Sondando as Fontes da Energia Humana

ecologia das emoçõesGentileza de Edicare.com

     Continuamos a partilhar a leitura do livro de Ecologia Emocional para Crianças  – “Energias e Relações para Crescer” de Mercé Conangla e Jaume Soler –  dedicado às  várias modalidades de energia que influenciam o destino do Mundo.

    Já vimos que as fontes de energia emocional, que subtendem o nosso agir e pensar  e orientam a qualidade da nossa comunicação, têm analogia com o dinamismo vivo da Natureza.

   Todos reconhecemos as energias básicas: alegria, amor, raiva, medo… mas para além do ato em que transbordam em nós e nos conduzem, podemos acolhê-las quando afluem e sermos nós a conduzi-las?

   Vimos que as energias limpas e superabundantes podem ser utilizadas sem limite: não cessam de promover a vida, de harmonizar o equilíbrio dos ambientes, de suscitar o convívio dos seres.

    Mas a natureza escondida das suas fontes implica um esforço para encontrá-las; depois outro para trazê-las à superfície: desejamos canalizá-las para agirmos de um modo transformador.  

     De que natureza é esse esforço que faz a prospeção das energias? 

   Conseguimos distinguir como crescem e sobem em nós, influenciando ou até dominando a nossa reação, a nossa comunicação com os outros?

    Conseguimos reconhecer a maré crescente de uma emoção pelas reações do nosso próprio corpo?

    Poderá ser útil investigar em nós as alterações que a maré de uma emoção provoca?

    Conseguimos explicar como o que sentimos influencia o nosso agir?

    • Podemos fazê-lo através de um diário? 
    • Podemos tentar uma reflexão através de  diálogos com amigos?
    • Pode ajudar-nos a experiência de um adulto em quem confiamos?

Com Prof Paula Xv – Partilha de Inspirações OE

Férias no Campo

campo de abóborasPexel.com

     Na minha primeira semana de verão estive a ajudar os meus avós a tratar do Gado, a regar a horta, a carregar lenha do moinho, a carregar sacas de farinha de 30kg, a cozer o pão.

     Nas duas semanas seguintes, estive a trabalhar para a minha madrinha e o meu padrinho.

     Primeiro, estive a cortar erva para os bois: apanhamos um reboque cheio.

     Fomos plantar abóboras e beterrabas, carregar farinha para cozer pão, lavar os parques do bois: eu estava lá dentro dos parques com o pau a enxotá-los para não saírem enquanto a máquina limpava o esterco.

     Nas melhores noites no campo, andava no trator à noite, trabalhava à noite, por exemplo: “esparrar”, porque está fresco. Ou ia brincar com os primos às apanhadas e passear até S. Martinho; à noite ia à feira de S. Bernardo.

    Ser agricultor é ter uma vida ocupada e bonita, temos muito espaço para brincar e ganhamos muito dinheiro, o ar é mais puro, temos  muitas tarefas para fazer e nunca paramos, só à noite, às vezes às 9 h 30 ou 10h 45.

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Memórias do 4º Ano

luta de almofadasPhoto by Allen Taylor on Unsplash

      Os Amigos, no primeiro Ciclo, eram, entre outros, o Zé, o Santiago R, o Martim e o outro Santiago…

       Brincavam comigo, ajudavam-me em algumas coisas, eram pessoas em quem eu podia confiar. A Professora era querida, e, às vezes, punha vídeos no Youtube.

         Das Visitas de Estudo gostei muito e foram muito giras.

        As minhas disciplinas preferidas eram Ginástica e Matemática. No recreio gostava de brincar à apanhada, às escondidas e a jogar futebol.

       Já fui  visitar a Professora Anabela com dois amigos: o Zé duvidou muito que já estivemos sentados naquelas carteiras tão pequenas!

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Memórias no 1º Ciclo: A Professora

By Amangpintor – Own work, CC BY-SA 4.0, Wikimedia Commons

     Se eu traçasse um mapa da minha Vida, um dos pontos mais importantes seria a minha Professora da Primária. Chamava-se Patrícia Batista Coelho, mas eu e os meus colegas tratávamo-la por “Tixa”.

     Lembro-me perfeitamente que, no 3º ano, a Tixa dava-nos mais tempo de intervalo e trazia umas cordas para nós brincarmos e a Tixa também saltava à corda!

