Escrita Livre no Jardim Usera – MC6C
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Nós entregamos de mão beijada, para pessoas, para coisas, para situações que não merecem um segundo do nosso Tempo.
Eu vou ver mesmo este filme? É a sério que eu vou ver sete temporadas desta série? Esta série vai-me tornar alguém melhor? Ou esta série vai-me incentivar a trair os meus Amigos, a trair a minha Namorada? A ser uma pessoa de menos caráter?
Então é a sério que eu vou – imagina uma série que tem cinquenta minutos; há séries em que cada temporada tem catorze episódios; e há séries em que há oito temporadas de catorze episódios. Faz a conta: Tu perdeste uns três meses. Sem dormir. Tu simplesmente riscaste do teu calendário três meses. Literalmente, tu fizeste: ” – Eu não quero ter vivido Agosto, Setembro nem Outubro. Arranca da minha vida esses meses.” E depois, quando chega o final, tu dizes: “Ah, eu queria ter mais uma semana!” Mas tu tiveste! Só que rasgaste esse tempo, que hoje, é o minuto zero na nova vida!
O Tempo não dá para escolher de trás para a frente!
Não dá para escolher viver o minuto zero. No minuto final, não há como. Quando chegar o minuto final, já era; acabou o fazer só mais um bocadinho de tempo, é impossível. Quando o ponteiro aponta ali, acabou. Não dá mais “vou voltar”.
Esse tem que ser o nosso foco diário. Nós temos que abrir o olho, essa tem que ser a primeira pergunta do dia: “Onde vou investir o meu tempo?”
Escrita Livre – MD6D
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I
O Tempo só anda para a frente, o relógio só anda para a frente: o tempo que passou, ficou para trás. Por isso nós não podemos perder tempo e temos que usar esse tempo com criatividade.
O Tempo não volta nunca mais. Em que vamos nós investir a moeda mais preciosa do mundo?
Muita gente, neste exato momento, pagaria biliões e talvez triliões de euros, para ter um segundo a mais e… queres saber? Toda a gente aqui não tem apenas um segundo: nós temos anos pela frente.
A vida é uma só e o Tempo não volta.
O Tempo é muito valioso, e sabes porquê? Imagina o homem mais rico do mundo, já com cancro, em estado terminal. Quanto dinheiro achas que ele pagaria para ter mais cinco anos de vida?
Todo o dinheiro do mundo. Mas tu queres saber: todo o dinheiro do mundo não compra um dia sequer a mais; porque nós nem vendemos, nós damos o nosso Tempo.
Escrita Livre – MD6D
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A Família protege e ajuda os Filhos e transmite-lhes valores.
A Família tem uma função de psicólogo: ajuda a resolver problemas, apoia a expressar sentimentos, injeta confiança, leva a ultrapassar os medos.
Os Pais servem os filhos; nenhuma barreira consegue furar o amor dos Filhos e dos Pais.
Os Filhos ajudam os Pais a pôr a mesa. Quando a Mãe está muito cansada, também a ajudo no trabalho de casa para ela não se cansar.
Os Filhos abrem o horizonte de vida dos Pais. Os Filhos transmitem amor, gratidão, admiração, confiança e alegria aos Pais.
A Família é um ambiente de interagir e de colaboração. Em Família aprende-se a viver momentos difíceis que nos interrompem e atrapalham.
Os Filhos são os pequenos mestres que levam os pais a refletir e a auxiliá-los nos seus problemas na vida.
MC6A
E se ficássemos só os dois no mundo, tinhas medo?
Noite Estrelada, Jimmy Liao
Não tinha medo; contigo, não haveria solidão, não seria difícil dar sentido ao existir; pelo contrário, para nós, ele seria como um mistério atraente.
O que faríamos num planeta tão grande? Oh, ele ter-se-ia tornado pequeno, pois teríamos voltado a viver no campo, outra vez. O nosso lar seria a pequena casa dos avós, com o seu jardim iluminado pelas flores, a horta para plantarmos e colhermos a delícia dos vegetais. Os nossos aparelhos domésticos deixariam de funcionar, os nossos veículos sem combustível poderiam abrigar os coelhos do bosque.
