Ao Sabor da Conversa…II

Image par 愚木混株 Cdd20 de Pixabay 

LR – Uma Sugestão para a Escola ser mais viva, seria fazer desenhos livres nas Artes.

FV – A Escola pode pôr o que as crianças gostam: ter menos peso na mochila e um Tablet com Educação Visual e Internet.

LR – Ou pôr tudo num livro. Antes tínhamos de trazer muita coisa.

LR – Um momento único para mim foi quando estive com alguém amigo, a conversar nas mesas amarelas, na terça feira passada. 

FV – Eu gostaria de aprender melhor a desenhar à vista. Enquanto estava em casa, no confinamento e não tinha nada para fazer, então pus-me a desenhar…

LREu pegava num vídeo, escolhia uma imagem, pausava o vídeo e desenhava essa imagem. Tinha um livro só disso.

FV – Gosto mais de desenhar de imaginação e não à vista. Nunca fizemos desenho livre, lá em Artes.

LR – Os meus projetos para o Verão são ir à praia; o Estoril é perto da minha casa; divertir-me com a minha Família. Também quero aprender a cozinhar. Fico cansada quando estou a caminhar.

FV – Eu quero treinar mais o desenho e a corrida. Ir à praia da Adraga fazer Bodyboard com o meu Pai. Eu também gosto de cozinhar.

LR – Fico cansada quando estou a caminhar.

FV – L., tens que vir caminhar comigo. Com o meu Pai, subimos e descemos a Arriba!

Conversas na OficinaLR5B e FV5B

Ao Sabor da Conversa…

Image par 愚木混株 Cdd20 de Pixabay 

LR – Vi na netflix um vírus que infetava as pessoas e, se tivessem filhos, eram metade animais, metade seres humanos.

FV – A propósito dos Habitats, isto são conhecimentos que o meu Pai me transmitiu. Como viverias se fosses outra pessoa?

LR – Não sabia quem era a pessoa. Depende das circunstâncias. Seria mais agressiva. Faria o que os rapazes fazem. Não gosto de bolas. 

FV – Se eu fosse outra pessoa, teria melhores condições de vida.

LR – Se pudesses ser um animal, qual serias?

FV – Seria um camaleão, se viessem os predadores, eu camuflava-me. Ou seria um pássaro migratório para ver as paisagens de todo o mundo.

LR – Adoro ver aquelas coisas na rua, tipo cartoons, nos grafitis, com muitas cores, um desenho abstrato, mas com muitas cores. Eu desenhava um grafiti, onde escondia uma mensagem, para as pessoas poderem encontrar um tesouro.

FV – Eu fazia um desenho com uma mensagem lá dentro; desenhava  o símbolo da Paz e escrevia uma frase: 

“Paz no mundo inteiro” 

FV – Se fosses um animal, que animal serias?

LR – Uma coruja…mas há muitos animais que gostaria de ser. Posso voar, acordo à noite e durmo de dia, algo de diferente… As pessoas que vêem o mundo de outra forma, são assim;  as corujas têm ar de mistério, de sabedoria, têm olhos grandes, parece que são muito sábias.

OE – A coruja é precisamente o animal que simboliza o curso de Filosofia. Ela abre os olhos à noite, isto é, tem a sua reflexão garantida para depois da ação.

LR – Eu fazia Filosofia muito bem. Penso assim quando está muito tranquilo: algo de mal está para a contecer, tens que estar sempre alerta.

FV – O meu Pai tirou um curso “Liberta a tua Mente”. O Pai, nesse curso, ensinou-me coisas que só ele e o professor dele é que sabiam, para ver o mundo de outra forma. Depois fez outro curso em que põe as mãos num ponto dorido do corpo, o calor vai descendo e tira as dores.

LR – É uma Meditação. O meu Pai diz para eu fazer respiração devagar, mas eu não gosto de ficar quieta, gosto de ter ideias. Não consigo fazer o “Bip” muito bem. Isto foi quando eu estava estressada, para a minha idade.