     Tenho tantas memórias dela… se eu dissesse tudo, só saíamos daqui amanhã.

     Lembro-me quando a Tixa me deixava apresentar trabalhos de História, como, por exemplo, o trabalho que fiz sobre a “Jugoslávia”.

      Às vezes, quando eu chegava a casa, a Tixa dizia à minha Mãe que eu sabia mais coisas de História do que ela, porque era uma matéria de que eu gostava muito.

    A melhor memória de todas foi quando fizemos uma festa ao Johnson – que era o nosso esqueleto da sala. Foi o melhor dia da minha Vida!

     Eu estou com muitas Saudades dela!

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Por Uma Ecologia das Emoções

ecologia das emoçõesGentileza de Edicare.com

     Para Bento Espinosa, também conhecido por “O Filósofo da Alegria”,  uma única energia vital repassava todos os estratos da realidade: o ímpeto para ser mais.

     Ao nível humano, esse dinamismo vivo vinha  já a expressar-se como o ato primitivo e fundador da vontade, a que ele chamou “o desejo de persisitir no ser”.

     Este fluir constante, que nos equilibra no viver, poderia precipitar o futuro; bastaria que a nossa imaginação inteligente fosse gizando o chamariz dos projetos que suscitam um mundo novo.

     Teríamos assim uma energia básica, comum a todo o Universo, que seria o sentido escondido da corrente do tempo: só ela permite um desenvolvimento sustentável, não se esgota, é vivificante para quem a utiliza, enfim, é Ecológica por excelência.

     O livro de Ecologia Emocional para Crianças  – Energias e Relações para Crescer de Mercé Conangla e Jaume Soler – é dedicado às  várias modalidades de energia que influenciam o destino do Mundo.

    São comparadas as energias físicas, que surgem no interior do Planeta com as energias emocionais que brotam no coração do ser Humano.

     Algumas, poluentes para a vida natural e facilmente esgotáveis,  desequilibram os ecossistemas de animais e plantas e tornam  insustentável o desenvolvimento dos povos.

    A elas  correspondem, no habitat do convívio humano, o Medo e a Raiva: se não podemos evitá-las no seu arranque espontâneo, podemos aprender a canalizá-las e a transformá-las.

    Outras são superabundantes, amigas do ambiente, inesgotáveis  e limpas. Como a energia do Sol – que oferece 4 mil vezes mais energia anual do que precisamos.

       A elas correspondem o Amor e a Alegria, poderosas emoções criativas, que se renovam continuamente, voltam para o futuro a mente luminosa, e abrem à confiança o acolhimento dos outros.

     Com suas atividades imaginativas, pontuadas de questões para pensar, este livro pode encorajar os atuais Projetos nascentes dos nossos Alunos, que, desde já, promovem a Vida e contagiam a Paz.

Com o 2º Ciclo – Partilha de Inspirações  – OE

“EstuDar” – “Uma Hipótese de Felicidade”

equipa do estuDarImagem: Gentileza de estuDar.eu

     Falamos de uma Associação Juvenil; de Alunos do CADseus Amigos; de uma inspiração poderosa; de forças transidas de Futuro que conspiram para a invenção de um Outro Mundo: ele nasce já, meio escondido, por entre o tumulto vão do que apenas gira sobre si mesmo.

    Eis aqui, tão perto, entre nós, no próprio CAD, um Projeto de Solidariedade fundado por Jovens Amigos.

    O que parecia ser uma miragem para “super-heróis”, aos olhos do jovem Pedro, afinal Co-Fundador, revelou-se-lhe, de repente, como  realidade incontornável, num ímpeto de nascente. 

     O surpreendente convite da amiga Marta, que lhe interrompeu uma fase de cansaço no final do 10º ano, foi para ele o momento de uma inspiração transformadora.

    A Marta, desde pequenina, tinha identificado o seu material escolar, pela energia combinada das cores e das formas, com um kit de arte e invenção.

   Foi pelo confronto brutal com a destruição dos ciclones em Moçambique que a Marta chegou a conceber o potencial transformador da Beleza contido na humilde simplicidade do material escolar. 

     Tinha nascido o “EstuDar”, Projeto tão generoso quanto ousado, que é a própria marca de fogo da Juventude.

