70 Anos CAD – A VIDA (2015)

o sonho é a chaveImage par S. Hermann & F. Richter de Pixabay 

O mundo é um sonho que varia,
Varia por entre a multidão sombria e obscura,
Que só na noite se encontra.

Varia no arco-íris colorido e no diamante que cintila,
À espera que alguém os encontre.

Varia a indiferença no presente sentimento de dor
Por toda a parte,
Desprezando a felicidade e permanecendo o tormento.

Varia na bondade que é transmitida
Por aqueles que acreditam na mudança,
Têm um coração alegre,
Contentamento e esperança.

A vida depende do sonho que queremos ter.

A.Clara R. – 14 de Maio 2015  

70 Anos CAD – Finalista do 12º em 2020

70 Anos CAD – Ao PROFESSOR – 3 – (2002)

Ao professor

     Meu Professor:  

     É a minha fonte de estudo, o que eu aprendo, vem tudo de si, meu amigo professor.

    Meu professor, quero que seja justo na escola, comigo e com todos os meus colegas.

    Quero que tenha amizade e também muito amor, por mim e por todos nós.

    Meu professor, quero aprender muita coisa e tornar-me um adulto muito estudioso e inteligente como tu, meu professor.

   Vou escrever textos, composições, poemas e preencher perguntas.

   Meu professor, despeço-me aqui, feliz, sabendo que amanhã estarei a aprender mais coisas de si.

70 ANOS – CAD Rodrigo G –  2002

70-Anos-CAD – “Quando Eu Gosto de Montar a Cavalo”(2013)

     cavalo

   Flickr Saparevo

     Eu gosto muito de montar a cavalo. Montar a cavalo é o meu divertimento, mas o desporto é muito caro e ter um cavalo é uma responsabilidade. Eu monto na Quinta da Marinha, com uma professora chamada Sofia Carvalhaes, que é muito querida; eu gosto muito dela!

     Quando saio da Escola, às segundas, terças e quintas, vou toda contente, porque é nesses dias que vou montar. A Sofia, como tem os filhos cá na Escola, vou com ela às terças e quintas, nas segundas é a Mãe que me leva e também leva o Pedro e a Carlota (os filhos da Sofia).

     A parte mais gira de montar é o galope, mas antes do galope é saltar. Eu gosto muito de saltar com todo o tipo de cavalos e, nos concursos também. Nos concursos fico sempre muito nervosa e, no campo de aquecimento, faço sempre “porcaria”, mas depois, na prova, acaba sempre por correr bem.

     Imagem: Oficina de Escrita
     Para montar, visto a camisa branca, as calças, a casaca que a Carlota me deu, as botas pretas, o toc, o stick e os esporins.

     As aulas também são divertidas: às vezes saltamos e às vezes não. Primeiro andamos a passo, depois trotamos e, finalmente, galopamos.

     Eu também gosto muito dos estágios que a Sofia faz: os mais giros são os de verão, porque vamos para a Marinha às nove da manhã, depois montamos, logo a seguir vamos à praia e depois voltamos a montar. Os meus cavalos preferidos são o PJ e o Grand’Oro, gosto muito deles!

     Quando comecei a montar, tinha 7 anos; comecei também com a Sofia, mas no D.Carlos, fiz dois anos de volteio e depois fartei-me, porque queria passar logo, sem ser a volteio e não passava; então desisti, mas, como já contei, voltei.

     Quando for grande ainda não sei o que quero ser, mas não quero largar os cavalos!

70 Anos CAD – T R de P 5A Dezembro de 2013

70 ANOS CAD – O Concerto dos Queen – (2012)

QueenFlickr. com Evert Kuiken

     Neste dia foi tudo muito giro e barulhento no Concerto dos Queen. Foi um “programa de homens”: só eu e o meu Pai – uma noite de verão na Comporta.

     O meu Pai tem lá uma casa, mas não fomos lá passar o dia; ficamos num motel mais perto do Concerto. Chegámos lá um dia antes; comemos pizza de almoço, fomos ao Supermercado comprar coisinhas boas – uns doces “tipo” bolachas. O jantar foi o resto da Pizza, pois não tinha comido tudo.

     Na hora do Concerto, chegou o meu tio  – que tinha organizado o Concerto – e deu-nos bilhetes de graça. Havia uns papelinhos, lá no Concerto, que eram como se fosse dinheiro: um euro verdadeiro por cada bilhetinho. O meu Pai comprou um bloquinho com cem desses bilhetes.

     Quando o concerto começou, tocou logo as músicas que eu mais conhecia: “We are the Champions“, “We will rock you“. A música estava aos berros e eu fiquei com dores de cabeça, mas mesmo assim, gostei de ouvir.

