconhecer-se grato; e recordar – trazer de volta ao coração – é  retomar o fôlego da Aventura interminável. 

   A úlitma Aventura: a que já não se avista daqui, mas se adivinha no fugidio brilho das palavras.

   As palavras cintilam, como as estrelas.

  Como os olhos das crianças, as palavras – deslumbrantes – perseguem-nos, orientam-nos.

   Estrelas-Guia, as palavras rodopiam no céu noturno do coração e seduzem-nos a dobrar o mais longínquo. 

     As palavras abrem espaço que não havia antes, para respirarmos o desafio que sopra do infinito e se aninha no estreito abrigo vazio que é o amor de escrever.

Com IF9D – Partilha de Inspirações – OE 

Aprendizagem Socio-Emocional – A Escada de Inferências-7

Image par 愚木混株 Cdd20 de Pixabay

    Esta ferramenta de Coaching Educativo pode ser aplicada a inúmeras situações do contexto escolar em que surja um conflito, mas precisa de ser adaptada às diferentes experiências de vida e níveis de conhecimento do mundo, conforme as idades dos nossos Alunos.

      Ela exige, de entrada, que se esclareça a base teórica que a fundamenta: o nosso cérebro é portador de uma herança milenar em que as primeiras estratégias de sobrevivência ficaram impressas e continua a exercer uma influência dominante em relação às conquistas mais recentes da nossa capacidade reflexiva.

     Assim, nos imprevistos da vida quotidiana, é mais natural adiarmos o esforço de suspender o juízo, tomar distância e apreciar em perspetiva, antes de inferir a conclusão que nos permitirá assumir uma atitude adequada.

       Sob o impulso premente da arcaica estratégia reativa, muitas vezes nos precipitamos numa observação parcial do que acontece; selecionamos apenas o que parece servir os nossos fins ocultos, interpretando os factos em função de uma defesa ou de um ataque apenas pressentido; avaliamos as atitudes dos outros a partir dessa leitura oblíqua para, finalmente, reagirmos em consequência dela e, quantas vezes, em prejuízo de um relacionamento justo e cordial.

      A “Escada das Inferências” proporciona uma estratégia  reflexiva que denuncia e desmonta os pressupostos neste encadeamento acrítico de interpretação e reação.

   Como exigência de inteligibilidade que é, além do seu papel purificador, também oferece orientações para elaborarmos deliberadamente hipóteses mais positivas, quando soletramos a vida de modo confiante e buscamos um agir que se ajuste, solidário dos outros, convivial e lúcido. 

Aprendizagem Sócio-Emocional-7

Com Teach Write Edu, Outubro 20- Partilha de Inspirações – OE

Outubro 2020 Dia 5

Encontram-se outras variedades de aplicação desta ferramenta de Couching Educativo no livro de Juan Fernando Bou Pèrez Ferramentas de Coaching Educativo“ – Porto Editora.

Ir Devagar para Chegar Depressa – I

   

Author: Lothar J Seiwert

   “Como Chegar Depressa indo Devagar” de Lothar J Seiwert é uma maravilhosa reflexão sobre o modo como  a nossa vida pode ser articulada em torno de certas áreas essenciais, com o fim de a levar a atingir a harmonia dinâmica em que pode revelar todo o seu potencial de sentido.

    De acordo com a orientação do livro “Como chegar depressa, Indo Devagar”  não se deve considerar inútil escrever explicitamente as intenções que perseguimos a curto e a longo prazo, bem como as tentativas de ação que vamos forjando. Este esforço ritmado, que dilucida a caótica riqueza do quotidiano, vai abrindo o acesso a uma outra forma de escandir o tempo.

   Em relação ao trabalho, muitos dos nossos alunos se dedicam na sua execução, sentem-se responsáveis pelas tarefas atribuídas, desejam evoluir na qualidade do seu desempenho, de onde a importância que reconhecem a esta área da sua vida.

  Mas, na surpresa do Dia que nos invade, levanta e arrasta como uma imensa onda suave, é preciso que se abra uma clareira  de vida, protegida e gratuita, para depois da Escola.