     Em 31 dias de propaganda e recolha esforçada, a primeira Campanha angariou 4891 unidades de material que foram entregues à Helpo  – conhecida pela sua lealdade – com destino a Moçambique.

gráfico das recolhasImagem: Gentileza de estuDar.eu

      Aqui fica o convite a apostarmos também nesta “Hipótese de Felicidade” – como diz a Marta – que é afinal a própria “Vida”, na sua verdade mais pura, quando facilitamos aos Outros o acesso à “Cor” e à “Alegria”.

      Participações, Donativos, Contactos, por aqui.

Com a Marta e o Pedro – OE

Um Sonho Realizado

     motocross

     Mohamed Assan pxhere Public Domain

     Era uma vez um menino que se chamava Lourenço. Ele gostava muito dos seus Pais. Era um aluno bem disposto que fazia paródias com os amigos e estava atento nas aulas.

     Ele sonhava ter uma mota elétrica, mas não tinha dinheiro para pagar. Então, pediu ao Pai se podia abrir uma banca para vender fruta e conseguir fazer o seu dinheiro.

     Dois anos depois, sempre a vender fruta, conseguiu! No mesmo dia, fechou a loja e foi logo comprar. Foi à Fnac e comprou o último modelo: uma Yamaha laranja e azul com potência de 1400 cm3 de cilindrada e bateria para 2000 km.

     Queria ter comprado um capacete, mas já não tinha dinheiro para ele; ainda teve de juntar mais 600 euros.

      Na primeira volta, nem se conseguia pôr em cima da mota. Lá conseguiu voltar para casa e deixou-a na garagem, a carregar.

      O Pai, que tinha uma acelera de 300 cm3 de cilindrada, ensinou o Lourenço a andar, a fazer razias, a dar éguas, cavalinhos e outros truques. A mota tinha direção assistida, por isso não era preciso inclinar o corpo nas curvas.

      E ele escreveu a agradecer: 

obrigadaagradecimentoLM6B 

(Em parte Ditado)

Para Dirigir o Nosso Barco

barco entre nuvensPixabay License Imagem de Johannes Plenio por Pixabay

 “Para que uma coisa seja verdadeira é preciso que, além de ser verdadeira, entre na nossa vida.” 

Christian Bobin

    A Arte de conduzir um pequeno veleiro pode exigir a longa paciência de uma aprendizagem capaz de chegar a fazer corpo com a vida.

    Foi assim para Laura Dekker, a jovem navegadora que aprendeu com seu pai a velejar sozinha e a sentir-se em casa no mar alto, desde os onze anos.

    Tão entranhadamente incorporou as competências práticas de liderar a bordo como se confiou à paixão pela vida no Mar, acabando por tornar-se a pessoa mais jovem a dar a volta ao Mundo, sozinha, no seu pequeno veleiro.

     Assim, na aprendizagem da vida, há-de haver “um pai” que nos transmita o amor de um sonho exigente e o saber prático que o  torne realizável.

     Como colabora a nossa Escola na transmissão deste “saber viver”  – que vai muito para além de um saber técnico, embora também o integre?

     Como chega a voz dos Alunos mais velhos –  na sua experiência incipiente mas lúcida – à expectativa sonhadora dos mais novos?

     A Comunidade viva – que forma a Escola – como inspira os mais jovens a reconhecer no seu íntimo os traços do ideal que hão-de configurar o seu destino?

     Viver… Arte de Navegar.

Visita a 6B e 6C – Partilha de Inspirações – OE

Albert Casals: a Partilha Incondicional

     Albert assiando livro

     Wikimedia.org Atribution: Creative Commons 4.0 Share Alike

     “Cuando tú eres nómada, lo que más sentido tiene para sobrevivir es compartir incondicionalmente”.

in “El Periodico

     Albert procura o que dá um sentido crescente à sua vida, o que lhe traz profunda realização enquanto jovem, o que imprime um impulso sempre novo à sua liberdade.

     Hoje com 28 anos, iniciou, desde os 14, uma Viagem de aventuras que nunca mais teve fim. Com a sua cadeira de rodas, uma pequena tenda e uma máquina de fotografar, Albert percorreu já mais de 30 mil quilómetros, um pouco por todos os continentes.