Contigo, celebraria os Amigos e as Famílias ausentes, não nos pareceria terrível que todos tivessem desaparecido do nosso presente, porque eles continuariam vivos na nossa celebração aberta sobre um Futuro absoluto.
Só os Dois” é uma fórmula pacificadora para o mundo tumultuoso em que vivemos. Não somos poucos demais, porque nós os dois permanecemos expectantes em relação ao infinito.
Há uma abertura no diálogo entre Amigos que o torna inesgotável. Entre os dois podemos fazer isso mesmo: criar, desenvolver uma conversa que nunca terá fim.
Partilha de Inspirações – OE e 5ºA
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Bem. Cá estou eu mais uma vez. E pelos vistos acho que vou-vos escrever algo.
Bem. Desta vez é um pouco diferente; sim, diferente, talvez não seja alguma coisa muito boa, muito menos entusiasmante.
Eu gosto de escrever, para mim não é algo de novo, mas alguma coisa que sempre gostarei de fazer; é como dar vida às palavras, mexer com as frases, talvez até seja uma arte.
Como é bom escrever!
É como contar e articular a nossa mensagem.
Para mim, que vos estou a escrever agora, não é preciso ter estrutura, não é preciso arquitetar as palavras, mas sim voar.
Voar nas poesias do horizonte, nas fantasias do mais além, nos contos de ontem, nas aventuras, nos mistérios longínquos.
Voar, sim, voar.
Uma coisa que é livre e não teórica. Eu gosto tanto, mas tanto, de escrever!
É como… ter um divertimento novo, algo para brincar, divertir, criar!
Agora não tenho muito tempo para comunicar, mas hei-de voltar. A qualquer dia, a qualquer hora, a qualquer momento.
Como viram é tão simples escrever! Comunicar. Libertem-se nas asas da Literatura, nos caminhos da escrita, nos mapas do amor.
16 de Outubro de 1986
Pedro João Mesquita – nº20 – 6ºB
Em 2021, nosso Professor de Educação Visual e Pai de uma Aluna no 6ºB.
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Quando eu era pequena, eu dizia que a minha cor favorita era roxo, porque era a mistura de preto e rosa, uma mistura super estranha! Na fase dos ganchinhos, eu gostava mais de rosa; na fase mais gótica, gostava mais de preto e o roxo é a mistura dos dois: então, era o roxo, o meio termo.
A minha mãe, quando eu era pequenina, deu-me uma saia violeta cheia de folhos, linda; uma vez, eu tive um sonho com essa saia, na salinha da pré-escolar, no tapete dos pequeninos que parece água, ao pé do poste, que tem uma almofada para os pequeninos não baterem com a cabeça.
Eu acho que só me lembro de certos sonhos ou de parte deles, quando eu começo ou continuo a sonhar, quando já estou meio consciente e o meu corpo já quer acordar, mas eu, como sou curiosa, faço aquela tentativa de apanhar o desfecho do sonho.
Mas quem é que não quer ficar a dormir para acabar o sonho ou até um pesadelo, se gostares de filmes de terror?
Eu tento ter um mecanismo de não ter sonhos interessantes nos dias de semana, porque eu fico sempre a meio e nunca consigo terminá-los.
Ninguém quer ter um sonho cheio de ação, em que estás na Floresta a lutar contra vilões ou a galopar num cavalo e, de repente, teres de parar! Ou ter um sonho de uma história romântica, mas não ficas o tempo suficiente para descobrir se as personagens ficam juntas no final.
Se calhar, todos os sonhos que eu tenho nos dias da semana têm o mesmo final, que é alguém a dizer:
– Acordem, já são horas de ir para a escola !
CA6A
Vimos de muito longe, até onde brotam as fontes de Água Viva.
Compomos canções pelo caminho, como quem colhe flores bravas, para oferecer à chegada.
Treinamo-nos para a liberdade futura, tratando-nos, desde já, como livres.
Por isso o vento do nosso deserto arrasta consigo um perfume de maçãs e espalha adiante de nós trinados de rouxinol.
Com MA6A e SS6A – Partilha de Inspirações – OE
Nota prévia da Oficina de Escrita: Esta breve e poética reflexão resultou da junção de dois exercícios de Escrita Criativa, propostos no livro de Margarida Fonseca Santos e inventados de improviso, pelo Autor, em Setembro de 2013.
