CAD em Isolamento – Aventuras de SPongeBob

esponnjaPixhere.com

     Debaixo do Mar havia uma cidade, onde viviam uma Esponja, um Caranguejo e uma Estrela. Passam da cidade subterrânea para o mar através de 3 caminhos submersos: uma estrada a direito, outra ia dar um penhasco e um atalho com imensos perigos.

   A esponja tinha uma rocha como casa, o caranguejo tinha uma âncora e a estrela tinha a areia.

   Um dia, a esponja foi às compras e viu um caracol do mar. Decidiu ficar com ele.

   No dia seguinte, ela deu um nome ao caracol: Abelhudo.

   O Caranguejo tinha aberto um restaurante de Pizza. Decidiu contratar a Esponja e a Estrela.

 Quando a Esponja chegou a casa, o Abelhudo não estava lá. Esperou toda a noite por ele.

    Já era de dia e ela decidiu fazer uma aventura, indo á procura do Abelhudo. Ela convidou a Estrela e o Caranguejo para irem com ela.

     Eles tinham um carro, a Estrela ia a conduzir e foi por um atalho submarino, em vez de ir pela estrada direita. O atalho tinha imensos perigos: havia catos e bolhas de pressão.

   A Estrela disse à Esponja e ao Caranguejo que ainda não tinha tirado a carta de condução e era muito má a conduzir. Então eles ficaram a gritar.

   Conseguiram chegar à praia e viram um feijão gigante a dançar Break Dance. A esponja perguntou ao feijão:

    – Feijão, viu o meu Caracol, o abelhudo?

    Decidiram voltar para trás, porque a Esponja pensa que perdeu o seu Caracol para sempre.

     Agora foi o Caranguejo a conduzir e foi pela estrada direita. Cada um regressou às suas casas. O Caranguejo, ao entrar na sua casa, descobriu o Abelhudo a comer as suas batatas fritas.

   Telefonou logo á Esponja a dizer qu o Abelhudo estava em casa dele.

   O Abelhudo explicou à Esponja:

    – Eu vim aqui para casa do Sr. Caranguejo porque você não tinha batatas fritas.

Recriação Oral de Desenhos Animados – DS7B

CAD Em Isolamento – A Avalanche -II

 avalanche iiWikimedia Commons Author: Loutherbourg    

     – Eu chamo-me Érika Jasmina Tordil Laurin Blotsk. Mas pode chamar-me apenas Érika.

     – Então, Érika, o que te traz junto de nós, os Nebs?

    – Eu estava a subir a montanha para esquiar, e subitamente, vi uma avalanche vir em minha direção. Felizmente, eu abriguei-me atrás de uma grande rocha e fiquei lá por longas e duradouras nove horas. 

     – Nove Horas?! – exclamou Gobir muito espantado.

     – Sim, sim, nove horas. Eu mal me conseguia mexer; sentia o frio nos meus ossos, ou melhor nem sentia os ossos. Até que apareceu um Grupo de seres que me trouxeram até aqui.

     – E como te sentes agora? 

     – Estou melhor.

     – Que bom ouvir isso! Sabes como voltar para casa? 

    – Eu nem sei como vim aqui parar!

    – Não te preocupes. Irás ficar aqui até conseguirmos mandar-te de volta. Um dos meus guardas irá levar-te até a casa onde vais dormir. 

      Gobir murmura ao ouvido do guarda: 

      – Fica de olho nela e garanto-te que ela não pertence aos Vebs.

      Os Vebs são inimigos mortais dos Nebs e estão em guerra com eles. 

     O Guarda acompanhou Érika até uma casa que mais parecia as casas dos esquimós, mas só se conseguia ver a entrada, em forma de tubo branco de um diâmetro adaptado á altura dos Nebs mas que a iria obrigar a curvar-se para entrar.

     Érika perguntou ao guarda: 

     – É aqui que vou dormir? 

     – Sim – Respondeu o guarda, sério e sem expressar emoção.

     Quando Érika estava a falar com o guarda, um porta redonda  abriu-se na casa de gelo e saiu de lá uma Nebs muito surpreendida. Ela tinha cabelos brancos, olhos azuis, pele clara e parecia ter doze ano. 

     – Olá Senhor Guarda, a que devo esta visita?  – perguntou a jovem Nebs. 

      – Recebemos uma hóspede e o Chefe pediu se lhe podia dar alojamento.

       – Sim. mas é claro. A minha mãe tem um quarto amoroso e com certeza que não se irá importar. – respondeu a Nebs com um sorriso no rosto. 