    Estava uma bela lua cheia, mas os efeitos de luz não eram lá grande coisa. Fomos para trás de tudo, só estávamos ao ar livre, foi tudo muito bonito: olhar as estrelas e a lua naquela escuridão.

     Não era a verdadeira banda, eram espanhóis, mas imitaram bem. O ambiente era leve, mas barulhento, as pessoas que estavam à volta faziam parecer que estavam mais de mil pessoas lá.

     Saímos mais cedo e encontrámos dois senhores à porta, sentados à beira da estrada. O meu Pai deu os nossos bilhetes a eles e voltámos para o Motel, que só tinha cinco quartos.

     Escolhi este momento porque foi um momento em Família, a ouvir uma das minhas bandas preferidas.

70 Anos CAD – Miguel F, nº 20 5C – 2012 Atualmente no 12º Ano

70 Anos CAD – “Nós Somos Agora, Seremos Amanhã” -(2007)

mãos uniãoImagem: Oficina de Escrita 2007

Novos Colegas, Novos Professores…

     Com um pouco de receio, entrei para outra face nova da minha vida.

     Comecei por saber que iria ter novos colegas e novos professores, muitas disciplinas para aprender e algumas para recordar. Tenho pensado muito: tenho de ser menos criança e ter mais um pouco de liberdade.

     Agora tenho um recreio muito maior, onde posso fazer muito mais jogos; não tenho de usar bata, coisa com que fiquei muito contente e nem tenho de comer sopa.

     Mas, por outro lado, também tenho muitas saudades da minha professora Graciette; foi ela que me acompanhou estes quatro anos e teve muita paciência para me aturar no 1º Ciclo.

     Também tenho saudades dos jogos que fazíamos no 4º ano, e do meu grupo completo: a professora dizia que éramos um grupo muito unido.

     Vai ficar para sempre na nossa memória o passeio de finalistas!

     O meu maior desejo para estes dois anos é que haja alegria, felicidade e que todos passem de ano!

     Por último, queria escrever a canção que a professora Graciette nos ensinou no primeiro dia de aulas e que cantámos no último dia:

canção da professora

70 Anos CAD – Filipa R, 5ºB -2007

70 anos CAD – Conhecer a Natureza – (2005)

poenteImage par RÜŞTÜ BOZKUŞ de Pixabay

     A Juventude pode conhecer a Natureza de longe, viver na cidade e olhar pela janela, vendo apenas prédios e, lá ao fundo,  um monte com poucas árvores.

   Ou então, a juventude pode ler livros sobre o mundo que nos rodeia – isso é conhecer a Natureza, mas de uma forma que não é a melhor, pois não estamos em cima dos acontecimentos.

    Uma planta que nasce, uma flor que se abre pela manhã, são uma alegria, porque também são estes pequenos gestos que fizeram, ao longo dos anos, as grandes florestas do mundo.

   Ir ao jardim, e conhecer o nome de cada árvore, de cada flor, e sentir-se em casa ao pé delas, é outra maneira de conhecer a Natureza, uma maneira com mais amor e carinho. 

70 anos CADCatarina, nº6 –  6ºB –  2005

Questão de resposta longa no teste de Abril de 2005

70 Anos CAD – A Vida Real Somos Nós – (2013)

Nota prévia da Oficina de Escrita: Esta breve e poética reflexão resultou da junção de dois exercícios de Escrita Criativa, propostos no livro de Margarida Fonseca Santos e  inventados de improviso, pelo Autor, em Setembro de 2013.

O nosso  inesquecível Aluno, filho de outra inesquecível Aluna, vive atualmente na Irlanda, com a sua Família,  tendo feito 18 anos ontem, 18 de Abril.

PARABÉNS DUARTE!

só o corajoso é rebeldeImage par Oberholster Venita de Pixabay 

    A Beleza é uma parte da pessoa ou de uma  coisa e que define se ela “É” mais ou não.

   A Beleza está em tudo de formas diferentes.

   Tem inúmeros sentidos, sendo impossível determinar algo profundo, de forma a, talvez, desvendarmos outro algo, que não é a vida real.

    Porque a Vida Real somos Nós, não o que os outros dizem.

   A Partilha é algo que põe os outros felizes, com a Ajuda, que nos vai marcar para a Vida, e nos dará Alegria, pela qual nós queremos estar lá – na Liberdade da Vida  –  que permite também a tristeza, quando nos sentimos sozinhos.

   Mas a Rebeldia é a Ajuda que nos protege, porque só o Corajoso é Rebelde.

