O Menino Ucraniano

   

Image par Enrique de Pixabay

     Este menino chamava-se Bernard, ele era Ucraniano e, antes de tudo começar, ele tinha um sonho, que era ser motorista turístico. Mas a Família dele, achava que ele estava a brincar e que se tratava de uma simples brincadeira porque ele tinha apenas 10 anos!

    Até que o menino completou 14 anos; passados poucos dias, o governo Ucraniano sentiu ameaças e pressões da Rússia. Nesse dia, o Bernard  foi para a Escola e não se apercebeu que a sua Família está a partir para Portugal, porque a sua Mãe não conseguiu levá-lo.

   Quando Bernard estava a almoçar na cantina da Escola, tocou o telefone com um alarme de perigo! Bernard tentou ligar para a Família, mas ninguém atendeu.

    O menino pegou no seu amigo Jason, que era Americano, e ambos tentaram fugir. Durante a caminhada, o seu amigo magoou-se na mão, mas conseguiram fugir para uma aldeia, do outro lado da fronteira, na região de Belgorod, onde Bernard fez um curativo na mão do seu amigo.

    No segundo dia, os dois fizeram um plano para irem à Rússia. Jason perguntou: 

    – Como e para onde?

    Bernard respondeu:

   – Assim que os soldados Russos nos reconhecerem, vão fazer-nos prisioneiros e levam-nos. De onde estivermos teremos de fugir e fingimos ser filhos de um ministro. O objetivo da nossa missão é descobrir informações secretas e estratégias para ajudar o nosso povo.

(Resultará este plano ousado? Descubra no próximo capítulo.)

Tempos de Guerra – Ação e Aventura – MT6D

 

À Conquista de uma Língua – II

Image by Vicki Hamilton from Pixabay 

          O exame parecia ser realmente duro, mas eu tinha de ser ainda mais duro, para permanecer um candidato com mérito no Centro de Línguas. Comecei as aulas como um iniciado, visto ter falhado redondamente no exame de entrada. Dei o meu melhor, só me ofereceram 5 meses para dominar o Inglês, tanto falado como escrito.

    Inglês tem uma estrutura muito diferente da língua Portuguesa, que é a minha língua oficial. Assim, tive de “reiniciar” a minha memória, a fim de criar espaço para a nova estrutura do Inglês.

   O primeiro mês foi um inferno. De facto, a certa altura, senti vontade de desistir e voltar para o meu país. O fator motivante foi estar em discernimento para ser um missionário da Consolata, e ter consciência de que, a certa altura, seria obrigatório aprender uma nova língua.
 Portanto, eu tinha de a aprender a bem ou “à lei da bala”.

  No segundo mês, comecei a agarrar as estruturas básicas e consegui expressar-me e falar um pouco de Inglês com fluência. Isto deu-me um forte desejo de continuar a esforçar-me mais e a pesquisar vocabulário para enriquecer a minha gramática.

   Fiz isto dia e noite, e agora já não tinha receio de comunicar com os meus confrades, independentemente da fragilidade da minha expressão oral. Eles riam-se da estrutura pobre das minhas frases, mas também me corrigiam e me guiavam muito bem.

    Certamente serei para sempre devedor aos muitos amigos que
estiveram a meu lado nesta jornada da língua, bem como aos meus
professores – Que Deus vos abençoe sempre…!

   Dizem que o homem mais forte é o que enfrenta o desafio em vez
de fugir. Apesar de todos os desafios mencionados, consegui aprenderInglês e agora até consegui fazer uma licenciatura em Filosofia, totalmente em Inglês.

     Tento, dia após dia, aperfeiçoar o meu Inglês. Também estou a
tentar aprender Kiswahili, o que me ajudará no trabalho pastoral com os Cristãos.

Deus abençoe o Quénia e o seu Grande Povo!!!