        O Guarda deixou Érika e, sem se despedir, foi-se embora. 

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A Viola Que Tornava Invisível

     viola

   Pxfuel.Com

    Era uma vez uma menina chamada Beatriz que gostava muito de jogar. O que ela mais jogava era Minecraft, na sua X-Box. Andava sempre a construir casas.

     Houve um dia em que a Mãe da Beatriz foi a uma loja e comprou uma viola. Quando chegou a casa, chamou a Beatriz que foi logo ter com a Mãe e perguntou:

       – A Mãe vai começar a tocar guitarra?

       – Isto não uma guitarra, é uma viola e é para ti.

       A Beatriz levou a guitarra para o quarto e começou a pensar:  – “Por que é que eu tenho uma guitarra se nem sequer sei tocar?”

     A Mãe disse à Beatriz:

     – Beatriz, não é uma Guitarra, é uma Viola. E eu sei como resolver o teu problema.

      – Tu podes instalar Yousician  e Guitar Tuna. São ótimas para ti. Não te esqueças que é uma viola.

      – Ok, Mãe.

   A Beatriz instalou as suas Apps e começou a experimentar. Viu que a Guitar Tuna é para afinar a viola e a outra é para aprender a tocar músicas.

   No fim do dia, a Mãe pediu à Beatriz que tocasse uma música que tivesse aprendido.

    A Beatriz tocou e ainda não tocava bem, mas estava bom para principiantes.

    – Beatriz, vou-te por no Verão, num Campo chamado MusiCasa; e vais para a Viola.

     No verão, a Beatriz foi 20 semanas para o “Musicasa” e, quando acabaram as 20 semanas, a Mãe pediu para a Beatriz tocar. A Betriz tocou; já tocava bem e tornou-se invisível.

    A Beatriz e a Mãe descobriram que quem tocava bem na Guitarra tornava-se invisível.

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CAD em Isolamento – A Avalanche

avalanche

   Wikimedia Commons Autor: Loutherbourg

      Naquela manhã, Érika  estava impaciente para sair. Ela queria muito ir para a Montanha, para poder esquiar.

    Érika saiu de casa bem cedo, para ser a primeira a chegar.

    A Montanha era enorme, a neve tinha uma brancura intensa e luminosa, cada vez que se dava um passo em direção ao cume, sentia-se o vento fresco que cheirava a liberdade.

     Vindo do nada, o chão começou a tremer, Érika olhou para a montanha e viu uma avalanche a avançar na sua direção.

      Aterrorizada, só teve tempo de se pôr atrás de uma grande rocha perto dela.

     Érika ficou lá presa por nove horas; já estava a perder a esperança. Sentia o seu coração a bater, não conseguia controlar os seus dentes, não sentia os dedos dos pés.

   Inesperadamente, Érika ouviu um barulho que se assemelhava a alguém a escavar  a neve. Nesse momento, a Esperança voltou, gritou com todas as forças que ela tinha: “- Eu estou aqui, Ajudem-me”.

  Pouco tempo depois, apercebeu-se de que não estavam a escavar do lado de fora, mas dsim do interior da terra. Érika pensou que estava a delirar, mas não. De repente, o ruído terminou.

    Apareceram uns seres pequeninos, um pouco menores que Érika, que se moviam graciosamente, vestiam uma roupa leve de cores claras, e pareciam estar à vontade naquele clima gélido.

      Olhavam  com uma expressão curiosa e espantada, e falavam uma língua que ela nunca tinha ouvido. Apenas o chefe e outros cidadãos,  que não estavam ali, sabiam falar Inglês. 

         O Grupo que a tinha encontrado levou-a até à sua aldeia, por baixo  do chão, no interior da Montanha. 

      Érika estava na casa do Chefe, onde recebeu comida quente, roupas novas, pois estava encharcada, e mantas, porque estava cheia de frio. Quando já se começava a sentir melhor, o Chefe veio falar com Érika. 

     – Chamo-me Gobir Zulin Plet Vink Snowy, o IV. Mas pode chamar- me Gobir. 

                                        ( Fim da Parte I)

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CAD em Isolamento – Uma Sereia Invulgar II

     areia

Image par David Mark de Pixabay 

     A Sereia nadou pelas profundezas do mar, à procura do seu amor verdadeiro.

     Quando estava a nadar, encontrou um rapaz de cabelo louro, e, num impulso, beijou-o.

    Mas o feitiço não se concretizou.

