A Festa da Comunidade Educativa I – 28 de Abril 2023

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    Este ano de 2023, e sob o signo promissor de “A VIDA”, de novo a Festa da nossa Comunidade Educativa iluminou, num clarão de alegria invencível, o laborioso quotidiano da Escola, trazendo à superfície, a comunhão vital em que vamos crescendo, e deixando adivinhar, por um momento, as poderosas correntes de Vida que nos modelam, na profundidade, à semelhança dos ideais que nos propomos servir. 

   

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     O 2º Ciclo, na sua natural espontaneidade, triunfou, num vai vem de barraquinhas que vendia toda a espécie de delícias, generosamente elaboradas com a ajuda dos pais. O amplo viveiro de Famílias, em que se transformou  o recinto festivo,  foi repassado de música gloriosa, a cargo do nosso prof. Paulo.

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     O turbilhão festivo do convívio imparável foi ritmado pelos momentos emocionantes de Teatro em “playback”, reproduzindo alguns dos mais belos diálogos entre as famosas personagens de Charlie Mackesy, a que a arte inimitável da prof. Paula transmitiu forma e vida.

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    Ao lado, discreto no seu encanto de capela improvisada, decorria o leilão silencioso dos amigos improváveis, animais sorridentes em pares cordialmente unidos.

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     3º Ciclo e Secundário expuseram as suas leituras favoritas em criações tridimensionais: na sala azul, onde se podiam colher também “os frutos” da literatura, que pendiam de um estendal, os alunos mais velhos ofereceram momentos de humor e reflexão, representando diálogos entre Fernando Pessoa e os seus inseparáveis heterónimos. 

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     Entretanto, no recreio coberto, música e dança transfiguravam o entusiasmo de uma multidão compacta; decorriam experiências de outros mundos no laboratório; expunham-se magníficos trabalhos de pintura e outras técnicas criativas  na exposição das Artes; brilhavam bordados em filigrana na bancada das Irmãs; e o palco improvisado testemunhou, uma vez mais, a qualidade e o brio dos jovens compositores e intérpretes, onde  a voz dos Alunos foi a da própria VIDA.

     Chegou o fim da tarde numa brisa suave e um festival de árvores brancas veio envolver-nos a todos, no seu abraço dançante que proclamou a poesia e o empenho com que, no labor anónimo de cada dia, a nossa Comunidade celebra secreta e fielmente a VIDA.

Festa da Comunidade EducativaA VIDA 2023 – OE

A Escrita ao Serviço da Vida

Oficina de Escrita – Prof Paula Xavier                                                   

          “A tua oração é o grito do teu desejo. Redige essa oração por escrito: esse primeiro esforço criador fará com que cresça em ti a coragem.”                           

Sto. Agostinho, sec. V

     

     O exercício da expressão escrita –  seja na sua vertente expressiva, reflexiva, criativa, ou outra –  é sempre  uma experiência de liberdade.

    Com efeito,  tal exercício só pode aceder a uma forma única e pessoal se, para lá da circunstância de um dever académico, for também voluntário;  se, para lá da utilidade dos objetivos  curriculares, se colocar, também, desinteressadamente,  ao serviço da Vida.

     Quem fez, ainda que de passagem e a intervalos muito irregulares, essa experiência vital de autenticidade, sabe que só ela tem o potencial de libertar energias que, de outro modo,  permaneceriam compactadas  e inúteis, nos meandros subterrâneos do nosso viver apressado.

    São  energias do mais puro quilate, as mais próximas da Fonte de onde brota, misteriosamente, a cada momento, a nossa própria Vida;  elas ascendem,  por assim dizer,  ao apelo da escrita – que tem o dom de as convocar  – e ficam disponíveis para a nossa  vontade.

   São elas que tornam possível “o golpe de alma” necessário  a uma tomada de decisao;  são puras forças de coragem que o exercício da escrita drenou para a luz da consciência.

     Certamente, há outras descobertas essenciais a realizar neste exercício  tão rente ao chão do vivido. Hoje queríamos apenas destacar aqui esta virtualidade,  tantas vezes suposta em silêncio,  mas repleta de possibilidades de Vida,  que o exercício da expressão escrita pode oferecer aos nossos Alunos. 

Agenda 22-23 Instrumentos de Vida – OE

O Máximo Horizonte

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Levantou-se e partiu apressadamente…”

Tema das JMJ -2023

       O tema das Jornadas Mundiais da Juventude deixa-se aprofundar apenas depois de termos enfrentado algumas questões incontornáveis:

      • O que nos faz levantar?
      • E partir?
      • E partir apressadamente?
      • Qual é o alcance máximo dessa expectativa que se projeta para diante, para cima, para todos os lados?
      • O que demanda, na sua máxima ousadia , o anseio humano?