FV – Quando vou para casa dos meus Avós, fico até tarde com eles; tomo um medicamento “metinib” para um problema que tenho: “fibromatose”.

LR – Tenho ascendência indígena. O meu Pai viveu em França.

FV – Eu tenho costelas canadianas, o meu Pai deu-se muito bem com o Inglês.

LR – O meu Pai é bom a Inglês e a Tic.

FV – Ver o mundo de outra forma: o meu Pai ensina coisas boas, às vezes, em casa, faz coisas malucas.

Conversas na Oficina – LR5B e FV5B

“Uma Visão Outra do Mundo”

Image par 愚木混株 Cdd20 de Pixabay 

O que torna as pessoas Felizes?

FV – O que torna as pessoas felizes é fazerem o que gostam.

L. R. – A Família e os Amigos tornam as pessoas Felizes.

Quem nos influencia? Como?

F.V. –  Quem mais me influencia é a minha Mãe e o meu Pai. Transmitem-me, conhecimentos de massagens, como se tratam as águas que vão para os rios, a ser educado, a ter um visão outra do mundo. Como estou a aprender música, todas as noites tenho uma pulsação: binário, ternário e quaternário. 

L.R. – Quem mais me influenciou foi a minha Mãe. Transmite-me inteligência, conhecimentos que eu não tinha, ser educada, paciente…

3 Valores a Transmitir aos Futuros Filhos

F.V. – Nunca desistir das coisas, ver como é o mundo por fora, ter conhecimentos, ser criativo.

L.R. – Ser criativo, ajudar os outros, ser amoroso.

Se vivêssemos num mundo perfeito…

LR As pessoas não seriam racistas, não poluiriam o planeta.

FV – As pessoas não seriam mal educadas, quando temos alguma doença pelo mundo, no habitat de todos os animais e nos nossos: estes conhecimentos todos são do meu Pai.

Conversas na Oficina – Educação Positiva – LR5B e FV5B

Felicidade e Admiração

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      C.R. Estar com os Amigos e com a Família faz-me sentir feliz e viva. Quando estou feliz sinto Paz, Saúde…sinto-me forte. Fico com energia, força e isso faz-me ser uma boa pessoa.

    V.G. – O que me torna feliz é montar, estar com os amigos, estar com o meu cão. Quando estou feliz sinto nervos,  entusiasmo e energia. 

    C.R.  – Admiro muito a minha Mãe. Ela conseguiu ter 5 Filhos, com dor e muito mais. Só que ela não desistiu. Mesmo quando ela está zangada ainda faz comidas ótimas e tudo o que ela faz, ela faz no seu máximo!

    V.G. – Admiro a minha Irmã, porque ela é esperta, tem muitos amigos e, principalmente, ensina-me muito. É muito Amiga e uma ótima Irmã.

C. R. – Aos meus filhos, quero passar-lhes um bom futuro, uma Boa vida, Amor, Força e Paz.

Educação Positiva – VG5B e CR5B

Consumo: o Efeito de “Passadeira Rolante”

Image par Gerd Altmann de Pixabay 

II

   Antes de escutarmos as sugestões que apontam as vias concretas de acesso às Alternativas desafiadoras escondidas no conceito de “Decrescimento”, cada um dos elementos do Grupo pôde deixar também o testemunho  do seu contributo para uma vivência comum mais responsável, mais cuidadora e mais compassiva, para além do horizonte estreito de uma “Cidadania” simplesmente correta.    

   Seguiu-se uma saborosa partilha, colorindo-se as sugestões com histórias de vida, nas quais se vem concretizando um consumo sensato e sóbrio, dentro do contexto real que ainda é o nosso.

    Como exemplo, para a Olga, trata-se de partilhar algo sempre que há uma nova aquisição e de conter o teor da oferta no âmbito do que é necessário: “damos os brinquedos; ao recebermos uma coisa nova, oferecemos uma antiga”; e os próximos “presentes” vão ser um cabaz de “coisas úteis”.

