O nosso Papa Leão, na sua homília de Domingo, no Jubileu dos Jovens, convidou-nos a refletir sobre como a descoberta da presença de Cristo Ressuscitado na nossa vida tem a capacidade de mudar a existência, em particular, ao fazê-la brilhar com a Sua própria Luz: “o encontro com Cristo Ressuscitado que muda a nossa existência e que ilumina os nossos afetos, desejos e pensamentos.”
Primeiro, a descoberta desta Presença opera uma tomada de consciência: “a fragilidade de que nos falam faz parte da maravilha que somos.” Evocando a metáfora bíblica da erva que só tem vida por um momento e logo é substituída por novo rebento, o Papa sublinhou a generosidade do dar a vez ao outro e servir-lhe de suporte, a qual que se expressa também na aventura de sermos mortais e, na qual, até o nosso desaparecimento pode tornar-se expressão da auto-doação do próprio ser, como sugere a oculta “energia que vibra sob a terra e se prepara para, na primavera, explodir em milhares de cores.”
Recordou em seguida que o nosso verdadeiro destino é o de “nos renovarmos continuamente no dom de nós próprios“, sempre buscando o que ultrapassa um mero horizonte finito.
Exortou os jovens a reconhecer a sua própria aspiração incontível e, em vez de tentar apaziguá-la, antes usá-la como “um estrado para subir e espreitar, na ponta dos pés, como crianças, pela janela do encontro com Deus“.
Esse líder Divino já nos procura, desde sempre, e é a sua demanda pelo humano que permite a este superar-se, ao aprender a escutá-la, quando “Ele bate gentilemente ao vidro da nossa alma“.
Comentário a excertos da Homília do Papa Leão, no Jubileu dos Jovens, 3 de Agosto 2025 – OE – Partilha de Inspirações.