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Nesta metáfora, nós também somos a “Terra” que precisa de ser preparada para acolher no seu seio as sementes da Vida.
Inesperadas, múltiplas sementes, feitas de relações e de acontecimentos que escapam à nossa previsão mas, também frutuosas, nutritivas, que podem ser antecipadas por um cuidado fiel e confiante.
Como somos então “Terra”, e até que ponto escolhemos a que queremos ser?
Pertencemos de raiz à nossa família mais próxima; depois ao círculo eleito dos amigos mais íntimos; enfim à ampla comunidade da escola, no seu dinamismo de percursos jovens em perpétuo cruzamento; e ainda, por trás de tudo, cercando-nos e sustentando esta nossa rede de relações significativas, o vasto mundo das sociedades humanas, prolixo, tumultuoso, inabarcável, onde as diferentes gerações entretecem o hoje da História.
Em que sentido somos esta “Terra”? O que significa dizer que escolhemos os seus ingredientes? Como é que pelo nosso consentir a preparamos?
Se somos esta”Terra”, tudo o que ela gera ou o que nela se desencadeia é-nos próximo, familiar e íntimo.
Pelos valores herdados de infância e depois criticamente assumidos na adolescência, escolhemos como esta “Terra” se constitui, de que gestação se vai tornando capaz.
É por acolhimento de graças inspiradas e por esforço de decisões corajosas que nos expressamos depois em atitudes, em compromissos, em colaborações vivas.
Assim conformamos a “Terra” que vamos sendo com a disposição de que precisam as “sementes” de Vida que sonhamos, para nela germinar em segurança.
Setembro, Cascais, 2020: como nos preparamos então?
Partilha de Inspirações – Agenda CAD 2020 – 21 e OE