O nosso inesquecível Aluno, filho de outra inesquecível Aluna, vive atualmente na Irlanda, com a sua Família, tendo feito 18 anos ontem, 18 de Abril.
PARABÉNS DUARTE!
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A Beleza é uma parte da pessoa ou de uma coisa e que define se ela “É” mais ou não.
A Beleza está em tudo de formas diferentes.
Tem inúmeros sentidos, sendo impossível determinar algo profundo, de forma a, talvez, desvendarmos outro algo, que não é a vida real.
Porque a Vida Real somos Nós, não o que os outros dizem.
A Partilha é algo que põe os outros felizes, com a Ajuda, que nos vai marcar para a Vida, e nos dará Alegria, pela qual nós queremos estar lá – na Liberdade da Vida – que permite também a tristeza, quando nos sentimos sozinhos.
Mas a Rebeldia é a Ajuda que nos protege, porque só o Corajoso é Rebelde.
70 Anos CAD – Duarte P – 6ºC – 2013
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Em Viagem…
Somos nós próprios – o sonho antigo, a intuição profunda, os traços de um rosto interior – tecidos com o mesmo fio que a naveta traz e leva na urdidura das Viagens?
Que há em nós tão familiar do que é longínquo que lhe pressente o acenar com insistência, sabendo que nos atrai?
Quem não percorreu as arestas do distante com os dedos adivinhos de um desejo ainda sem nome?
Quem não palmilhou, com o olhar caminhante, a vastidão do céu imóvel, quando o dia cumprido se resume numa linha ardente?
Podemos nomear o rumo que traçamos? Como se torna legível a rota que escolhemos?
Ao nosso lado, o marulhar da vida contra os flancos dos pequenos veleiros dos Amigos…
Rápidos, sulcamos o azul puro: vamos juntos.
A toda a nossa volta, o Infinito.
Visita a 6A e 6C – Partilha de Inspirações – OE
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This Article is the Authorized Translation of the original Free Writing for All by the author, Teacher, Behaviour and Education Specialist Adele Bates. Este Artigo é a Tradução Autorizada do Original Free Writing for All da autora, Professora e Educadora Especialista em Comportamento Adele Bates.
Em mais de uma ocasião tive de justificar o facto de trazer a Escrita Livre para uma aula de Inglês.[1] Tenho tanta convicção, experiência e provas dos inumeráveis benefícios da Escrita Livre em sala de aula, que alterei regras, arquitetei planos de aula e menti abertamente a responsáveis para conseguir manter esta prática na minha sala de aula.
Em tão alta conta a tenho.
O que é a Escrita Livre?
Corrente de consciência. Escrita em fluxo livre. Tempo de pausa. Tempo criativo. Rabiscos. Alunos a escrever muitas palavras. Silêncio. Concentração. Aborrecimento. Aprendizagem inconsciente. Tempo de digestão. Reflexão. Tempo não estruturado. Pensamento no limite. Vazios. Escrever sem restrições de gramática, de precisão, de audiência. Espaço. Sim, espaço.
A organização pode demorar um bocadinho a estabilizar – tanto para os alunos como para os professores. Geralmente, levo cerca de 3 sessões até os alunos entrarem na onda e pararem de colocar questões. Vamos falar de benefícios:
Benefícios que as escolas/ os mentores/os observadores/Terapeutas da Fala [2] gostam de ouvir:
E se…?
Se são apenas um ou dois, a atitude mais eficaz que encontrei foi simplesmente sentar-me ao lado deles para fazer a minha própria Escrita Livre. Não digo uma palavra, nem sequer olho para eles, apenas dou o exemplo sobre o que é preciso fazer. A estranheza desta atitude geralmente fá-los concentrar rapidamente. Se são vários alunos, então, muitas vezes, trata-se de um problema com os lugares atribuídos no plano da sala que devem ser repensados.
Descubra o equivalente que seja adequado às suas necessidades – em geral, você já sabe, ou, se não, o seu departamento de Coordenação da Educação Especial [6] há de saber. Tive alunos a escrever em chromebooks e a usar o teclado. Alguns alunos gostam de saltar uma linha de vez em quando (como podiam e eram encorajados a fazer na Primária), outros preferem papel liso, sem linhas – adapte-se ao que eles preferem.
