“A Nossa Forma de Amar”

   

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     O próximo Ano Letivo vai decorrer, todo ele, tanto sob o signo da festiva Celebração dos 50 anos do nosso Colégio, como na redescoberta dos horizontes de um “Olhar” que deseja ver melhor e, sobretudo, mais longe.

     Conciliam-se naturalmente os dois desafios de Vida, pois não só o ato de celebrar torna visíveis riquezas ocultas no real quotidiano, como também a visão criativa de um olhar inovador se articula, naquele desvendamento, com a exultação inesgotável que o percorre.

     O Presente, assim transformado num abrigo acolhedor para um Passado confiante, volta-se, com ele, para a formidável perspetiva de um Futuro repleto de vida, onde germina uma sementeira de surpresas que, no percurso da história comum, irão surgindo, no rasto, sempre fecundo, do Carisma original.

     Esta passagem festiva virá, certamente, balizar, com a viva nota do seu entusiasmo, o intinerário promissor do novo Ano Letivo, a que o tesouro das Jornadas da Juventude pode e deve imprimir o seu ímpeto para ir mais adiante e mais alto, que constitui, também, o seu impulso divino.

    Se “Educar é a nossa forma de Amar”, a nossa ação não está destinada a esgotar-se, mas antes a recriar-se, a cada nova geração, com toda a Comunidade Educativa, que cresce no tempo e se vai configurando, nesse imenso viveiro humano, onde Alunos, Irmãs, Assistentes e Docentes vão passando uns aos outros, na aventura de um Amor irrepetível, a chama original do Fundador.

Com a Comunidade do CAD Partilha de Inspirações OE

Slava Ukraíni

Image par Tetiana Garkusha de Pixabay

       Hoje celebramos – também Portugal, mediante a presença do nosso Presidente em Kyev –  a independência da Ucrânia, que nasceu a 24 de Agosto de 1991, por votação de maioria absoluta da população. Os países  que, sucessivamente, assinaram o  reconhecimento da  identidade Nacional e soberania do povo Ucraniano, comprometeram a credibilidade da palavra dada como um compromisso de honra. 

     Ao longo de 32 anos, este país irmão sofreu diferentes e contínuas tribulações, culminando as ameaças à sua democracia com a angustiada situação de guerra, que já se estende por mais de 500 dias.

      O Papa Francisco, durante as Jornadas Juvenis, também falou deste viver em sobressalto, por estar “uma guerra mundial feita aos pedaços” a  transformar em ruínas tantos espaços vivos da nossa Casa Comum.

     “Sinto grande dor pela querida Ucrânia, que continua a sofrer muito.”

     Falou-nos do “caráter incompleto” que nos torna “peregrinos… desejosos de sentido, com saudade do Futuro”.

      Ele bem sabe que, na convicção das novas gerações, as  diferenças humanas – “nações, línguas, histórias” – estão aparelhadas para unir-nos, são desafio a um crescimento mútuo, são as primícias para um diálogo destinado a proteger a preciosa Paz.

Com JMJ 23 e Ucrânia – OE

O Apelo do Mar nas Raízes de Portugal

cadescrita

    Quando o Papa Francisco se reuniu com os representantes oficiais da nossa Democracia, chamou a  Lisboa, “a capital do mundo“, fazendo ecoar uma outra expressão utilizada por outro Papa que designou Fátima como “o altar do mundo“. Que aproximações se podem traçar entre estes dois centros de experiência humana?

   O Papa Francisco justificou aquela designação, lembrando que Lisboa tem sido, ao longo da sua história, “cidade do encontro que “abraça vários povos e culturas e que, “nestes dias, se mostra ainda mais universal” pela rumorejante multidão festiva e juvenil que fez ressoar pelas ruas da velha capital o desafio de um Futuro aberto ao infinito; assim também, a humilde povoação da Serra de Aire veio a tornar-se ponto de incessante reunião de uma multidão diversa e solidária, em cujo abraço acolhedor se podem reconhecer todos os povos da terra, à luz do desafio divino que três jovens Pastorinhos proclamaram.

   “As raízes” da alma de Lisboa, como as de Fátima, são as do próprio país que é Portugal, na sua vocação de abrir-se ao mundo desconhecido, fazendo-se ao largo por irresistível atração de “novos e amplos horizontes“. O mar é, hoje, a metáfora viva desse misterioso chamamento: um apelo que não cessa de ecoar no ânimo de cada português, e que o fazrefletir sobre os imensos espaços da alma e sobre o sentido da vida no mundo“, olhando “para cima, elevando-se para o infinito“.

Com o Papa Francisco, JMJ23 e OE

JMJ23 – O Poder das Questões Inquietantes

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     “A inquietação é o melhor remédio para a rotina”, essa “espécie de normalidade que anestesia a alma”.

    Assim o Papa Francisco exortou os nossos jovens a dar uma alma nova à sua inquietação, modulando-a em interrogações vitais a partilhar com todos: “Cada um de nós traz dentro de si as suas próprias interrogações”; “ponhamos estas questões no diálogo comum entre nós”; “ponhamos estas questões diante de Deus”.

    Mas eis que refluiu a massa ondeante da exultação juvenil que iluminou o país como um relâmpago de Alegria…

     As aclamações, as danças e os cantos levantaram, por baixo do solo falsamente seguro da rotina, as questões  vivas, na sua ousadia inquietante.

    Caiu um milhão de sementes de vida na terra assim revolvida pelos pés dos mensageiros. O coração, renovado, voltou a ser terreno de cultivo. Dará fruto?

     “Estes eventos tendem a esgotar-se em si mesmos” – constata um antropólogo sensato a quem as estatísticas  não  deixam iludir; contudo, soa como quem decifrou a letra mas não ouviu a música.

    Em mais de 120 países, “A Economia de Francisco” já se tornou um poderoso movimento, para citar apenas uma das ferramenta inquietantes que, nas mãos dos jovens, vai humanizando o mundo.

    Mas ainda para além destas manifestações de Vida, quem poderá medir a transformação que se opera no invisível? Que estatísticas podem verificar a germinação secreta do inaudito no íntimo de cada jovem?

     Só Aquele cujo “Amor vem de surpresa”, “que nos mantém alerta e sempre, de novo, nos surpreende”.

Com JMJ23 – Partilha de Inspirações – OE