   A todos os Alunos assiste o direito de aceder a uma determinada cultura  – não a uma coleção de saberes avulsos repetíveis ad nauseam –  mas sim àquela cultura que permite à pessoa humana exercer a nobreza e a urgência do seu poder interrogante face a si própria, aos outros, ao mundo e à totalidade do real.

   Encontramos, neste livro cativante, o convite e as sugestões concretas para uma escrita que reflete e sonda as pistas de uma orientação unificadora para a vida de cada um.

   Ao reconhecer-se o fio de ouro que perpassa através da aparência múltipla e desencontrada, é a própria pessoa, no seu íntimo, que  finalmente se distende e repousa.

   É aí que os Alunos descobrem o que trazem de único para dizer e com  as suas próprias, insubstituíveis palavras

Com Lothar J Seiwert  partilha de inspirações – OE

Com Teach Write em Outubro 2020, Dia 4

Agricultura Francesa

Image par Julia Casado de Pixabay     

    O que eu posso desenvolver é cultivar mais na minha horta, este inverno, com as minhas botas. Em termos académicos, aquilo que eu gostaria de melhorar é o Francês. 

    As minhas forças pessoais são o gosto pela Agricultura e a Criação de Animais.

Oficina de Escrita

   As melhores oportunidades para o que estou a desenvolver são fazer os TPC, consultar a Tutora, participar na Aula e Recordar o que aprendi. 

  Para a horta vou levar as botas de inverno; quando chove não é preciso regar; se não chover, é dia sim dia não. Posso podar a vinha e as oliveiras; ainda posso semear.

Faíscas enquanto Escrevo

    Então… eu gosto de Agricultura e de Francês, como já podem ter reparado!

  Aplicação Livre da Ferramenta de Coaching Educativo – MAFO

TS7A

Aprendizagem Sócio-Emocional – 6 “Desenhar o Caminho”

    Sugestão de Escrita para realizar um exercício de “reflexão-emocional” com a ferramentaPlanifica o teu Caminho“.

desenho de um caminho autónomo

 

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    Esta ferramenta de coaching educativo visa apoiar os Alunos a determinarem os seus Objetivos pessoais, sociais ou académicos, bem como a esclarecer as etapas do caminho para os atingir.

        1 – Distribuir uma folha A5, de papel cavalinho, para desenho,  uma folha A4 com uma tabela de 2 entradas,  uma folha A4 com exemplos de possíveis Metas Académicas e respetivos possíveis Obstáculos, Recursos e Estratégias.

      2 – Convidar cada Aluno a articular os seus Objetivos Académicos   

      2.1 – Que competências quero exercitar?

      2.2. Que conhecimentos pretendo consolidar?

    3 – Apoiar cada Aluno no reconhecimento de obstáculos possíveis, com base na sua experiência de vida e numa lista de sugestões:

      3.1. Dificuldades internas, próprias  a cada pessoa.

       3.2. Dificuldades externas, próprias a cada contexto.

  4 – Encorajar cada Aluno a escolher, de entre vários recursos e estratégias, aqueles que lhe parecem adequar-se melhor para o traçar do seu “caminho”, rumo aos Objetivos.

   5 – Talvez com uma música suave de fundo, permitir aos Alunos irem delineando, a cores, uma sequência de etapas que se possam representar como o desenho de “um caminho”.

    6 – Este plano de ação pode ser distribuído em momentos-chave a agendar, preenchendo a Tabela de 2 entradas, com as etapas a cumprir ao longo do tempo.

    7 Deixar que cada Aluno redija o seu breve texto reflexivo, que pode incluir os pontos acima sugeridos ou outros que ele próprio deseje acrescentar.

    8. Encorajar a partilha e a publicação dos textos, como atitude livre e voluntária, sempre no respeito pela inviolável privacidade de cada pessoa.

Imagens: Clip Art Creative Commons

     Google Docs – Adaptação da Ferramenta “Desenha o teu Caminho”

Aprendizagem Sócio-Emocional

Sugestões de Escrita – OE

Encontram-se outras variedades de aplicação desta ferramenta de Couching Educativo no livro de Juan Fernando Bou Pèrez “Ferramentas de Coaching Educativo“ – Porto Editora.