A melhor prática pedagógica para os alunos de Língua Inglesa Não-Materna é utilizarem a nova língua tanto quanto possível, claro. Contudo, na sua Escrita Livre, isto dá-lhes uma oportunidade para refletir e trabalhar, através da aprendizagem, numa língua em que se sentem peritos. O que também é importante. Tive um aluno de Língua Inglesa Não-Materna, com elevadas qualificações, que teve de mudar para Inglaterra inesperadamente no 10º ano. Pude constatar, que, ao longo de semanas e meses, ele estava a tornar-se cada vez mais desencorajado, por sentir que se tinha tornado um pior aluno na escola – apenas devido à barreira da língua, mais do que devido às suas Habilidades. Uma vez por semana, era libertador, para ele, poder comunicar livremente. Na realidade, os alunos de Língua Inglesa Não-Materna com quem trabalhei, geralmente, fazem uma mistura de línguas em Escrita Livre, provavelmente refletindo de perto o modo como estão a aprender nas nossas escolas.
Para outros, sublinhe que a tarefa consiste apenas em escrever; se não o conseguem fazer, então não estão a cumprir com um trabalho previsto, e os procedimentos normais da Escola sobre o comportamento devem ser aplicados.
Para ir mais longe…
Depois de um longo período de prática de Escrita Livre é possível utilizar a ferramenta para apresentar um tópico. Um exemplo com muito êxito é o de quando perguntei a uma turma de oitavo ano o que sabiam sobre a I Guerra Mundial, para lhes apresentar a nova unidade de poesia. Tivemos um diálogo de turma com algumas respostas muito básicas: cavalos, a primeira vez que se usou o gás como arma, 1914- 1917.
Então, convidei esta turma a fazer 10 minutos de Escrita Livre sobre o tópico. Encorajei-os a manter o tópico em mente, mas, ao mesmo tempo, a continuar a escrever apenas o que lhes surgisse. Por exemplo: “I Guerra Mundial, o que é que eu sei ? Não demos isto no 6º ano, com a Professora Patel? Ah sim, fomos àquele bunker, não foi? Ou isso foi na II Guerra Mundial? Qual é a diferença? Espera aí, não estávamos com os Alemães nessa altura e depois contra eles na II Guerra? A Emma está a escrever imenso – como é que ela sabe tanto? Talvez ela esteja só a escrever sobre o seu cabelo, afinal. Afinal, sim. Que mais? Oh, cantamos aquelas canções – Embrulha os teus problemas no teu velho saco e sorri, sorri, sorri… Isso foi no quarto ano. Não tinha ideia sobre o que era, nessa altura, mas creio que é o género de canção que pode animar as tropas?”
Seguindo a mesma inspiração da teoria por trás de “Pensar, formar um Par, Partilhar”, o facto de dar aos alunos tempo para refletir sobre o tópico trouxe muito mais conhecimento reconhecido para a discussão. Os estudantes tornavam-se mais empenhados à medida que se iam dando conta de quanto já sabiam e de algumas das memórias de fundo sobre o que tinham aprendido antes (especialmente as canções).
Depois, repeti o exercício no final da unidade. Eles puderam comparar as duas Escritas Livres e facilmente constataram o seu próprio progresso.
Os meus Destaques sobre Escrita Livre:
13 de Agosto 2018
[1] – Inglês é a Língua Materna da Autora. Para leitores Portugueses aplica-se o Português.
[2] – SLT – Acrónimo de ”Speech Language Therapeut”; corresponde a Terapia da Fala.
[3] GCSE – Acrónimo de “General Certificate of Secondary Education”. Corresponde aos Exames Nacionais de 11º ano.
[4] SEND – Acrónimo de “Special Educational Needs and Disability”. Corresponde a necessidades educativas especiais.
[5] EAL – Acrónimo de “English as an Additional Language”. Corresponde a Inglês Língua Não Materna.
[6] SENCO – Acrónimo de “ Special Educational Needs Coordinator”. Corresponde a Coordenador de Educação Especial.
[7] MFL Department – Acrónimo de “Modern Foreign Language Department”. Corresponde a Departamento de Línguas Estrangeiras.