     Em consequência de uma doença grave, perdeu o uso das suas pernas a partir dos cinco anos. Contudo, nunca considerou a sua deficiência como um obstáculo; substituiu a ausência de alguns movimentos pela perícia no uso dos braços e do tronco, tornando-se exímio em trepar, saltar, rastejar e movimentar-se rapidamente sobre as suas duas rodas em qualquer caminho.  

    Depois de terminar os estudos de Liceu, tem-se dedicado ao estudo da Filosofia, que vai entremeando com as suas inadiáveis Viagens. Mais do que um interregno, uma pausa entre deveres, elas tornaram-se o seu verdadeiro e mais genuíno modo de viver, que a própria Filosofia ajuda a interpretar e certamente inspira. 

   Escritor de 3 livros, em diferentes etapas da sua maturação, Alberto partilha, nos seus relatos, a imensa riqueza de diálogos numa colorida variedade de culturas com que se cruza e cujos traços singulares sabe acolher e partilhar; encontros múltiplos, que transbordam de humanidade, pois a forma desamparada e franca com que ele se confia à bondade dos desconhecidos nunca o deixou desiludido.

     “Nueve de cada diez veces no aprendo de una cultura como tal, sino de una persona en particular que ya ha pensado por sí misma y ha encontrado sus propias soluciones a los dilemas de la vida: son esas personas, por encima de todo, lo que justifica viajar.”

in El Periodico

     Autónomo, andarilho apaixonado pela Natureza solitária, não receia montar a sua tenda leve nas areias de praias desertas ou em recantos de parques sossegados.

    Em comunhão com o silêncio do Universo, também se sente acolhido no abrigo natural que a paisagem mais singela oferece ao peregrino, quando a generosidade dos homens não se adiantou ao anoitecer.

   Os lucros da venda dos seus livros são distribuídos por ONGs da sua confiança, pois não só viaja sem dinheiro, como, de cada vez que regressa à Catalunha, sobrevive em Comunidade onde todos os bens são postos em comum.

     “Para mí el amor no tiene nada que ver con poseer algo, tiene que ver con apreciar la belleza de un proceso de transformación”

 in “El Periodico

Visita ao 6ºA e 6ºC – Apresentação de Viagens – OE

Entrevista de 2016 em Castelhano

Enquanto Nado, Penso no Futuro

   quando nado penso no futuro

   Imagem de David Mark por Pixabay 

     Em EV participei num Projeto de um Animal: Era um gato – como a gata Ticha,  preta. Tem de se pôr a cabeça do animal ligada com o nosso corpo. Eu pus-me numa pose de Judo, embora eu não goste muito de Judo.

     Gosto muito de Natação, porque nos tornamos mais rápidos e porque gosto de mudar de elemento. 

       Estava a fazer uma prova de costas, cheguei em primeiro lugar, mas não sei se toquei numa corda;  alguns começaram a fazer “Buuu” e o Professor disse que ia reiniciar a contagem do tempo.

       Enquanto nado, penso no Futuro.

     Espero que no Futuro haja uns carros e umas motas menos poluentes, ou que andem sozinhos, sem o condutor.

    Espero que não haja guerras. A Paz é um processo difícil: obriga a que as pessoas não morram, a que os animais não se extingam. 

     A minha Bisavó e o meu Bisavô morreram, mas a Páscoa, que é quando Jesus morreu – significa que eles estão lá no Céu. Creio que nos acompanham e inspiram.

     Eu acho maravilhoso as plantas, as nuvens e o Sol…

Conversas na Oficina – DR5C

A Fada da Agricultura

colheita de maçãsImagem de lumix2004 por Pixabay 

     Um rapaz chamado Tomás, todo alegre, chegou a casa e foi para a cama. Imaginou uma fada: muito pequenina, com asas giras e velozes, com uma saia vermelha. Ela cantava e o Tomás ouviu-a pela primeira vez: 

     – Olá, Rapazinho! Chamo-me Susana e sou a Fada da Agricultura.

     Tomás deu um salto na cama. Nem queria acreditar!

      – Olá, Fada! Por que é que não te consigo ver? Porquê?

    – Porque sou discreta. De todos os seres vivos, só me veem aqueles em quem posso confiar. É que só falo com os Agricultores. É por isso que falo muito com a Família Siopa.