Marciano Abam Na Salu,

Noviço no Seminário da Consolata em Nairobi, Kenya

À Conquista de uma Língua – I

Image by Vicki Hamilton from Pixabay      

    Sou Marciano Abam Na Salu da Guiné-Bissau. Sou um seminarista da Consolata, que aspira vir a ser Sacerdote num futuro próximo, pela vontade de Deus.
     Estou no Quénia há cerca de quatros anos. Devo confessar que
aprendi muitas coisas da cultura Queniana e do seu povo fantástico.
     Quando vim para o Quénia, estava completamente verde em Inglês, por isso, comunicar e interagir com os outros foi uma tarefa íngreme.
   Como diz Martin Heidegger, “a linguagem é a casa do ser”. O homem não pode relacionar-se com o outro sem o conhecimento da da sua língua.
    O modo como o ser humano pensa, o modo como ele ou ela se
comporta é fortemente determinado pela sua cultura e, especificamente, pela sua língua.
     A linguagem humana é convencional e usa signos e símbolos que
devem ser aprendidos. Assim, a língua é especificamente um assunto humano!
     O meu principal objetivo, ao estudar a língua Inglesa, foi ajudar-me na minha jornada filosófica, dado que aspiro a ser um Sacerdote da Consolata.
      Tenho de deixar claro que, no Centro de Línguas, as coisas não
foram propriamente um passeio. A minha primeira experiência, num país estrangeiro, com uma língua completamente diferente da minha, foi uma verdadeira lição de estar em terra alheia.
      As únicas possibilidades viáveis ao meu alcance eram ou ajustar-me e aprender Inglês, ou voltar para o meu país como um perdedor.
   Lembro-me muito bem do meu primeiro dia no Centro de Línguas.
Fui acolhido com um exame, feito pela professora Lucy Kavivi, a fim de determinar que nível era suposto eu integrar.
     O exame parecia ser realmente duro, mas eu tinha de ser ainda
mais duro, para permanecer um candidato com mérito no Centro de
Línguas.

(Continua)

Marciano Abam Na Salu,

Noviço no Seminário da Consolata em Nairobi, Kenya

Entre Altas Ondas

 

Image by Jensen Art Co from Pixabay 

    A Coragem é viver entre altas ondas: podem ser adversas ou amigas. As primeiras levam-nos mais longe, mas à força, ensinam a não resistir e a entregar os sonhos à corrente. As seguintes atiram-nos para o alto e fazem-nos cair onde há muitos companheiros a desbravar caminhos secretos por entre as águas peregrinas.

      A Coragem é sair sempre, obedientes à chamada do vento que sopra onde quer, para um treino de liberdade que nunca termina, antes nos surpreende, sempre, com desafios inéditos.  A Coragem não se exerce apenas no perigo iminente, mas constantemente se afina na paciência do esforço que exigem as tarefas repetidas no amor de cada dia.

       A Coragem pode vir embrulhada na escolha das palavras que voam como setas afiadas e montam guarda ao generoso coração da Vida.

Partilha de Inspirações  – OE e 5D

Camaleão

 

Image by azazelok from Pixabay 

Um Camaleão 
É um animal encantador
 Porque num simples momento
Pode omitir a sua dor. 

Ao mudar de cor 
não muda só de aparência 
E para o encontrarmos
 Temos de ter paciência. 

Se nos quisermos comparar
 Ao camaleão
 Podemos pensar nos sentimentos 
Ou em cada emoção.

 Como se, cada vez que está camuflado, 
Só se quisesse esconder, 
Para ter tempo de pensar 
E assim perceber
 Que o que está a sentir, 
Não pode omitir, 
Mas sim refletir.

 E pensando no assunto, 
O pobre Camaleão 
Até pode mudar de cor, 
Mas não de coração. 

Quando estamos mal, 
Só nos queremos esconder 
E, tal como o Camaleão, 
Desaparecer. 

Mas como não podemos, 
Sejamos humanos ou um Camaleão, 
Temos de enfrentar a situação.

 Não vamos mudar a nossa maneira de ser
Só para agradar a quem não concordar, 
Mas sim mudar de cor.

 Mudar de ares, mudar de sabor.
 Foi assim que o Camaleão 
Nos ensinou uma lição: 
Que escondermo-nos é em vão,

 Mas pensar, 
E com tempo, atuar, 
É a solução.

CM8B

 

SER DIFERENTE

Image par Gordon Johnson de Pixabay 

     Era uma vez uma menina chamada Cláudia. Ela tinha um problema de ser bastante pequena. Todos os dias gozavam com ela.

     Certo dia, Cláudia quis que todos parassem de gozar com ela. Então, ela pediu aos seus Pais para fazerem uma cirurgia para ela ficar maior. Só que os Pais disseram que não existia essa cirurgia.

    Cláudia ficou muito e muito espantada. Teve uma ideia: ser ela própria a criar uma cirurgia.

    Passaram anos e Cláudia, já médica, lá estava a tentar criar uma cirurgia para modificar o seu tamanho; ela estava a ter mais ou menos muitas dificuldades. Naquele dia, falou baixinho para si mesma: 

    – Concentra-te! Levanta as mangas da tua bata de cientista, abre bem esses olhos castanhos e começa a trabalhar!

     Um ano depois, Cláudia conseguiur fazer a cirurgia, que teve muito sucesso!