70 Anos CAD – Duarte P –  6ºC – 2013

70 Anos CAD – Um Futuro com Sentido- (2008)

     tenda na noite estrelada

     Image par Free-Photos de Pixabay 

    A maioria das pessoas está sempre preocupada com o dia de amanhã.

     Especialmente os pais, com os filhos, pois querem o melhor para nós.

     Mas para além daquelas coisas que podemos fazer para virmos a ter um Futuro melhor, como estudar, o resto, muitas vezes, não está nas nossas mãos. 

     O importante é  cada dia ser vivido intensamente, com o coração cheio e, isto sim, dar-nos-á  um sentido para a vida e para o nosso Futuro.

    Agora, quanto ao que eu acho sobre este assunto, o Futuro para mim ainda está um bocadinho longe; há dias em que penso: ” – Vou ser Engenheiro Civil”, outros em que penso: ” – Vou ser Surfista”…. Por isso, vou-me preocupando com as minhas tarefas diárias e com tentar juntar obrigações com divertimentos.  

    No entanto, não posso deixar de pensar que existem coisas que têm de ser mudadas, pois senão, o meu Futuro será “negro”. 

    Os homens têm que rever a sua maneira de estar no Planeta, tanto como na Natureza e como no que respeita às relações com outros seres humanos.

     Só assim o Futuro será melhor para todos!

70 Anos CAD – F R, 6ºC nº102008

70 Anos CAD – Em Defesa de uma Causa -1 – 2012

cão abandonadowallpaperflare.com

     Eu (TM) nunca defendi nenhuma causa, mas ia adorar se pudesse defender uma causa, que seria contra o maltrato de animais. 

     Mas como não posso, publico no facebook aquelas fotos de maltrato de animais que dizem para partilhar a quem está contra isto. 

     Também publico fotos de animais perdidos, para que, se os encontrarem, os darem aos donos, ou quando é para adotar. 

     Se criasse um grupo de amigos seria para defender esta causa: o maltrato dos animais. 

     Juro pela minha vida que a única coisa que não me deixa lutar por esta causa é ser ainda pequeno e ter 10 anos.

     Eu gostava de ter até sugestões viáveis para defender a causa e poder expandir o Grupo, pois, ao ter sugestões viáveis saberia que o Grupo não falharia. 

    Por esta causa, eu arriscaria a vida, porque se fosse crescido e tivesse um grupo de amigos a defender esta causa e encotnrasse um daqueles grupos de lutas de cães, eu e os meus amigos chamávamos a Polícia.

    Entretanto, ajudaríamos a arranjar um lar para os cães, ou então ajudaríamos a devolvê-los, se tivessem roubado os cães,para  não gastar dinheiro, que é o mais provável.

    Mas acredito que se pudesse criar o Grupo, ficava feliz.

70 Anos CAD – TM  nº 32 – 5C – 2012 (Atualmente no 12º Ano)

(5º Ano Direção de Turma da Prof. Paula Xavier)

70 Anos CAD – A Peste do AMOR – 2014

tristeza do amorFlickr.com Patrick Mc Donald

      O que é isto?

     É uma coisa que nos agarra e não nos deixa sair por mais que queiramos.

O que é isto…

 Que sempre que um certa pessoa passa ou fala connosco,

     Faz o nosso coração palpitar com tanta força que parece que vai rebentar.

   O que é isto…

   Que me dá vontade de ficar a dançar com essa pessoa até à madrugada?

O que é isto…

   Que não me quer largar?

     Que vai contagiando cada vez mais e mais pessoas.

     Como pará-lo?

     Simplesmente não dá.

     Acho que faz parte de nós.

   O que é isto… que nos possui?

 

70 Anos CADMM, 7A 2014

No 12º ano em 2020

70 anos CAD – O Futuro Pertence às Crianças – 2012

oficina do tempoOficina do Tempo – Setembro de 2012“Os Miúdos são sempre o único Futuro de que a Humanidade Dispõe”

      As crianças são o único ser vivo gentil, carinhoso, humilde, que tem uma alma limpa, não pensam na maldade, são almas indefesas que, ao longo do tempo vão crescendo e pensando noutras coisas como a justiça, a paixão.
    O Futuro será dominado por nós, as crianças, que em breve se tornarão em adultos, e, quando isso acontecer, vamos continuar a ser purificados pelas crianças, porque elas é que nos transmitem a importância de viver.
70 Anos do CADSF 6B 2012

70 Anos CAD – O Que Vejo da Janela Do Meu Quarto (200)

paisagem pinturaFlickr.com Wonderlaine

     Há algum tempo que vivo aqui e só hoje é que reparei na vista que tinha da minha janela. Não é muita, mas é alguma. De repente, veio-me à cabeça a quantidade de vida que existe neste local.