Aprendizagem Sócio-Emocional 5 – “MAFO” – Adaptado

     Sugestão de Escrita para realizar um exercício de “reflexão-emocional” com a ferramenta ”MAFO”  – em Inglês SWOT – acrónimo de “Melhorias, Forças, Ameaças, Oportunidades.

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     1 – Distribuir uma folha dividida em quatro colunas indicando cada uma o tópico a desenvolver e outra folha com quatro listas de exemplos para cada tópico.

     2 – Expor brevemente ao Aluno o conteúdo essencial dos 4 tópicos, comentando os exemplos da lista e convidando-o a sugerir outros.

3 – Trabalhar cada tópico com questões específicas que apoiem a reflexão do aluno, como por exemplo:

3.1. O que gostarias de Melhorar?

      • Aspetos em dificuldade na vida de Estudante?
      • Competências que gostaria de consolidar?
      • Qualidade de comunicação e colaboração com os Outros? 

3.2. Quais são as tuas Forças?

      • Quais são os dons que aprecias mais em ti?
      • Em que atividades te destacas?
      • O que te torna único?

3.3. O que pode ser Obstáculo? 

      • Que exigências atuais te parecem acima do que podes fazer?
      • O que te desencoraja?
      • Que atitudes queres evitar?

3.4. Quais as Oportunidades? 

      • Quem te apoia e encoraja?
      • Que situações te seriam mais favoráveis?
      • Naquilo que te rodeia, o que é que te inspira mais?
      • Nesta fase e neste contexto atual, o que é que te apaixona?

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Google Docs – Adaptação da Ferramenta MAFO

4 –  Encorajar a partilha e a publicação dos textos, como atitude livre e voluntária, sempre no respeito pela inviolável privacidade de cada pessoa.

Aprendizagem Socio-Emocional

Sugestões de Escrita – OE

Encontram-se outras variedades de aplicação desta ferramenta de Couching Educativo no livro de Juan Fernando Bou Pèrez “Ferramentas de Coaching Educativo“ – Porto Editora.

Regressar ao Presencial, Recordar o Digital

avaliação da aprendizagemImage par Gerd Altmann de Pixabay 

Sugestão para um regresso ecológico à Escola:

Podemos não pôr os livros a reciclar, mas dá-los  a quem não pode comprar, e reciclar os cadernos.

Aplicações Digitais 

    Sou mais de tecnologia agora, graças à ajuda da minha irmã e de me esforçar.

Classroom – Gostava de continuar com o Classroom, temos mais tempo, uma semana! E faço as tarefas logo depois de cada  aula, porque não temos tantas aulas.

Zoom – Prefiro as aulas normais, não gosto de Aulas Zoom – não me sinto bem; consigo manter a atenção, mas não totalmente, distraio-me com a televisão que está ligada na sala.

Qualidade da Aprendizagem

Diário de Bordo – Tive excelente a Físico-Química! Tivemos de estudar os planetas tais como eles são.

Tarefas – Aprendo mais ou menos com as Tarefas. Quando aprendemos com os tpc,  temos sempre os professores para perguntar, em presença. O comentário privado funciona, mas sempre demora um bocadinho.

Conversas na Oficina – PM7B

Aprendizagem Sócio-Emocional 4 – A Roda da Vida

Sugestão de Escrita para realizar um exercício de “reflexão-emocional” com a ferramenta ” A Roda da Vida“.

sS6DGentileza de SS6D

1 – Distribuir 1 folha com o Octógono ou o Círculo dividido em oito partes e uma folha com uma lista de valores e temas ou referências de vida.

2. Convidar o aluno a escolher os termos com que pretende dar título a cada uma das secções do Octógono.

3. Pedir a cada um uma definição dos termos que escolheu.

4. Partilhar as definições criadas por cada um com os outros elementos do Grupo para apurar e enriquecer mutuamente as definições. 

5 – Dar um tempo de reflexão para cada Aluno calibrar a sua apreciação de cada Valor ou Tema de Vida que escolheu:

    • Qual a qualidade da sua vivência em cada valor ou Referência de Vida?
    • Em  que medida gostaria de projetar um progresso em alguma ou algumas dessas instâncias que considerou essenciais?
    • Como poderia empenhar-se para alcançá-lo?
    • Como seria mensurável o resultado?

ss6dGentileza da Autora

6. Deixar que cada Aluno redija o seu breve texto reflexivo que pode incluir os pontos acima sugeridos ou outros que ele próprio deseje acrescentar.