          A resposta a estas questões daria a medida da amplitude do  nosso máximo horizonte.

     Cada um de nós,  em momentos limite da sua aventura pessoal, descobre que se  faz ao largo de tudo; admira-se ao constatar que se adianta para além da segurança da  própria vivência acumulada ao longo dos seus anos; espanta-se com a agilidade com que se desembaraça  para lá da estabilidade do conhecido, que  afinal tinha se vindo a construir laboriosamente e formava o alicerce do seu quotidiano.

“Levantou-se e partiu apressadamente em direção às montanhas”

       Os dois movimentos livres nesta iniciativa são “Levantar-se” e “Partir.”

        O ímpeto que borbulha e lança espuma, no nosso levantar, é já resposta a uma solicitação que vem de mais longe? E De quão longe?

       De quanto mais longe somos interpelados, talvez mais intenso o impulso do nosso levantar e a prontidão do pôr-se a caminho, e o ritmo do andamento para fora e para longe.  Talvez se afine o olhar para a lonjura à medida que  avançamos  na direção de embora.

   Em direção” – não se trata de um rastrear avulso, mas de um movimento orientado, um ritmo ordenado, uma fidelidade a algo que nos expropria e nos transporta.

     Às montanhas” este destino último sugere um horizonte vertical, mais inacessível, mais exigente no esforço de chegar a participar nele, mais transcendente ao plano horizontal do habitat humano, onde a inércia do que  já se controla com sucesso pode amortecer o ímpeto do avanço para diante.

     E, no entanto, a prontidão da resposta e a orientação do olhar para o mais longínquo transmitem a sensação de que há algo de familiar neste apelo a uma superação sem condições. 

     Não no sentido em que o dom inesperado pudesse ser deduzido ou reclamado a partir de um indefinível anseio humano; mas antes essa impressão de “estar em casa”, apesar de estar fora das fronteiras patrulhadas. 

   É assim como uma sensação de pertencer ainda a outro enraizamento, para lá do ecossistema humano, no seu entrelaçamento íntimo de natureza e cultura – tão íntimo que as duas componentes se tornam indiscerníveis.

      Um súbito à vontade reencontrado, mal se dobrou a curva do último limite conhecido, como se a nossa vocação humana tivesse sido, afinal, desde sempre, o incessante renovar-se em vista de um infinito: “levantar-se e partir”.

     Santo Anselmo, no sec XII, deixou formulado para sempre um desafio semelhante a todo o pensar vivo que havia de vir depois dele; mas o seu convite ousado não se dirige ao pseudo-pensar de pacotilha, domesticado e passivo,  segregando abstrações ou derramando-se em objetos externos.

    Só o centro ardente da pessoa humana é capaz de unificar num feixe luminoso todas as vertentes da existência e determinar-se para a aventura de um pensar vivo.

     Aventurar-se a pensar o ser; o ser maior; “o ser acima do qual nada maior pode ser pensado”. Anselmo desenhou  um horizonte de amplitude tão aberta que não se pode percorrer as suas margens com o olhar.

    Nada mais do que pensar a sua possibilidade é talvez já “o levantar-se” do nosso próprio ser; afirmar a existência dessa possibilidade infinita é talvez já o início de uma “partida apressada” de todo o nosso ser, a imersão na irresistível corrida em direção ao coração inatingível  deste máximo horizonte .

     JMJ-Lisboa-2023 Agenda 22-23 – A VIDA – OE

“A PAZ é responsabilidade de Todos”

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     “A Paz só poderá nascer da paz: não da paz concluída depois de uma batalha, mas da paz debatida sem batalha e erigida em vitória definitiva do Diálogo sobre a espada.”                                                 

 Émile-de-Girardin

     Vivemos um momento decisivo que pode abrir novas possibilidades para a aventura humana que se vem desenrolando na história. 

     As forças em presença não são apenas as que se tornam visíveis e mais ou menos inteligíveis nas tensões da atualidade; nas questões vitais em debate, incluem-se as forças que brotam de toda a realização humana do passado do mundo, bem como as incontáveis possibilidades que nos interpelam do futuro.

    Quem defende a Paz? Quem pratica os valores da democracia? Quem está empenhado na redistribuição dos bens e dos recursos? Quem acolhe, como um enriquecimento, a pluralidade de visões do mundo? Quem consegue discernir as finas linhas que demarcam a possibilidade de um diálogo vivo entre todas elas?   