      O Tomás perguntou-lhe:

     – Qual é a tua Missão na Agricultura?

     A Fada respondeu:

    – É tratar do gado, lavrar as terras, trazer a farinha e espalhar as sementes. Tomás, espantado, disse que, com a Susana, ia continuar a “Tradição Siopa”, pois essa era a sua Missão.

   E acabou a praga preta e branca, a poluição desapareceu e o agricultor enriqueceu. 

TS5D

Memórias e Projetos

horta na escola

     Imagem de congerdesign por Pixabay 

       Os meus projetos de Férias são ir dormir em casa de um Amigo;  estar uma semana com o meu Pai num hotel de 5 estrelas no Algarve. E ficar em casa dos meus avós a ajudar na Agricultura.  

     Os melhores momentos do 5º ano foram quando fiz novos amigos; só tive duas negativas e tirei só 4 e 3. Gostei muito do passeio ao Zoo e de ter esta explicação ás quartas. 

       Gostava de protestar para que haja brinquedos em bom estado nas rifas da Festa da Comunidade. E às vezes perdemos bocados da aula por causa de alguns alunos. 

      Um contributo para inovar a Escola seria fazermos uma quinta pequenina. Aí podíamos ter atividades agrícolas de manhã e, à tarde, havia aulas.  Plantávamos uma horta, com tomateiros, batatas e batatas doces, limoeiros, laranjeiras, vinha, feijão branco e preto, salsa, coentros e marmeleiros.

      Como votos de férias, desejo aos Amigos que viajem sem trabalhos de férias;  aos Habitantes do planeta que não trabalhem durante o verão; às Famílias, que descansem em paz sem os filhos a arreliar.

TS5D

O Jovem que Ouvia uma Fada

     escutando as fadas

     Image parLarisa Koshkina de Pixabay 

     Era uma vez uma Fada que tinha a missão de proteger os rapazes que andavam no liceu: ajudar nos tpc, a preparar os testes…

     Era loira, com caracóis, tinha os olhos verdes, usava um vestido até aos joelhos, de cor rosa; a sua varinha era um pauzinho com uma estrela pequenina…

     Ela fez amizade com um adolescente de 13 anos, chamado João; ele tinha o cabelo castanho, o tom de pele claro e os olhos castanhos; era magro, pouco musculado e usava óculos.

    Ele gostava imenso de jogar futebol com os amigos.

     Um dia, o João estava com muitas dificuldades a estudar para o teste de Ciências, porque ele ficava, nas aulas, muito distraído  com o som dos pássaros e então não aprendia nada.

    Quando chegou a casa, da escola, a Mãe perguntou como tinha corrido o dia.

– Correu muito mal – queixou-se ele. – Porque não consigo resistir ao canto dos pássaros, eles cantam maravilhosamente e depois acabo por não ouvir os professores.

     Nessa noite, o João estava no seu quarto a estudar, quando começou a escutar um canto irresistível: era como se estivesse a ouvir o céu cheio de estrelas a cantar.

     Levantou-se, vestiu o casaco e as galochas e saiu para o jardim; quanto mais perto estava, melhor ouvia. E começou a escutar uma voz muito fininha que era de uma menina.

     Pôs-se debaixo de uma árvore, na ponta dos pés, para ver, mas não via nada. Entretanto ouviu uma gargalhada suave, e, de repente, ficou sem dúvidas a Ciências.

     Sentiu-se mais aliviado para o teste e teve a certeza que essa sabedoria e esse alívio vinham da voz que estava a escutar.

     – Olá, quem está aí?  – Perguntou o João à Fada.

   – Olá João, já não tens dúvidas?  – respondeu a Fada com ironia.

     – Não, é extraordinário, já não tenho. Mas quem és tu que eu oiço e não vejo? E como é que me encheste com tanta sabedoria? – perguntou novamente o João.

    – Eu sou a tua Fada. Ajudo os rapazes que têm problemas na Escola.

     E ele, espantado:

    – Por que é que eu não te vejo?

  – Tu não me vês porque tu só “abriste mais o ouvido”, graças à tua atitude que te torna capaz de encontrar o desconhecido. – respondeu a Fada com alegria.

     – Queres ser minha Amiga?  – Perguntou o João com grande desejo.

     Sim! – respondeu a Fada, super alegre.

