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     Era uma vez um Grifo,muito colorido, com olhos azuis e rosa, de pelo prateado; as patas de trás eram de leão e as da frente, de ave. Tinha asas de anjo com muitos brilhantes, cauda de leão e cabeça de ave. Era muito querido, amigável e amoroso.
    Ele vivia numa floresta diferente, onde as árvores debruçadas sobre o lago eram mais reais no seu reflexo. 
     As cores alternavam nas pétalas das flores conforme a luz do Sol lhes tocava. De noite, eram iridiscentes e podia-se caminhar em segurança pelos estreitos carreirinhos iluminados. 
     Os animais partilhavam o mesmo ideal de fantasia e passavam a vida em Festas. 
     O lago era miosótis e as águas sempre calmas e quentes: aí se ouviam gritinhos e gargalhadas, logo pela manhã, quando os seres da Floresta tomavam o seu banho matinal. 
     O sonho do Grifo era, desde sempre, fazer canoagem, pois uma antiga lenda dizia que ao fundo do Lago existia uma Gruta inundada que guardava um segredo. Mas não havia canoas. E ele não sabia como fazer.
      Até que um dia, teve uma ideia: pedir ajuda à sua amiga Preguiça. Não correu muito bem, pois a Preguiça não conseguiu fazer nada de jeito e ainda para mais deixou cair a madeira e as ferramentas ao chão. 
      A seguir, foi pedir aos Castores. 
        O Grifo, com muita facilidade, chegou ao pé dos amigos e pediu-lhes:
       – Meus Amigos Castores, podem-me fazer uma canoa, por favor?  
       – Sim! – Exclamaram os castores! Nós vamos fazer com todo o carinho e amor. 
       O Grifo respondeu: 
    – Muito obrigado, malta! Vocês são os maiores.  –  todo feliz, com lágrimas nos olhos, mas estava triste, porque não sabia como usar a canoa.  
        Eles puseram-se logo a trabalhar, cortando, com os seus dentes afiados, as cascas dos troncos mais macios.
       Quando a canoa ficou pronta, ele começou a remar. Ao anoitecer, sentiu-se cansado e, sem querer, foi  parar à Gruta das magias incríveis que tanto procurava!                            
     A Gruta era quentinha, de chão macio e um pouco escorregadio. As estalactites brilhavam no escuro, com aquela luminosidade que tinham as flores da Floresta à noite.
     O Grifo, sem medo, foi explorar a Gruta. Assim que saiu da canoa, encontrou uma arca cheia de poderes, oferecida pelos belos dinossauros voadores. 
     Havia uma lenda sobre a Gruta, de que nela havia um portal que dava para um mundo de Dinossauros, onde ele queria ir, para ver se era verdade ou não. E foi então que: 
     – Aaaaaaaaaah! 
     Viu que a lenda era verdade! Havia uma passagem que levava aonde milhares de dinossauros de todas as espécies se divertiam a saltar de vulcão em vulcão, como em Jacuzzis. 
     Foi uma Festa incrível! Todos os seres da Floresta se tornaram capazes de voar! Por cima do lago multiplicavam -se as acrobacias: havia castores alados, raposas que davam mortais e caíam para cima, pequenos coelhos que trotavam sobre a água sem se molharem. 
Contos da Floresta, Texto a 3 Mãos – BF6A, CR6A, OE