Era uma vez uma menina que, em todas as férias de Verão, escavava buracos: um no seu quarto e outros espalhados pelo quintal e pela cidade.
Essas escavações eram todas ligadas por túneis subterrâneos.
Ela tinha sempre de tapar os buracos com um pano e, por cima, pôr os diferentes tipos de chão, para que ninguém pudesse entrar nos túneis, mas só ela, pois sabia onde cada abertura ficava.
Passados muitos anos, conseguiu terminar o seu trabalho duro.
Para celebrar, convidou algumas das suas próximas e confiáveis amigas, para não haver nem um risco de alguém desconhecido entrar na sua obra-prima.
Os túneis eram muito compridos: passavam por toda a cidade, por baixo da terra e, para as amigas não se perderem, punham pedras no caminho, para voltarem.
Todos os dias, depois da escola, a menina, chamada Inês, e as suas amigas entravam num dos buracos da cidade e encontravam-se para estudar, trocar ideias e brincar só com jogos de tabuleiro ou jogos do género, pois o espaço era muito pequeno e nem dava para ficar em pé.
Um certo dia, Inês estava no túnel e viu uma sua amiga e algumas crianças a entrar por um buraco ao pé da escola.
A Inês ficou muito aborrecida com a amiga, pois achava que podia confiar nela, mas afinal não era o que parecia.
No dia seguinte, Inês foi falar com a amiga sobre o que tinha acontecido no dia anterior, mas nem conseguiu dar um passo com a quantidade de Jornalistas a perguntarem sobre o túnel.
Inês começou a correr e foi para casa. Ligou a televisão e estava a dar uma entrevista com a amiga: estava a dizer que ela é que tinha feito o túnel.
Inês ficou tão triste com ela e foi chorar para o túnel. Aí viu um guia e turistas, como se aquilo fosse um museu ou assim…
Inês arranjou uma maneira de impedir a amiga, chamando as Autoridades e dizendo que a amiga estava a mentir.
As Autoridades não acreditaram á primeira, mas depois de ela ter mostrado a planta dos túneis e ter indicado todo o caminho subterrâneo, os polícias acreditaram.
A partir daí, as pessoas começaram a pagar uma visita aos túneis. Ela conseguiu ajudar a Mãe a pagar as contas.
A amiga arrependeu-se, a Inês perdoou-a e ficaram felizes para sempre!
CC8B