O primeiro compromisso do “Pacto Global” pressupõe uma interpretação da Pessoa humana como um ser único, em que esta mesma unicidade é a forma do seu ser, o qual é, por sua vez, essencialmente, relação.
Relação aos outros, a si mesmo e ao Outro de tudo. Mas quem são estes “outros” que estão em relação essencial com cada um?
São todos. Por círculos concêntricos e alargando-se progressivamente, mas sem se desvanescerem na distância, os que nos amam, os que amamos, os que nos são próximos, os distantes do nosso presente, mas não menos as pessoas do nosso passado e todas as que hão de vir.
Por todas elas cada um de nós responde, a partir, precisamente, daquilo que em si mesmo, é único.
Entre as míriades de seres semelhantes, o que nos distingue é a forma da nossa relação com todos eles, na fecunda diversidade dos modos que o Amor pode assumir, na existência humana.
A Pessoa “é” e “está” no centro do processo educativo, na sua distinção essencial, como primeiro compromisso do Pacto Global.
Educar é, por isso, afirmar a identidade única de cada criança e de cada jovem, que é afinal esta sua abertura originária aos outros, flexível, na sua distensão ao infinito, adaptável, perante a multidão das circunstâncias, e empática, por essência, para com todas as diferenças.
Com o Pacto Global para a Educação – OE