7. Talvez com uma música suave de fundo, permitir aos Alunos colorir as 8 divisões do seu Octógono, variando a altura e intensidade das cores até ao nível onde situam a sua vivência atual.

8. Encorajar a partilha e a publicação dos textos, como atitude livre e voluntária, sempre no respeito pela inviolável privacidade de cada pessoa.

Aprendizagem Socio-Emocional

Sugestões de Escrita – OE

Encontram-se outras variedades de aplicação desta ferramenta de Couching Educativo no livro de Juan Fernando Bou Pèrez Ferramentas de Coaching Educativo – Porto Editora.

Razões de Escrever – 1 – “Encontrar o que Penso”

Bobin: écrireImage par Gerd Altmann de Pixabay 

      Como é que aquilo que nós vamos aprendendo e compreendendo tem as implicações desejadas na nossa vida quotidiana? Por exemplo, ao estudar – mas não só –  pretende-se ligar esses dois planos: compreensão e vida.

        A Escrita pode ser uma mediação: compromete-nos no corpo da nossa história, mostra-a no seu entrelaçamento com todas as histórias, na sua abertura viva para sempre mais.

   Por exemplo, no estudo de um assunto, ao compreender-se  a importância de escrever e ao aprender sobre  formas de escrever, o resultado pode ser o surgir de um hábito de estudar escrevendo. 

     O resultado também pode ser conseguir delinear, ainda que apenas mentalmente, como se pode ajudar outros a escrever.

    Conduzir a própria mente – “uma espécie de escrita invisível”  -enquanto se realiza um trabalho manual ou simples, de pura presença a outro, aumenta o rendimento do trabalho mental e recolhe a energia que se dissiparia na passividade da mente entregue a si mesma.

     Recordar o que se estudou, repensá-lo de novo, sem recurso à fonte, com o projeto de o partilhar, com os outros ou num teste, mais adiante, consolida as evocações da mente, dá-lhes um sentido.

     Escrever, ao estudar, para conquistar o que se compreendeu, mas também para compreender-se.

    Estudar, escrevendo, para seguir e desenvolver o próprio processo do pensamento, tornando-o mais fluído, mais inteligível, mais determinado.

     Que outras mais razões para escrever?

Com os Trabalhos da Oficina – Partilha de Inspirações – OE

CAD-Em-Isolamento – “Tornei-me Mais Autónomo nesta Crise Mundial”

 

2. Qualidade da Aprendizagem

fractalImagen de Atsushi Ono en Pixabay 

2.1. Sinto que aprendi, mas muito mais dificilmente; em casa há mais distrações, pode haver por exemplo, um aluno que tem o microfone ligado e não se ouve o Professor, ou um aluno que está a ouvir com má internet. Isso aconteceu-me uma vez ou outra.

  Em casa, se tiver mais família presente, também estamos mais perto do sofá e da cama, dá mais vontade de ficar ali deitado. Nas aulas presenciais há outras distrações, mas a certa altura já não fazem muito efeito.

    Enquanto que já em casa, podes pensar que algo é importante, por exemplo: acontece algo, a mãe ou irmã deixa cair algo, mas afinal era uma coisa que ia ser deitada ao lixo; ou tocam à campainha e vais atender: podes achar que é uma encomenda que já esperas há muito tempo, quando, na verdade, era outra coisa qualquer.

    Em casa também pode acontecer teres de sair da aula um bocadinho porque os pais podem ter chamado o homem do gás para trazer uma bilha de gás; o pai está a trabalhar e temos de abrir a porta quando na verdade, é tudo menos importante.

fractalImagem de Atsushi Ono por Pixabay 

2.2. Acho que na Escola Virtual há uns testes que têm o efeito de recordar; como não é teste presencial, não se sente muito a importância; o efeito não está tão aparente, mas está presente.

    Parece que podes esquecer, mas não; mas se estiveres a fazer um teste virtual sabendo que podes chumbar o ano, isso não parece ter a mesma importância como se fosse presencial, logo não tem o mesmo alcance no efeito de recordar, não ficas a pensar tanto que tinhas de memorizar o assunto.