    Na mesma linha de sobriedade respeitadora dos outros e do ambiente, também a Ana insistiu sempre em levar “o carrinho velhinho pelas tournées na Península Ibérica em espetáculos musicais.”

   Além desta preocupação de equilíbrio no orçamento doméstico, reconhecemos também que “a pandemia, os confinamentos e as restrições de circulação nos trouxeram oportunidades de descobrir o que nos é essencial, materialmente.”

   “As pessoas têm dinheiro à ordem como nunca tiveram.  Ter de ficar em casa fez-nos perceber que podemos só comprar aquilo de que verdadeiramente precisamos.”

   Mas a Ana Poças veio recordar-nos que “é preciso levantar questões para além do nível em que pode evoluir um consumo individual consciente”,  pois “há ainda o consumo como produto de um sistema capitalista: que questões estruturais, por detrás, teremos de modificar?”

    A Prof Helena esclareceu-nos sobre o impacto da corrida ilimitada à aquisição de bens não essenciais: “Nas áreas do Bem-Estar, descobre-se que as pessoas mais materialistas são mais infelizes. Adaptamo-nos muito depressa ao que adquirimos de material: faz-nos o efeito de uma passadeira rolante.”

   E não apenas “os objetos sonhados dão um bem-estar transitório”, como ainda “a comparação social é detrimental para o nosso bem estar. O acesso aos bens é muito visível pelas redes sociais: mais um fator limitativo do bem-estar. Ao comparar, fazemos a experiência de andarmos na passadeira rolante.”

   Existe, assim, toda uma aprendizagem de um estilo de vida, afinal mais fiel ao humano, a fazer, e que a Prof Helena caracterizou: 

“Trata-se de preenchermos necessidades reais, não materiais: sentido de Comunidade, Autoestima, Alegria, Amor – uma Sociedade que encontra formas não materiais para saciar estas necessidades reais que identificou.”

“Estamos perante uma nova ideia de Desenvolvimento, há que pensar em outros termos estruturais.”

 Assim, podemos deixar-nos surpreender com o poder  transformador das investigações da  Psicologia Positiva, no sentido de ajudar a discernir os fins últimos que uma Economia humanizada deve servir: 

     “Um estudo a nível mundial hierarquizou a felicidade. Um Tink Tank do Reino Unido criou um índice novo que inclui a pegada ecológica; aí, a Costa Rica passa a ser o país com maior Bem Estar e Felicidade.”

Fim da II Parte

(Apontamentos da sessão Zoom da Cátedra Geral da Unesco para a Paz Global e Sustentável a 28/07 de 2021)

Celebrando Alegrias

Image par Susan Cipriano de Pixabay

Férias em Projeto

    MF –  Vou  ter o meu verão no Algarve, por isso vou andar de sofá! Estou a ver se consigo ir às Caraíbas ver os tubarões. 

    E ainda vem o meu aniversário no dia 2 de Agosto!

    Gostava de receber barro para moldar e pintar em casa…

   SS – Vou ficar na casa dos meus Avós o verão inteiro, na Roménia. É uma cidade com poucas pessoas e a minha Avó leva-me ao Aquapark.

M Convidado – Infelizmente, durante Julho e Agosto não vou poder ir à Equitação, que é a minha Paixão. Mas vou visitar o centro e o interior de Portugal. Na primeira semana de Setembro, vou para o Algarve, com os meus Avós. 

 Momentos Especiais

MF – Quando fui dormir 4 dias a casa da T. Fomos à Lagoa Azul e ficávamos acordadas até muito tarde, sempre a conversar!

Adorei o Confinamento: ganhei um Pastor-Alemão Bebé!

Já tem 8 meses e já tem 40kg…

SS – Quando a minha melhor Amiga foia minha casa passar o fim de semana. Estivemos no Condomínio todo a jogar “Among Us”, mas na vida real. O Martim calhava sempre como “Impostor”.