      Um mês depois, o João e a Fada eram os dois melhores amigos.

      Para a Fada, o João tornou-se o amigo mais especial, que ela nunca tinha tido, e passaram sempre a ajudar-se um ao outro.

CA7A

   

Carta do Responsável da Floresta

florexta encantada

Pxhere Atribuição: CC by 2.0

Responsável pela Floresta, 28 de Agosto de 2086

     Olá, graciosamente, Reino Misterioso,

      Peço desculpa por tudo o que fiz. Neste momento a Floresta está Maravilhosa:

  •      Já tem muitas pessoas a fazerem piqueniques;
  •      Muita gente vem ver os animais;
  •      Agora existe um pequeno comboio que leva as pessoas a atravessar a Floresta toda;
  •          A Floresta cresceu, multiplicaram-se as flores, os arbustos estão cheios de flores.
  •          Curei as feridas dos animais com o suco da melhor flor do jardim: a tulipa.

    Adeus.

    Responsável pela Floresta 

    P.S. Está tudo limpinho.

CG6B

Realidade Virtual e Realidade Real

realidade virtualImage parHarri Vick de Pixabay 

     Qual a diferença entre estas duas circunstâncias: Realidade virtual e realidade real? Para mim, a liberdade na realidade virtual é magnífica, porque, por exemplo, nos jogos, posso partir carros ao meio e na vida real, não.

      Por exemplo, no GTA V, têm lojas de armas como se fossem um supermercado! Quando se vai à frente de um polícia, ele fica logo desesperado e ganha-se. Mas na vida real, se vamos à frente de um polícia, ele não faz nada.

     Quando  estou a fazer vídeos para o grande YouTube, sinto-me bem, mas quando alguém vê os vídeos ao pé de mim, fico envergonhado.

      Às vezes tento ter ideias, mas não consigo pensar, porque, por exemplo, tenho que estudar, fazer tpc, e, com tantas tarefas, a inspiração, num estalo de dedos, vai-se embora.

     Assim, no mundo real, os momentos de liberdade são muito mais difíceis de segurar.

LJ6A

Carta à Menina das Estrelas

Image by factory_d from Pixabay    PixBay Atribuição CC0Image by factory_d from Pixabay 

 Planeta Terra, 17 de Dezembro de 2072

     Querida Amiga,

     Estou cheia de saudades tuas! Adorei as pulseiras e o colar feitos de pedrinhas de Estrela que me mandaste. Estou a planear uma visita a tua casa, caso não te importes. Já inventaram carros voadores que conseguem levar-me até aí.

     Cada vez que penso em ver-te, sinto-me cada vez mais feliz, só de pensar que vou conhecer os teus Pais, as tuas Amigas e o teu melhor Amigo, de quem disseste que gostavas muito.

    É que é um mistério tão bonito, a nossa amizade: como há um bilião ou mais de pessoas humanas e isto aconteceu logo comigo! Dá-me tanta alegria!

     Eu sei que todas as pessoas são especiais: tu, eu, a nossa família, todos os outros… E, por pessoas, eu não quero incluir só os humanos, mas também os extraterrestres, os alienígenas, até os anjos e muitos mais.

     Porque a palavra “Pessoa” significa muito mais do que apenas humanos, significa toda diversidade de seres vivos livres e inteligentes, capazes de amar.

     Por isso é que adoro a nossa amizade.

     Beijinhos e Adeus.

     A tua Amiga Humana,

L.

     P.S. Quando aí for, vou-te levar chocolates. Tu vais adorar.

LM6A

Detalhes que Salvam o Planeta

pulseiras ecológicasImagem de Oficina de Escrita

    O Objetivo do nosso Trabalho

CCv O nosso trabalho é para apresentar na disciplina de Tic com Ciências. Vamos vender pulseiras a preços baixos e temos uma placa de cartão com fotos chocantes sobre os efeitos do aquecimento global e da poluição, para consciencializar as pessoas de que podem ajudar a salvar o  planeta.

Talvez tenhamos  uma caixa com papéis onde escrevemos mensagens tais como: “hoje vou apanhar 10 pedaços de lixo que encontro no chão”, “hoje não vou usar o telemóvel durante meia-hora”; “hoje vou reciclar todos os plásticos que vir.”