    Não escolhemos ser livres; eis outro presente que nos foi oferecido com a própria vida: uma vida livre, que supõe uma adesão e a persistência de um esforço, sempre a reatualizar, para corresponder à exigência com que a Vida coroa o seu livre dom. 

     Na sua mensagem da Páscoa 2022, o papa Francisco considerou a Paz não apenas “possível”, mas ainda “a principal responsabilidadede todos nós

      Entre inumeráveis iniciativas que os desafios da Paz suscitam, podemos indicar:

        • A Fundação Berghof ,para a qual “o conflito é inevitável, mas a violência, não” e desenvolve, há 50 anos, encontros entre partes em litígio, apoiando-os no esforço do diálogo.
        • Open Democracy, uma plataforma internacional que se quer independente, que dá voz aos excluídos da atenção pública, em vista de um mundo mais igualitário e mais aberto.
        • E-International Relations – site que oferece uma plataforma aberta, não alinhada, para publicações dos mais diversos pontos de vista sobre as relações internacionais e os equilíbrios de forças no mundo atual. Também oferece livros de leitura gratuita online.
        • Youth for Peace – Visa a participação dos jovens na construção da Paz Mundial e tem o apoio do Conselho de Segurança da ONU.

 

Pacto Global para a Educação – A Vida, Agenda 22-23 – OE

     

  

Viver e Expressar a Beleza

     

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     De Anselmo Grun, monge beneditino:

     “Aplica-se à fé o mesmo requisito que à Filosofia: a possibilidade de maravilhar-se.”  “No início da reflexão filosófica maravilhamo-nos perante o facto de que somos, em vez de não sermos; assim também no início da atitude de fé está o maravilhar-se perante a beleza do mundo e o mistério do ser humano.” (1)

    Fé – também uma atitude de confiança no que nos excede; reflexão filosófica – também uma sabedoria que amadurece na reflexão pessoal sobre a experiência vivida do que nos excede.

    Acontece o milagre altamente improvável de que sou – eu, que poderia nunca ter sido. Descobrir-se contingente, estar assim à beirinha do precipício de milhões de possíveis em que não estou incluído.

     Como dizia, em “A Rapariga das Laranjas”, a mulher da personagem principal que se desolava, à medida que o seu cancro avançava, por ter de morrer tão cedo:

  “ – Mas tu estiveste aqui. E isso é verdade para sempre. Lucky you.” (2)

    Kant deixou-se maravilhar, tanto perante o enigma irredutível de um universo imenso, constelado de estrelas incontáveis, como perante o não menos misterioso pulsar da “lei moral” na profundidade do coração humano. (3)

   Na sua obra, esta contemplação maravilhada traduziu-se numa sabedoria mais abrangente, mas não na expressão de uma fé mais profunda.

   Que silêncio permite que a criação se nos desvende como bela e a presença do ser humano nos surja como misteriosa, a ponto de nos sentirmos maravilhados?

   Que linguagem pode expressar o sentido dessa beleza e a evidência desse teor misterioso?

     Anselmo Grun fala de uma “capacidade de falar por imagens”. Essa mediação é ela mesma descrita por uma imagem. O que são as imagens? São janelas. (4)

    A Capacidade de falar por imagens é a de rasgar aberturas na nossa forma de ver o mundo conhecido; dar a ver “o que está fora”, abrir mirantes para o que só pode existir “para lá de tudo”; algo que não pode ser apenas uma finalidade a alcançar por mero alargamento das dimensões do humano; algo cujo sentido exige essa liberdade em relação ao nosso existir no mundo com os outros,  como uma transcendência autêntica.

    Falar por imagens torna-nos capazes de expressar o que é maior do que o simplesmente “novo” para nós, mas que é, antes, o “incessantemente novo” e “sempre maior”, que se torna presente à criação, pela sua beleza e ao ser humano, pelo seu mistério.

    O Autor Beneditino assegura-nos que “as imagens não prendem o mistério do ser”, por que não se reduzem a indicar objetos, não se referem a realidades objetiváveis, isto é, que possamos reduzir a “coisas”. (5)

     Esta linguagem capaz de criar imagens é, pois, também ela, a “linguagem da beleza”. É a mesma disposição para “deixar-se maravilhar” que subjaz tanto à descoberta do que nos supera, como à possibilidade de o articular na linguagem.

      Vivenciar a possibilidade deste radicalmente “para além de” e  “sempre mais” é, ao mesmo tempo, causa e resultado do espanto e do deslumbramento que suscita. Eles configuram uma disposição interior que tanto permite cumprir o trabalho da reflexão como pode inspirar a atitude de fé.