M Convidado –  Durante o Confinamento, que durou uns meses, fui a casa de uma amiga e fiquei lá a dormir. Jogávamos “Among Us” e calhava-me sempre o “Impostor.

 Oficina ao Ar LivreMA6A, SS6A M6A-Convidado

Introduzindo o Conceito de “Decrescimento”

Image par Gerd Altmann de Pixabay 

I

     A 26 de Julho,  a nossa Professora de Educação Positiva Helena Marujo, em conjunto com Ana Serrão,  investigadora em diversas áreas da Psicologia Positiva e responsável pela Cátedra da Unesco em Portugal, tiveram a gentileza de nos convidar para um Zoom patrocinado pela “Cátedra da Unesco para a Paz Global e Desenvolvimento Sustentável”, onde uma jovem doutoranda, Ana Poças Ribeiro, tinha sido convidada para nos falar sobre o atraente e enigmático conceito de “Decrescimento”.

    Este convite, que o Grupo de Educação Positiva aceitou com entusiasmo, não foi fortuito, mas, segundo a própria Prof. Helena, obedece a todo um projeto de “criar sinergias entre “Educação Positiva”, “Felicidade e Bem-Estar”, “Sustentabilidade e Paz Global”, todos eles viveiros de ideias e ações que se entrefecundam  e onde germinam os “Projetos de novos Modelos Económicos”.

    Ana Poças introduziu este conceito central como “um modelo a olhar e a atender, porque os nossos recursos são limitados. Nem sempre é o inverso do crescimento, mas também não é o não crescimento.”

    Convidando-nos a inscrever-nos no site Decrescimento.pt apresentou a metáfora que nos aproxima do conceito: “Um rio que transbordou e que regressa à sua forma original.”

wikiwand.pt Sustentabilidade

   No Diagrama que revela a área crítica de interseção entre Economia, Sociedade e Ambiente torna-se manifesta a centralidade e a urgência que afetam este tema delicado.

   Segundo Ana Poças, O Conceito de “Decrescimento inclui uma crítica do Crescimento, a oferta de Alternativas ao Consumo, formas criativas de Reduzir o Consumo e “Agência”, isto é, o que podemos fazer de concreto, individualmente, em Instituições e em comunidades.

    Ilustrou o caráter urgente da situação vivida por todos nós com uma imagem sobre a Crise Climática: como tem subido a temperatura desde 1850 a 2017.

  Em seguida recordou a extensão da Crise Ecológica: “Estamos no início da 6ª extinção em massa das espécies; 90% dos Peixes estão em perigo; em 2050 haverá mais plástico do que peixes.”

    “Os combustíveis fósseis formaram-se por processos naturais ao longo de milhões de anos; agora queimamo-los em poucas centenas de anos.”

     “Segundo o Acordo de Paris, em 2018, para limitar a 1,5º o aumento de temperatura, será preciso cortar quase completamente com os combustíveis fósseis”, apesar da dificuldade que representa o compromisso dos bancos mundiais, com seus investimentos profundos neste campo minado, ao mesmo tempo que tentam acelerar o investimento em energias alternativas.

By Thomasjam – This image is created based on free data from The World BankPreviously published: Not published elsewhere, CC0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=51473752

   E “Embora desde os anos 80 tenhamos essa noção, continua a aumentar o uso de carvão e de petróleo. Quem gasta mais? EU e US – gastam mais de 60%; a Ásia também gasta muito; a África – gasta muito pouco.”

   “1% das pessoas causa metade dos gases dos voos. 80% da População nunca andou de avião.”

  Os mais ricos são os mais poluidores: “há que mudar Estilos de Vida” – eis um dos conceitos centrais em torno de “O Decrescimento”.

    Também segundo esta abordagem da realidade que nós, seres humanos, criámos, o ideal de um “Crescimento perpétuo é um Erro”, pois “quanto mais aumenta o PIB, mais aumentam os materiais gastos; quanto mais aumenta o PIB, mais aumenta a hiper-competição e o individualismo.” 