Maria – É melhor transmitir a mensagem oralmente, ao vender cada pulseira, para não gastarmos papel.

Queremos levar as pessoas a salvar o planeta através de pulseiras que simbolizam mensagens ecológicas.

missangas para as pulseirasImagem: Oficina de Escrita

Vender Quando e Onde?

B (convidada) – Vamos vender no Colégio durante os recreios, uma banquinha no recreio. Se sobrarem podemos vender no paredão.

Esta Estratégia será Eficiente? 

MS – As pessoas se estiverem a andar por aí, vão apanhar peças de lixo ou de reciclagem.  As pessoas vão se lembrar, ao ver o lixo, da mensagem que lhes foi transmitida ao comprarem a pulseira.

caixa de recursosImagem: Oficina de Escrita

Como fixar os Preços?

CCv– As pulseiras podem ser vendidas por preços baixos para recompor a nossa poupança; temos dívida para com as Mães; eu usei dinheiro que os avós dão por termos gasto imenso dinheiro a comprar estes materiais.

Imagens que Interpelam

MS – Vamos buscar imagens à net, imprimimos e colamos num cartaz preto; como por exemplo, um urso polar muito magro, imagens do lixo no oceano, um pássaro cheio de petróleo, crianças na lixeira de plástico…

E escrevemos uma frase a dizer:

Tu podes ajudar a salvar o planeta”

fios para as pulseirasImagem de: Oficina de Escrita

Distribuição de Contributos

CCv – Eu comprei fechos, argolinhas para colocar nos fechos e também as medalhas e fios. O fio mais fininho, de nylon, é o melhor. Aproveitei as missangas que já tinha em casa e peças de colares já partidos. 

B (Convidada) – O meu contributo foram todos estes saquinhos de missangas. Os melhores fios são os de elástico ou os de nylon.

Escolho as missangas pela cor e pelo tamanho.

Maria – Combinamos as cores aproximando as missangas para ver se as cores ficam bem juntas.

CCv e B – Nós também combinamos imaginando as combinações de cores, testando mentalmente se ficam bem.

Projetos de Futuras Estudantes

MS e CCv – No Futuro, queremos mostrar às pessoas o que realmente está a acontecer. Há pessoas que não ligam, não sabem o quão grave é.

MS – Pensam que estão a fazer uma diferença enorme, só porque estão a reciclar, mas não é caso para vangloriar-se disso. Por exemplo, no refeitório não compensa: pôr os sacos de reciclagem em todo o lado da Escola, torna-se inútil, mas em casa das pessoas é que é necessário.

No pingo doce dão uns sacos que eu uso para o almoço aqui no colégio, reutilizo tudo o que posso em plástico.

Uma amiga minha do Algarve esteve numa campanha cheia de cartazes a dizer “Salvem o Planeta” para consciencializar as pessoas para o aquecimento global.

Podemos comprar camisolas no Chinês e depois pintá-las e decorá-las: assim temos roupa original e não gastamos muito dinheiro.

Conversas na Oficina – CCv8B, MS8B e B8C – Convidada

Segredos Vegetais

     orquídea drácula vampira

   Imagem de Andreas Kay Flickr.com Atribution CCNC SA 2.0

Porque é que as folhas são de cor verde?

       Tinham a oportunidade de serem pretas, porque o preto absorve mais luz. Mas uma teoria diz que antigamente, durante a evolução das plantas, havia uma espécie de alga que era preta e com a luz que deixou passar, por baixo dela cresceu uma alga verde.

     A alga preta foi extinta, só sobrou a alga verde e a alga verde evoluiu para plantas terrestres.

      Existe um tipo de flor que nasce em pedra, em troncos de árvores: ela rouba os nutrientes.

       A semente parece um cacho, parece uma castanha. Ela engana fungos e outras plantas: como é uma semente, os fungos dão-lhe nutrientes e ela suga todos os nutrientes possíveis; nasce em sítios mais pobres, porque não tem tanto trabalho para estabilizar.

     Hoje em dia, essa espécie de flor – há várias – está quase extinta; é muito bonita. Há pessoas que queimam florestas para terem a certeza de que não sobra nenhuma e vão vendê-las no mercado negro. Existe uma espécie que se chama “Orquídea Dracula Vampire” e está a ser cultivada pelos Americanos.

Conversas na Oficina –  HZ5D