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São 10h da noite. Álvaro despede-se dos pais e vai-se deitar. Na manhã seguinte, acorda maravilhado com o sonho que tivera e resolve contá-lo aos colegas da escola:
– Eu encontrava-me num colégio que não tinha nada a ver com o nosso.
A começar pelo edifício, que mais parecia uma nave espacial, até aos alunos e professores que faziam lembrar bonecos articulados, tudo era novidade para mim.
Quer as carteiras, quer as cadeiras eram vidradas, tinham luzes de cores, faziam inmpressão aos olhos; não havia cadernos nem lápis, todo o material consistia em computadores portáteis.
No refeitório, a comida era toda às bolinhas que me faziam lembrar comprimidos, sendo servida por robots.
Nas casas de banho… bem, se vocês vissem, era tudo eletrónico. E as camas! As camas tinham o feitio de um ovo todo transparente que se abria e fechava.
Quando eu já me estava a sentir integrado no meio daquele ambiente todos espacial, o despertador tocou e eu acordei. Afinal tudo não passava de um sonho, com muita pena minha.
75 Anos CAD – Ivo Mello 6º ano – 23/09/1992