    Ora, podemos hoje constatar cientificamente, através dos estudos lançados a nível mundial pela Psicologia Positiva, que “estes aumentos não são acompanhado por melhoria do Bem Estar da vida humana.”

   “Os 2153 bilionários do mundo possuem mais riqueza que 4,6 biliões ou 60% da População mundial.”

   Apesar desta extraordinária desigualdade de distribuição de recursos, a “Recessão” não é o “Decrescimento”; estamos como numa “bicicleta que não pode parar”.

    “Se reduzirmos o consumo, não podemos aumentar o PIB, no entanto há países onde o PIB per capita é inferior aos dos EUA,  mas com maior Esperança de Vida.”

   Assim, “O que está no cerne das crises é o Sistema Económico.”O Decrescimento” pretende diminuir “a produção e o consumo e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida“.

     Estamos, pois, perante uma tríplice e incontornável ligação: “DemocratizaçãoSustentabilidade EcológicaRedistribuição e Solidariedade“.

     Veremos, na II parte, como encontrar as vias concretas de acesso às Alternativas desafiadoras que a hipótese plausível e fundamentada do “Decrescimento”, aqui representada na intervenção da Ana Poças, nos propõe.

Bibliografia indicada:

Donella Meadows – “Os Limites do Crescimento”

Limites ao Crescimento, Porque não?”

Fim da I Parte

Rumo à Felicidade

Image par Jan Alexander de Pixabay 

   SS – O que torna as pessoas felizes é a Família reunida.

  M Convidado – Uma pessoa sente-se feliz quando ganha uma coisa que se andou meses e meses a pedir, o que, felizmente, nunca aconteceu comigo. 

  MF A Liberdade torna as pessoas felizes. Na nossa idade (11 anos) a maior parte das pessoas já pode sair e ir a casa de amigos.

  SS – O meu Pai é um pouco mais restrito que os outros pais; tenho de fazer imensas coisas: ficar quieta, portar-me bem… A primeira vez que fui para casa de amigos foi no 5º ano.

     MF – As crianças não devem ser obrigadas a fazer o que não gostam. Toda a gente tem que fazer, mas as crianças deviam fazer menos.

    Por exemplo, toda a gente jovem tem de estar numa sala de aula, fechados, a escrever, a andar carregados como há 100 anos e ser proibido o telemóvel dentro das aulas, quando o telemóvel é fonte de conhecimento?

   SS – Em 8h na net pode-se aprender mais do que em 5 aulas!

   M. Convidado – O que deixa as crianças felizes é quando, finalmente, são ADOTADAS, como eu !

Oficina ao Ar LivreMF6A  SS6A e M6A 

Escrever é Difícil?

Estoril, 27/11/18 – OE

Carta de Marciano, 2016

Imagem: Oficina de Escrita

      Marciano, escrever é Difícil?

    Escrever – pode ser difícil, mas poderá ser mais claro do que falar?

     Difícil, porque nos convoca ao parapeito do momento e ele não se deixa aceder só pela consciência que temos de nós próprios.

   O momento presente, para se manifestar em pleno, exige que reconheçamos um “sim” incondicional a toda a realidade.

     Ele implica o pôr a nu um vazio que se aninha por baixo do que se vive e ameaça roubar-lhe significado.

     Escrever pode tornar-se mais claro do que falar: primeiro, as ideias convocadas acotovelam-se na estreiteza da mente que as censura, mas logo encontram a passagem viva para o largo espaço onde se alinham quando a vaga do sentido as transportou.

     O falar pode tornar-se apenas mais rápido e obscuro, não comprometer o corpo como a escrita, e até pode ficar desligado da sua raiz no tempo, onde viceja tudo o que é genuíno.