    Essa sensação de estar sob a pressão do teste também não é má de todo, porque quer dizer que estás preocupado com uma “coisa” que queres passar, um objetivo que queres atingir, achas bem que vai ter efeito no teu futuro.

   Por exemplo, se sempre tivesse havido aulas em computador ,provavelmente as pessoas continuariam a gostar e acomodavam-se; não teria havido tanta pressão, o ser humano não teria evoluído assim tanto em progresso tecnológico, em  exploração do Espaço e mesmo da Terra; muitas coisas não teriam sido exploradas na Terra, como evoluímos até agora.

2.3. Claro que com isto não se pode estar a ter todos os testes presenciais: não se pode viver para o Futuro, se no futuro não estiveres vivo, por causa do vírus. Tens de ter equilíbrio entre o que se pode fazer desde casa e o que se pode fazer presencialmente.

2.4. No Processo de Aprendizagem deste semestre, senti-me  – estão a faltar-me as definições das palavras para calibrar a minha resposta – graças às pessoas que se importam comigo e me ajudam a gerir melhor as tarefas e o tempo, tornei-me mais Autónomo, a saber “hoje tenho que fazer isto, amanhã tenho de fazer aquilo, depois de amanhã tenho de fazer aquelas duas tarefas”. Nesta Crise Mundial ajudou-me a controlar as “coisas” um bocadinho melhor e a gerir a situação.

fractaleAuthor: Rogilbert wikipedia.org Chaospro.3.2

2.5. Em Quarentena não dá para revelar assim tanto o espanto sobre as matérias, mas claro que há aquelas que já adoras desde antes da Quarentena que depois podes encontrar dentro de uma matéria que tu odeias, e começas  a adorar por causa desse assunto que já adoravas desde a infância.

   Antes da Quarentena começar, antes de a Físico-Química estudar o Espaço, já gostava de Físico-Química, mas passei a gostar muito mais e creio que teria o mesmo efeito se tivéssemos começado a estudar o Espaço durante a Quarentena.

Conversas na Oficina – VE7C

CAD em Isolamento – Tiramos Partido das Ferramentas

Aplicações Digitais

fourth dimensionImage by Atsushi Ono from Pixabay 

1.1.Tarefas Classroom – É mais difícil aprender através do Google Classroom, mas vale a pena utilizar se o vírus apertar de novo e, se não, para algumas tarefas: é muito útil para fazer um resumo, a definição de um tema, apresentações de diversos assuntos.

1.2. Organização Acho que os trabalhos devem ser enviados ou  marcados na aula e depois mandados para o Classroom, no caso de alunos não terem conseguido marcar. Por vezes dá jeito fazer os trabalhos à mão. Em teclado sou mais rápido, mas é importante não ficar sem escrever à mão.

CommonWikimedia.org Author: Liftarn

1.3. Google Docs e Google Slides – Dão mais jeito quando se trata de fazer um documento grande ou um resumo. Para mim, sou mais rápido e posso corrigir logo os erros. Se uma pessoa se importar, tirar tempo para olhar para o corretor e quer saber escrever bem, pode aprender; se for preguiçosa, não aprende.

   O trabalho dos Castelos foi feito no Google Slides, ajudou a aprender; uma coisa engraçada sobre esse trabalho, é que eu e um amigo, sem combinar nada, escolhemos o mesmo castelo; temos muitas coisas em comum.

 1.4. Google Mail Não utilizei muito, usei mais o Classroom. Costumava pedir à minha Mãe as tarefas. Os convites do Zoom tinha-os no Calendário. No início, os que não estavam, eu punha lá. No Zoom, entra-se sempre na mesma reunião do Zoom todos os dias em que se tem essa aula, mas é o Professor que deixa entrar. O que eu gostava de testar  – e não funcionou –  era entrar na reunião do Meet com a PS4.

1.5. Escola Virtual Acho útil para quando tens testes ou fichas, e também é útil em todos os sentidos. A única coisa que não gosto, é que, se uma pessoa põe um acento em vez de apóstrofe, conta logo como um erro.

(A Reflexão Continua no Artigo sobre “Qualidade da Aprendizagem”).

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