Tenho-te a Ti e Tens-me a Mim!

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    Querido Irmão, 

 Estou com muitas saudades!

  Eu sempre gostei de ti, das tuas habilidades para jogar e conviver.  Lembro-me quando tu e eu jogávamos Mário Kart e ríamos o tempo todo!

    Tu és o melhor irmão de todos: tens sabedoria, és brincalhão, tratas os outros com igualdade, és sincero.

     Esta Primavera, gostava de ver contigo “Como treinar o seu Dragão – III”. Quando tinhas 10 anos, gostavas de animais, como eu?

     Somos parecidos no coração, pelo desenho e em eu ser tão apaixonado por animais como tu!

      Meu querido irmão, eu sempre me lembro da tua simpatia. Quando fores  velho, eu sempre te irei visitar.

     Desejo-te uma vida saudável, amorosa e que possas criar uma relação feliz com outra pessoa.

    André, eu tenho-te a ti e tu tens-me a mim!

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O Ser Mãe

PixaBay License Image par Pete Linforth de Pixabay

       O ser mãe não é meramente um termo biológico, mas sim uma forma de afetividade que nos prepara para seguirmos rumo à luz.

      Dar à luz não é só físico, é entregar aos corações de cada Mãe uma renovável experiência, sempre que acordam de manhã, com cheiro a verão, com a brisa a escorrer os seus cabelos brilhantes com a leveza do Sol.

     O Sol que inunda o berço.

      Raios luminosos, fortes, que afetam positivamente cada face de Mãe.

      Mas… e como serão esses raios?

     Verdes, azuis, vermelhos, ou normais e amarelos?

     Não, nenhuma tonalidade tem o valor de ser Mãe.

     Às vezes, esses raios afogados em radiância são mais frios, como no Outono, ou são mais fortes e quentes, como na Primavera, quando nasce a nova floração.

      O Sol como resposta: ilumina a árvore que dará o fruto! Isto é ser Mãe!

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Sonetos de Florbela

     máscara de florbela espanca

     Wikimedia.org Atribuição: Creative Commons 2.0 Generic

  Tal como o meu colega disse ao apresentar este livro de Florbela Espanca, eu também sou uma pessoa que não consegue ver tudo perdido.

    A Autora vê a vida de uma forma impressionantemente negativa, mas não faz disso uma queixa, mesmo sendo ela justificada.

    Para mim, a vida não lhe correu nada bem e ela continuou a esforçar-se até que realizou que não ia encontrar um sentido de felicidade. Como não encontrou a felicidade cá, foi ver o que encontrava “lá”.

  Florbela Espanca nasceu e morreu a 8 de Dezembro, suicidando-se aos 35 anos, após 3 casamentos em que não encontrou a felicidade.

      A sua obra poética é marcada pela exaltação passional, tal como a de António Nobre e Sá Carneiro, por exemplo.

     O primeiro soneto apresenta o seu próprio livro como um repositório de vivências profundamente tristes que a autora deseja partilhar com todos aqueles a quem a vida transformou pelo sofrimento.

     A Poetisa interpela os seus leitores, considera-os como formando uma fraternidade de seres sofredores que podem encontrar, nos seus poemas, refrigério e conforto para a sua própria dor.

     “Este livro é para vós, abençoados, os que o sentirem, sem ser bom, nem belo!”

     No poema “Neurastenia”, entrelaça a sua íntima vivência de sofrimento e dor com os elementos da paisagem, que a tornam de certo modo hostil, mas espelhando fielmente o que a própria escritora sente.

    A chuva, o vento e a neve personificam toda a amargura e miséria espiritual que a poetisa sofre.

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A Estrela que Caiu do Céu – 2

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      Então o João teve de dar abrigo a 3 Estrelas: a casa estava muito iluminada.

     Os dias iam passando e a Pingo, a Violeta e o Pai da Pingo estavam a ficar cada vez mais sem luz.

     – O que está a acontecer? – perguntou, assustada, Violeta.

     – Não  sei…- hesitou a Pingo.

    – Nós temos de voltar para o Céu. – Alertou o Pai da Pingo.

    Então, o João interveio e perguntou:

   – Por que é que têm de ir para o Céu?

   – Porque é onde estão as outras estrelas e temos de ir para lá para ganhar mais luz.  – Explicou o Pai da Pingo.

    No dia seguinte, eles saltaram para o Céu, já de noite, no jardim da casa do João, só que a Pingo não conseguia novamente.

     Então, o João pegou na Pingo  e estendeu os braços o mais alto que conseguia e depois a Pingo saltou – desta vez com sucesso.

     Aí, o Pai e a Violeta foram atrás dela e, num abrir e fechar de olhos, já estavam no Céu.

      Logo que chegaram, os Pais da Violeta abraçaram-na, cheios de Alegria e Saudade. O Pai e a Pingo também se abraçaram e ficaram outra vez cheios de luz.

     Agora, a luz era diferente: a luz era a da Alegria de estar outra vez no Céu e de ter percorrido esta Aventura.

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Sobre a Condição Humana

     

     Image parJill Wellington de Pixabay 

     Ninguém consegue substituir os irmãos, pois só temos uma vez estes parceiros de vida.

    Mesmo que não estejamos de acordo com eles, podemos fazer um esforço. Assim como devemos fazer um esforço pelos nossos Pais, tal como eles fazem por nós.

     Podemos ajudá-los no que eles precisam, assim como eles nos pagam a Escola, o Surf e, como é óbvio, também nos puseram na Terra.

     Em comparação com os outros seres vivos, nós só nos tornamos autónomos muito tempo depois, enquanto que, por exemplo, as girafas, ao nascer, ficam logo de pé.

     Mas, além disso, nós interrogamo-nos, por isso, não sabemos se nos “cumprimos” inteiramente, só nos interrogamos sempre mais.

    Não sabemos se os animais se interrogam, pois não falamos a mesma língua.

     “Cumprir-se” é viver ao máximo.

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