Com SG 5A, Partilha de Inspirações 11/18 – OE

 Dedicado ao meu Afilhado Marciano Boua

71 Anos CAD – Escrever é Voar

Image par S. Hermann & F. Richter de Pixabay    

   Bem. Cá estou eu mais uma vez. E pelos vistos acho que vou-vos escrever algo.

   Bem. Desta vez é um pouco diferente; sim, diferente, talvez não seja alguma coisa muito boa, muito menos entusiasmante.

   Eu gosto de escrever, para mim não é algo de novo, mas alguma coisa que sempre gostarei de fazer; é como dar vida às palavras, mexer com as frases, talvez até seja uma arte.

   Como é bom escrever!

   É como contar e articular a nossa mensagem.

  Para mim, que vos estou a escrever agora, não é preciso ter estrutura, não é preciso arquitetar as palavras, mas sim voar.

   Voar nas poesias do horizonte, nas fantasias do mais além, nos contos de ontem, nas aventuras, nos mistérios longínquos.

    Voar, sim, voar.

   Uma coisa que é livre e não teórica. Eu gosto tanto, mas tanto, de escrever!

   É como… ter um divertimento novo, algo para brincar, divertir, criar!

    Agora não tenho muito tempo para comunicar, mas hei-de voltar. A qualquer dia, a qualquer hora, a qualquer momento.

   Como viram é tão simples escrever! Comunicar. Libertem-se nas asas da Literatura, nos caminhos da escrita, nos mapas do amor.

16 de Outubro de 1986  

Pedro João Mesquita – nº20 – 6ºB

Em 2021, nosso Professor de Educação Visual e Pai de uma Aluna no 6ºB.

Valores Admiráveis

Image par Dorota Kudyba de Pixabay 

 Na vida, quem foi mais importante? Como?

D.S. – O Pai e a Mãe. O pai, para transmitir o valor de não desistir dos meus sonhos. A mãe, para transmitir o valor de nos portarmos bem e sermos educados.

P. G. – A minha família que sempre está aqui, para ajudar e me transmite amizade, o deixar-me feliz e a lealdade.

P. C. – Os nossos pais estão sempre em cima de nós para não falharmos na vida e estão sempre a dar-nos apoio, portanto acho que a família transmite amizade, cooperação e generosidade.

Três valores para vir encorajar os próprios filhos?

P.C. – Dar sempre valor ao que temos, porque pode haver pessoas que nem um pão para comer têm; aproveitar cada momento em que vivem com um bom amigo ou familiar; ser sempre educados e respeitar a opinião de cada um.

P.G. – Aprender a dar valor ao que têm, aprender o que é educação e gostar do que fazem.

D.S. –  Sê educado; nunca desistirás do teu sonho; tenta vir a ser o que tu querias quando eras pequeno.

A regra única para orientar a Vida?

P. C. –  Ser feliz e trabalhar sempre ao máximo para cumprir os nossos objetivos.

P.G. –  Quando levei um recado e mostrei à minha mãe  ela levou a bem, mas se levasse o segundo, vinha “a chinela”. Este acontecimento fez-me criar uma regra para orientar a vida: ser educado nas aulas.

D. S. A regra é ser bem educado com as pessoas, e, se uma pessoa precisar de ajuda, eu vou ajudá-la.

 Num mundo perfeito…

P. C. – Acho que não haveria brigas, guerras ou bullying.

P. G. –  Não haveria racismo por se ser negro, de outro pais, por se ser pessoa com deficiências e etc… 

D.S. –  Não sei por que é que as pessoas fazem mal…

Se essas pessoas vivessem num mundo perfeito elas só faziam o bem. 

Educação Positiva – Reflexão a três mãos, orientada por questões de Maurice Elias

PG8B, DS8B, PC8B

Os Voos da Liberdade

Em 1991, a Prof Maria José Figueiroa Rego partilhou as nossas aulas de Português de 5º ano, continuando as suas sessões de Filosofia para Crianças em que já iniciara os nossos jovens Estudantes ao longo do 1º Ciclo. Aqui publicamos excertos de um animado debate sobre as possibilidades de viver a Liberdade: 

Image par Steve Bidmead de Pixabay 

A. L. – Eu vinha a voar para a escola, se tivesse o dom. Não posso, porque não consigo.

Prof Maria José – Mas és livre para voar?