   Lembra-te: Só por seres DIFERENTE, isso é bom, isso faz-te seres quem ÉS!

E SER DIFERENTE é MAGNÍFICO!

CR5B

Surfistas à Conversa

Image par Please do not use my photos show people for commercial use de Pixabay

    FS –  O Surf faz-me sentir calma; ele traz à minha vida coragem e felicidade.

    AM – O que me faz sentir é Liberdade. Faz-me viver uma Aventura.

    FS –  A manobra mais difícil, para mim, são os aéreos.

    AM – Para mim, o mais difícil também é fazer um aéreo.

   FS –  O momento que eu acho mais perigoso é quando as ondas estão enormes e arrebentam em cima de mim.

    AM – O momento mais perigoso no Surf é quando as ondas estão muito grandes, não as consigo passar e enrolo-me toda. Ou então quando estou com o Professor e não consigo passar a onda e tenho de fazer um “Bico de Pato”.

AM5C e FS5C

Tu Vais Conseguir!

Image by RitaE from Pixabay 

    O que me dá asas é a minha confiança; é não deitarmos abaixo as pessoas nem deixar que nos deitem abaixo e sermos simpáticos para toda a gente.

     Primeiro, tens de confiar em ti e lutares para o que queres e não deixares de acreditar, porque tu vais conseguir. Nada nem ninguém pode fazer com que nós deixemos de acreditar porque, se nós queremos os nossos sonhos, temos de lutar até ao final.

      Mesmo se te disserem que não podes fazer aquilo, tu consegues tudo, se quiseres!

     Os mais belos projetos para este Outono são não apanhar Covid festejar os anos da minha Irmã e estudar com as Amigas por vídeo-chamada.

Image by RitaE from Pixabay

JV7C

No Perigo, Invencíveis

Image by 272447 from Pixabay 

    Vimos de muito longe, até  onde brotam as fontes de Água Viva.

   Compomos canções pelo caminho, como quem colhe flores bravas, para oferecer à chegada.

  Treinamo-nos para a liberdade futura, tratando-nos, desde já, como livres.

    Por isso o vento do nosso deserto arrasta consigo um perfume de maçãs e espalha adiante de nós trinados de rouxinol.

Com MA6A e SS6A  – Partilha de Inspirações – OE

70 Anos CAD – A Vida Real Somos Nós – (2013)

Nota prévia da Oficina de Escrita: Esta breve e poética reflexão resultou da junção de dois exercícios de Escrita Criativa, propostos no livro de Margarida Fonseca Santos e  inventados de improviso, pelo Autor, em Setembro de 2013.

O nosso  inesquecível Aluno, filho de outra inesquecível Aluna, vive atualmente na Irlanda, com a sua Família,  tendo feito 18 anos ontem, 18 de Abril.

PARABÉNS DUARTE!

só o corajoso é rebeldeImage par Oberholster Venita de Pixabay 

    A Beleza é uma parte da pessoa ou de uma  coisa e que define se ela “É” mais ou não.

   A Beleza está em tudo de formas diferentes.

   Tem inúmeros sentidos, sendo impossível determinar algo profundo, de forma a, talvez, desvendarmos outro algo, que não é a vida real.

    Porque a Vida Real somos Nós, não o que os outros dizem.

   A Partilha é algo que põe os outros felizes, com a Ajuda, que nos vai marcar para a Vida, e nos dará Alegria, pela qual nós queremos estar lá – na Liberdade da Vida  –  que permite também a tristeza, quando nos sentimos sozinhos.

   Mas a Rebeldia é a Ajuda que nos protege, porque só o Corajoso é Rebelde.

70 Anos CAD – Duarte P –  6ºC – 2013

O Muro Vermelho – I

     muro de tiojolos vermelhos rodeados de linha verde

     Public Domain Pictures Net

     Era uma vez um ratinho que vivia num aldeia normal rodeada por um muro vermelho.

      Esse muro era gigante e o ratinho tinha “muuuita” curiosidade em saber o que estava para lá do muro vermelho.

      O ratinho perguntou ao gato Roger que vivia na rua a seguir, se o gato também tinha curiosidade em saber o que estava para lá do muro.

     O gato fez uma cara de assustado e disse que o que estava para lá do muro era muito assustador.

     O ratinho, não muito convencido, foi perguntar a outro morador da Aldeia, e, desta vez, foi ao seu vizinho do lado, o Senhor Coelho; perguntou-lhe o mesmo, mas a resposta foi diferente.

      Desta vez, foi que, para lá do muro, não havia nada.

     O ratinho, ainda sem estar convencido, não parava de pensar no muro vermelho… (Continua)

CC8B