    À minha frente vejo plantas floridas e abelhas a fazer comércio. Vejo também moscas a fazer corridas de um lado para o outro, a ver quem é a mais rápida.

     À minha esquerda, vejo o limoeiro da vizinha e, finalmente, à minha direita, vejo as minhas tartarugas a apanhar banhos de sol.

    Do céu, os raios de Sol entram pelo meu quintal fora e fazem concurso a ver quem consegue iluminar mais coisas.

    Vejo pardalecos a brincar à apanhada. O meu papagaio passa as tardes a ladrar e a miar, a assobiar, a cantar os parabéns e até a chamar-me.  Os meus periquitos estão sempre a namorar, como duas pessoas e a entrar dentro dos seus ninhos e a cuidarem dos seus ovos.

    Quando o meu cão vai ao quintal e as moscas se põem de volta dele, ele tenta trincá-las.

    Nos dias de Sol, o quinta cheira a harmonia e sente-se que os seres vivos falam uns com os outros.

     Quando anoitece, toda esta magia que está no meu quintal desaparece e fica tudo calmo e silencioso.

    Quando o dia nasce, repete-se tudo. E todos os dias isso acontece.

70 Anos CAD – PA6B – 2000

Publicado in “Boletim Informativo Colégio Amor de Deus” – 2000

70 Anos CAD – O que Vejo da Janela do meu Quarto (2010)

   janela sobre o ponete

     Photo by Tarik Haiga on Unsplash

     Observo, adiante da janela do meu quarto, a beleza do que está lá fora.

     À minha esquerda, observo a piscina do condomínio,  tapada, porque ainda não estamos na época balnear; á volta da piscina, pássaros que não param de piar e as folhas das árvores que não param de cair para dentro da piscina.

    À minha direita observo as flores lindíssimas que a minha Mãe plantou; o ar cheira a um perfume maravilhoso de flores, e as flores têm umas cores muito exóticas.

    Ambos os lados são muito engraçados: distinguem-se mais de dia, mas, de noite, observo-os como se fossem um paraíso.

     De frente, admiro o belíssimo jardim, com flores e algumas árvores. Avançando um pouco mais, encontram-se umas espantosas orquídeas que fazem com que o jardim fique perfeito. 

     Aprecio, um pouco mais longe, uma rua a estender-se, com um passeio muito estreito e umas casas bastante grandes, que se estendem por cerca de cem metros.

    Vejo carros a passar por mim, muito rápidos. À minha esquerda, reparo que existe um largo redondo, grande, com uma estátua no meio e várias pessoas à volta da estátua.

     Um pouco mais à frente existe um restaurante “snack Bar” onde se pode comer e beber vários alimentos;  mesmo ao lado, existe uma papelaria grande, com revistas e jornais expostas à volta; o senhor que está sempre lá a vender é de estatura média, magro e habitualmente com  óculos na ponta do nariz.

     Mais à frente, erguem-se uns pequenso prédios e alguns ainda a ser construídos.

     Ainda mais ao longe, consegue-se distinguir o “Cruzeiro”, o primeiro centro comercial do país, a esta hora fechado; olhando à esquerda, grandes casas, algumas abandonadas; se olharmos para a direita, distingiguimos logo o Hotel Palácio, um edifício imponente e luxuoso.

70 Anos  CAD FC6A nº2 – 2010

70 Anos do CAD – “A Minha Bisavó” – 2007

bisavóImage by Oberholster Venita from Pixabay 

     A minha Bisavó brincava muito comigo, porque gostava muito de mim e eu dela.

     Eu vi-a muitas vezes, só que, quando chegava a casa dela, estava a dormir, porque ia do Porto para casa dela, mas depois eu acordava.

      Uma vez, fiquei muito contente, porque, no Natal, deu-me muitas prendas e até me deu uma moto-quatro.

      Depois, quando ela morreu, fiquei muito triste, e eu, os meus Pais e os meus Irmãos choramos muito.

    Quando ia dormir, estava sempre a sonhar, quer dizer, a pensar nela. Às vezes os sonhos eram bons, estava-me a lembrar das brincadeiras que fazia com a minha Bisavó. 

    A minha Bisavó foi uma amiga muito especial para mim e para a minha Família. 

    Gosto muito de ti, Bisavó.

70 Anos do CAD FV5C 2007

70 Anos CAD – Ao Professor -1 – 2002

   Ao professor

   Image by Gerd Altmann from Pixabay 

     Professor,

    Ensina-me o que sabes, quero ficar esperto, quero ser como tu, quero saber, quero aprender, para ter uma boa profissão, uma que eu goste de fazer.

