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LR – Vi na netflix um vírus que infetava as pessoas e, se tivessem filhos, eram metade animais, metade seres humanos.
FV – A propósito dos Habitats, isto são conhecimentos que o meu Pai me transmitiu. Como viverias se fosses outra pessoa?
LR – Não sabia quem era a pessoa. Depende das circunstâncias. Seria mais agressiva. Faria o que os rapazes fazem. Não gosto de bolas.
FV – Se eu fosse outra pessoa, teria melhores condições de vida.
LR – Se pudesses ser um animal, qual serias?
FV – Seria um camaleão, se viessem os predadores, eu camuflava-me. Ou seria um pássaro migratório para ver as paisagens de todo o mundo.
LR – Adoro ver aquelas coisas na rua, tipo cartoons, nos grafitis, com muitas cores, um desenho abstrato, mas com muitas cores. Eu desenhava um grafiti, onde escondia uma mensagem, para as pessoas poderem encontrar um tesouro.
FV – Eu fazia um desenho com uma mensagem lá dentro; desenhava o símbolo da Paz e escrevia uma frase:
“Paz no mundo inteiro”
FV – Se fosses um animal, que animal serias?
LR – Uma coruja…mas há muitos animais que gostaria de ser. Posso voar, acordo à noite e durmo de dia, algo de diferente… As pessoas que vêem o mundo de outra forma, são assim; as corujas têm ar de mistério, de sabedoria, têm olhos grandes, parece que são muito sábias.
OE – A coruja é precisamente o animal que simboliza o curso de Filosofia. Ela abre os olhos à noite, isto é, tem a sua reflexão garantida para depois da ação.
LR – Eu fazia Filosofia muito bem. Penso assim quando está muito tranquilo: algo de mal está para a contecer, tens que estar sempre alerta.
FV – O meu Pai tirou um curso “Liberta a tua Mente”. O Pai, nesse curso, ensinou-me coisas que só ele e o professor dele é que sabiam, para ver o mundo de outra forma. Depois fez outro curso em que põe as mãos num ponto dorido do corpo, o calor vai descendo e tira as dores.
LR – É uma Meditação. O meu Pai diz para eu fazer respiração devagar, mas eu não gosto de ficar quieta, gosto de ter ideias. Não consigo fazer o “Bip” muito bem. Isto foi quando eu estava estressada, para a minha idade.
FV – Quando vou para casa dos meus Avós, fico até tarde com eles; tomo um medicamento “metinib” para um problema que tenho: “fibromatose”.
LR – Tenho ascendência indígena. O meu Pai viveu em França.
FV – Eu tenho costelas canadianas, o meu Pai deu-se muito bem com o Inglês.
LR – O meu Pai é bom a Inglês e a Tic.
FV – Ver o mundo de outra forma: o meu Pai ensina coisas boas, às vezes, em casa, faz coisas malucas.
Conversas na Oficina – LR5B e FV5B