A Vida – Agenda CAD – Setembro – OE

(1) - Anselm Grun - "O que é a Religião?" pag. 24
(2) - Jostein Gaarder - "A Rapariga das Laranjas"
(3) - Emmanuel Kant - "Crítica da Razão Prática", 1788
(4) - Anselm Grun - "O que é a Religião?" pag. 24
(5) - id.

“Fazemos da Vida Algo Extraordinário”

 

Oficina de Escrita

      Podemos partir de uma evidência que tantas vezes nos passa despercebida, mas que não cessamos de redescobrir, com surpresa sempre nova, desde que aceitemos depor, por um momento, o peso do que nos preocupa ou devolver ao seu voo planado a leveza do que nos dispersa.

      Falamos da Vida, claro, e do cunho extraordinário do seu advento em nós, a pureza intocada do que nos trespassa, mas não se deixa apropriar, a improbabilidade  vertiginosa de nos acharmos nela e o milagre ousado de podermos aderir ao seu impulso para sempre mais.

        Uma graça livre, que nos pode sempre transformar, se com ela nos aventuramos pelos meandros escondidos dos instantes apenas nascidos, em que floresce o improvável do encontro e da  festa, ou em que amadurece o infinito da saudade e do sonho.

      A Vida, já de si manifestação do extraordinário, por excelência,  fonte de generosidade nas mil formas que convoca, não espera menos de nós, os Vivos, que façamos da força luminosa que nos nutre e impele, algo de extraordinário.

Agenda 22-23 – A VIDA – OE

Ser o Reflexo…

 

Pastoral CAD – Instagram

“Ser reflexo dos valores que me guiam…” – Setembro

       Aqui, “Refletir”significa expressar, numa dimensão visível, não forçosamente mensurável, algo que subsiste noutro plano, mas que é diretamente inacessível.

      Os “Valores”, como estrelas orientadoras, iluminam a visão com que vamos reconhecendo e configurando a nossa realidade; esta é viva, distende-se no tempo, tem o poder de conectar-se a tudo, obedece a um dinamismo próprio que a faz abrir-se sempre a mais além.

     Esta descrição da nossa realidade humana, já é, por sua vez, iluminada por valores, já reflete a radiação originária dos valores que permite configurar e inteligir o que é.

     Somos força de vida em movimento de tempo rumo a um sempre mais. Relação essencial com todos os outros e com o que é Outro de todos nós.

     As nossas decisões vão expressando, na frescura da corrente do nosso  quotidiano, aberta ao estuário de todos os tempos, que não sofremos restrição de nenhum limite externo, além do espontâneo pulsar da nossa liberdade.

     Sim, somos nós que desenhamos, nas águas puras do tempo, o reflexo que testemunha a presença escondida dos valores que nos guiam, “mais íntimos a nós do que nós mesmos” como dizia tão bem Sto Agostinho.

Partilha de Inspirações – Agenda 22-23 e OE

A VIDA

Clementine Creative

 

     A VIDA É UM PRESENTE

DE  DEUS,

AGRADECE-A

   Este ano somos convidados a sentir a vida como um presente. Como chegamos a senti-la como um presente?

    Talvez em “momentos especiais”; talvez mesmo quando estamos absorvidos em ações que visam um fim útil ou que se tornam necessárias para alcançarmos o limiar dos “momentos especiais”.

  Às vezes podemos surpreendê-la como um presente, num vislumbre, enquanto nos dedicamos de coração a uma tarefa mais amada ou mais ingrata, como um companheiro que nos atira um sorriso enquanto nos passa a bola em pleno jogo.

    A Vida é um presente na medida em que não a fabricamos, não a construimos, não a inventamos. Antes a recebemos, e, em primeiro lugar, dos nossos Pais.

    Somos assim, à partida, devedores, em vista da retribuição de um presente. Mas, desta vez, o presente somos nós! Como “retribuirmo-nos”?

    Como se retribuem, por sua vez, os nossos Pais? E os Pais dos nossos Pais? Um clamor de gratidão ressoa pelos séculos, subindo,   a corrente do tempo, a incontável sucessão das gerações, sondando uma origem a montante.

     Em “momentos especiais”, o sentimento de que a vida é um presente pode surgir como uma imensa onda que nos inunda e nos leva para cima e para diante, a perder de vista. Não já a origem, mas um horizonte aberto e sempre a crescer é que nos atrai.

    Passa a ser uma convicção, um sentido vivenciado capaz de orientar toda a nossa existência. É então que nos pode surgir, como uma descoberta inédita, o atribuir a Deus o presente da Vida.

      E como Lhe retribuiremos?

Partilha de InspiraçõesAgenda CAD 22-23OE