De Castigo…

visão em ângulo picado uma menina corre numa clareira junto á floresta onde estão adultosFlickr.com   Atribuição:  Domaine Public  

     Aaaaah! – exclamou a Luz, quando acordou. Saiu da cama, vestiu-se e foi tomar o pequeno-almoço.

     A Mãe aproximou-se dela com uma cara “chateada” e começou a gritar com ela, a dizer que, depois de sair da rua, limpasse os sapatos no tapete da entrada!

      Luz não percebia o que a Mãe estava a tentar dizer, mas depois lembrou-se  e viu as pegadas de lama.

     Ficou muito aflita, pois não sabia como explicar aquilo.

     Mal ia dizer qualquer coisa, a Mãe interrompeu, dizendo que ela ia ficar de castigo.

     A Luz, muito triste e contrariada, foi, sentou-se numa cadeira e ficou a olhar para a parede, a pensar como a sua vida era injusta.

     Ficou imenso tempo no castigo e até tentou fugir. Mas foi logo apanhada.

     Percebeu que não podia sair do castigo, mas perguntava-se o que ia fazer.

     Então, ficou a pensar na vida, a olhar pela janela, até que percebeu que estava a refletir.

     Chamou a Mãe e perguntou se podia explicar-lhe o que era refletir.

     A Mãe, já com um sorriso no rosto, respondeu:

    – Conseguiste!

     Luz não percebeu o que a Mãe lhe havia dito, mas tentou entender. 

     – Conseguiste – continuou a Mãe – Passaste no meu teste. A razão por estares de castigo, não foi só por teres sujado o tapete, também foi para refletires sobre os teus erros e pensares o que tinhas de mudar. 

     – Então isso é que é refletir.  – Concluiu a Luz. 

     – Sim, e agora que já sabes o que é, podes sair do castigo.

     – A sério? – exclamou Luz.

     – Sim – sorriu a Mãe – mas só depois de limpares o tapete!

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Uma Lição “Luxuosa”

4 amigos saltam à beira-mar

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      Era uma vez um rapaz rico chamado Sebastião; ele não cumprimentava ninguém: nem um “Bom Dia”, “Olá, “Boa Tarde” – nada.

       Então, quando era Natal, quase que se isolava.

      Ele vivia em  Itália, em Veneza, uma cidade com muitos canais. Na sua mansão, tinha um lago. Sim, um lago! Ele tinha uma data de barcos, onde se deitava todo o dia, com uma palha na boca, um caderno na mão – ele devia estar a pensar:

     – Os meus pais morreram e deram-me cem mil milhões de Liras. É muito dinheiro para mim. Não consigo fazer um texto, estou gordo e horrível, tenho de melhorar… (1) Ei, estão ali pessoas, vou falar com elas:

     – Olá!

     – Olá!

     – Eu não sabia que ele sabia dizer “Olá” – comentou alguém. 

     – Oh, ele, se calhar, não é assim tão mau – respondeu o amigo.

    – Será que eles me acharam melhor?  – Perguntou-se o Sebastião.   

     – A partir do dia de Natal, em que ele nos cumprimentou, ficou muito melhor – reconheceram todos. 

      – “Bora” falar com ele.

     – Olá, estou a convidar para virem ao meu lago. Querem vir?

    – “Bora, vamos lá”.

    A partir daí, ele tornou-se uma pessoa desperta e atenta aos outros. Agora, ele e nós podemos viver felizes!

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(1) Nos dois sentidos, ser mais boa pessoa e melhorar o seu físico.

A Menina das Estrelas – Um Conto de Natal

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     Na noite de 24 de Dezembro – véspera de Natal – à frente da minha janela, apareceu uma rapariga de pele roxa, cabelos azul turquesa, olhos cor de esmeralda. Ela parecia assustada.

     Depois de esfregar os meus olhos, perguntei: 

        – Estás bem?

      Ela respirou fundo e disse com uma voz estranha: 

     – Não, eu não sei o que se passa. Estava a passear pelos planetas, até que vi o vosso e vim por curiosidade. Por que há tantos brilhos, luzes, árvores enfeitadas e música?

      Eu, a tentar acalmá-la, expliquei: 

      – Porque hoje é Natal. 

      – O que é o Natal?  – perguntou a menina.

       Eu, espantada, exclamei: 

       – Tu não sabes o que é o Natal? O Natal é a Festa de que eu mais gosto no ano. É o dia em que tu juntas a tua Família e Amigos e fazem uma Festa cheia de risos, magia, canções e convívio: celebramos o nascimento de Jesus!

      Além disso, vocês trocam presentes com a vossa Família.

      A menina, depois de ouvir o que eu disse, falou:

     – Ah, Ok. Obrigada! Agora vou voltar para minha casa e contar isto tudo no “Jantar da Liberdade”. É parecido com o vosso Jantar de Natal.

     E lá foi ela, a voltar para casa, voando por entre as estrelas.

     Ela até me deu a morada, mas eu disse que só podia ir visitar em 2072. Espero que, quando chegar esse dia, já existam carros voadores que me levem tão longe.

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