A. L – Se pudesse, era livre.

Prof Maria José – Então, não és livre para voar.

A. L.  – Se pudesse, era livre. Não se põe essa opção.

Prof Maria José  – Se não se põe essa opção és livre para voar ou não?

T. – Se eu pudesse voar, era livre. Não se põe essa opção.

Prof Maria José – Então não és.

T. – Se pudesse, era. Não voo porque não posso. Mas, por exemplo, eu, um dia, apareço a voar; aí, tenho esse direito.

Prof Maria José – A tua liberdade não tem a ver com a tua possibilidade?

AM – Se eu fosse maluca, subia a uma montanha e atirava-me.

Prof Maria José – Qual é a diferença?

AM  – A T disse que não era livre para voar, se não voasse. 

T – A Stora perguntou se a liberdade tinha a ver com o que eu posso fazer e eu disse que não. 

Prof Maria José – Mesmo que não possas voar, continuas livre?

T – Sim.

AM – Então eu tinha percebido mal. Se eu me atirasse da montanha, eu passava um bocado a voar antes de chegar ao chão. 

L – Só se é livre quando se consegue. Se morre, não é livre. Se conseguisse voar, talvez fosse livre de voar. Se não pode, não é livre. Vi um filme de um surdo-mudo…

Prof Maria José – É livre para falar?

L – Sim, diz por gestos. 

AF – Quase ninguém é livre. Há sempre qualquer coisa… Por exemplo, queremos chocar com os carros e a polícia não nos deixa.

Prof Maria José – Ninguém é livre?

AF –  Há coisas em que somos livres. Por exemplo, em casa, se queremos, podemos fazer um bolo.

Prof Maria José – E uma liberdade total? Não há uma liberdade total?

Excertos de Sessão de Filosofia para Crianças na Aula de Português

Turma do 5C – 1991

A Família Mais Unida

   

Image par Michal Jarmoluk de Pixabay 

    Somos a Família B. família essa constituída por 4 pessoas, eu, a mminha irmã, a minha Mãe  e o meu Pai. 

     Depois, tenho os meus avós paternos e os meus avós maternos, os meus tios, os meus bisavós e o meu querido primo Miguel.

     Adoro a minha família tal como é, muito unida.

    Gostava de ter mais uma irmã, mas os meus Pais dizem que, por agora, é complicado.

    Gostaria de ser bióloga, assim faria o que gostava, sentia-me realizada e conseguia a minha independência financeira.

     Diariamente, tenho o privilégio de ter os meus dois pais, irmã e avós junto a mim.

   Gostaria de casar e ter filhos, confesso que uma filha faria as minhas delícias…

     A Família é tudo para mim, sem ela jamais conseguiria viver.

    A minha Família é a mais unida do mundo.

71 anos CAD – 2007 – MB5C

 

A Galope, Passamos pelas Flores…

Image par JuergenPM de Pixabay 

    A Natureza, para mim, é algo que me ajuda a refletir.

    Vivo intensamente a Natureza, quando vou à quinta do meu avô. Aí posso passear, andar de bicicleta.

  Passo por muitas árvores – ao sol é muito alegre – também pomares, campos, que aprecio na Primavera e no Verão.

    Com tempo nublado e com chuva, aquilo fica um bocadinho triste. Às vezes aparecem coelhos e gatos e ouvem-se cantar os pássaros.

     Para desenvolver a Natureza, não se pode deitar lixo, papéis, pois assim a Natureza fica limpa.

      Há flores que estão a ser ameaçadas.

   Quando vamos passear a galope nos campos, passamos pelas flores…

JM5A