    Para isso preciso de ti, Professor.

    Diz-me o que eu preciso de comprar, que eu compro; eu só quero é aprender. Se me puseres de castigo, tens que ser justo. 

    Eu gosto de ter um professor, gosto também dos intervalos, mas quando mudo de ano, fico cheio de curiosidde sobre qual o professor que me vai calhar!

   Eu queria um Professor um bocadinho severo e um bocadinho brincalhão.

    Que fosse alto, para todos o verem; que fosse justo para todos os alunos, mesmo que um dos alunos fosse seu filho.

   Bem, agora quero dizer:  – OBRIGADA, Professor!

70 ANOS do CAD – JM5B nº16 – 2002

70 ANOS-CAD – Um Fiel Companheiro- 1992

     Momentos de conforto e paz

     Photo by British Library on Unsplash

     Está a anoitecer. Estou sentada na minha cama e, ao meu lado, uma caneca com chocolate quente. Virando-me para trás, vejo as portas castanhas do meu armário, um poster muito especial e cativante, onde dois elefantes olham o céu estrelado com uma eterna felicidade.

    Entre a minha cama e a do meu irmão, ambas amigas dos nossos sonos, está um tapete branco no chão e uma mesa de cabeceira escura com quatro gavetas. Em cima, um candeeiro que ilumina as minhas leituras, à noite, na cama, um despertador que chama para cumprir os meus deveres e alguns bibelôs.

    Ao meu lado esquerdo está um móvel castanho, com três prateleiras, onde estáo bonecos de peluche que desde há muito me fazem companhia, livros da minha infância que tanto me divertiram, livros de Aventuras onde encontro o mistério e a excitação.

      Ao seu lado, fica uma mesa redonda coberta poruma colcha rosa, em cima desta um rádio que dá um som ótimo, alguns pequenos bonecos de criança a quem me afeiçoei, perfumes com aromas frescos; um palhaço de olhos azuis, nariz vermelho, vestido com um fato-macaco às riscas vermelhas e laranja, com um grande sorriso nos lábios; este recorda-me de todas as gargalhadas e gritos de alegria que dei até hoje e uma bolsa de remendos feita pela minha bisavó.

    Quando os cortinados, brancos e delicados, estão abertos, a luz do sol ilumina o meu quarto com vaidade e os seus raios penetram até ao mais íntimo.

    À noite, em frente de uma imagem de Cristo, que fica por cima da mesa de cabeceira, rezo com confiança e fé.

    No meu quarto vivo momentos de pleno conforto e paz. Seu ambiente é agradável e sereno.

    É nele que leio, ouço música, brinco, durmo e converso sozinha; por vezes interrogo-me, procuro desafios e sinto que sou escutada.

    O meu quarto é um verdadeiro espelho onde a minha personalidade e maneira de viver estão refletidas. Ele combina com aquilo que sou. Eu adaptei-o a mim, para que tudo se torne mais sintonizado.

    O meu quarto é um fiel companheiro. 

70 Anos do CAD – JRP -nº20 – 6ºB – 1992

70 ANOs – CAD – “Um Poder Novo” – 2010

lerPhoto by Nong Vang on Unsplash

      O meu livro preferido são as “Aventuras de Teodora” e gosto muito de o ler, porque é muito entusiasmante e desperta-nos a atenção, o que nos faz ficar agarrados ao livro.

     Eu adoro ler, é uma das minhas atividadesfavoritas. Faz-me aprender, mas não sei explicar porque gosto de ler, só digo que adoro, porque é mesmo.

     Os meus tipos preferidos de livros são os de aventura e mistério. O livro que eu li e de que não gostei nada foi “A Bruxinha Lili e a Cidade Submersa”, pois não me despertou muito a atenção, não era bem o meu género de livro e tinha palavras demasiado fáceis, pouco implícitas e eu gosto muito de explorar livros com palavras difíceis, pois é um desafio para mim.

     O primeiro livro que eu li foi um livro para pequeninos, mas o meu primeiro livro a sério foi no final do primeiro ano, “Geronimo Stilton e o grande Segredo do Conde”.

      Quando eu não sabia ler, antes de ir para a cama, obrigava os meus Pais ou a minha Avó a ler, nem que fosse só uma página. Desde pequenina que aprecio muito lerem para mim e ler também sozinha. Quando comecei a ler, senti um poder novo, um poder de viver aventuras sentada ou deitada, a ver letras a passar.

IB5A – nº18 – 2010