Era uma vez, numa planície quase infinita, tão verde como um tapete a cobri-la e sempre com um pozinho mágico a vaguear pelos delicados sopros de vento de verão, uma rapariga tão inocente como aquela planície, mas com sonhos ainda mais bonitos.
A menina chamava-se Vera e trazia sempre uma florzinha da cor do céu, que contrastava com as suas bochechas rosadas e sardentas, para não falar dos seus lindos cabelos longos e ruivos.
A Vera era uma menina muito curiosa e aventureira; um dos seus sonhos era escalar a maior montanha do mundo e desvendar os mitos e mistéiros que a rodeavam.
Depois de uma longa sexta-feira, Vera saltitou, cantando uma uma melodia sonhadora, até ao quarto da mãe e pediu-lhe que lhe preparasse um lanchinho saboroso e que não fizesse perguntas.
A mãe, achando que era mais uma das traquinices da Vera, aceitou, com um doce sorriso nos lábios.
A Vera, com seu longo e estruturado plano na cabeça, foi ao seu quarto fazer uma malinha de coisas de que poderia precisar, como: uma corda, uma tesoura, fita-cola e lápis coloridos.
Pois, não sei bem onde ela vai usar esses materiais todos, mas mas ela parece muito segura do seu plano.
(Continua) – CC9B