     Ela, muito irritada, percebeu que ele não era o rapaz que ela tanto procurava.  De longe ouviu-se uma voz . A Sereia viu que era um Tritão que tinha ficado preso  a uma rocha e tentou ajudá-lo.

    Mas reparou que ele tinha um tridente na mão, e percebeu que era uma armadilha: que ele não estava nada aflito, era só para a apanhar, como ela era uma Sereia invulgar.

     Ela tentou escapar, mas não conseguiu. Gritava, gritava, mas ninguém a ouvia. Ele envolvia-a em cordas de navios afundados. De repente, apareceu outro Tritão que, escutando os gritos desesperados dela, tentava ajudá-la, mas não conseguia.

      Sofia reparou que os seus olhos eram como um mar claro, os seus braços fortes e morenos desfaziam os nós e, no último momento, quase já sem esperança, sente que ele consegue resgatá-la.

       Depois destes momentos trágicos, ele nadou vigorosamente, mantendo o braço à volta dela e conquistaram a margem sul. Pousou-a suavemente na areia fina e ela voltou a ser a jovem que era antes.

        O feitiço foi quebrado porque ela tinha beijado o amor da sua vida. 

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CAD em Isolamento – O Bebé Que Adivinhava Pensamentos

     menino que lia os pensamentos

Imagem de Reinhardi por Pixabay 

     Era uma vez um Bebé que tinha um ano; a Família dele era um pouco grande: havia 4 crianças a contar com o Bebé, e dois adultos, o Pai e a Mãe.

    O mais velho chamava-se Tomás e havia dois irmãos gémeos que eram o Henrique e o Afonso e o Bebé que se chamava Bernardo.

    Tomás tinha 16 anos e era um irmão muito responsável, que gostava de desporto. Os irmãos gémeos tinham onze anos e o Bernardo tinha um ano.

    Numa tarde chuvosa, o Afonso e o Henrique começaram a jogar a ver quem conseguia adivinhar o pensamento um do outro.

   Quando o Bernardo entrou no quarto, conseguiu adivinhar o pensamento do Afonso.

     O Afonso e o Henrique ficaram a olhar para o Bernardo com um ar de espanto e chamaram o Tomás porque os Pais tinham ido viajar.

      Quando o Tomás entrou, perguntou:

      – O que é que se passa?

      O Afonso disse:

     – O Bernardo conseguiu falar e adivinhar que eu estava a pensar em irmos andar de bicicleta!

       O Tomás sugeriu:

     – Já agora, vamos andar, para ver se o Bernardo consegue.

     – Mas o Bernardo não tem bicicleta! – Disse o Henrique.

    – Eu empresto a minha. – Disse o Afonso.

    Quando foram andar na rua, baixaram o banco, o Bernardo pôs-se na bicicleta e conseguia andar perfeitamente.

   – Vou telefonar à mãe para perguntar como é que é possível um Bebé de um ano  conseguir já falar e andar de bicicleta sem rodinhas! – Exclamou o Tomás.

      Quando o Tomás telefonou à Mãe, e perguntou, a Mãe explicou que ele tinha sido encontrado na rua, perdido.

    – Mas também não sei como é que o Bernardo consegue fazer isso tudo. Não te preocupes, amanhã nós voltamos para os anos do Bernardo. E vamos dar-lhe uma bicicleta.

CAD em Isolamento – BB5C

CAD em Isolamento – Consequências de Desprezar os Doces

moster cookiesFlickr.com Julie Elliot

    Em 2006, havia uma Lenda Urbana que dizia: “Se desprezares os doces pela sua qualidade, eles juntam-se e fazem-te pagar”.

     Uma menina, chamada Marta, era muito arrogante e   não sentia pena de ninguém.

     Um dia, disse:

      –  Eu sou muito melhor do que esses tais doces! E muito mais forte! Ando no Judo e já estou na faixa preta!

     Então começou a desprezar doces e a levar para casa só aqueles de melhor qualidade.

     À noite, os doces que não tinham sido escolhidos planearam vingar-se e matar a Menina. Mas um dos doces disse:

     – Não vamos fazer isso, pois podemos pôr em risco outras pessoas.

     Aquela Menina só se importa com a aparência!

     Então, com ar maldoso, acrescentou:

     – Vamos torná-la num ogre, com magia.

     Na noite seguinte, os doces foram ao quarto dela e disseram:

magia dos doces

     Nas semanas seguintes, ninguém a viu. E as gomas foram outra vez à sua casa e exclamaram:

      – É isto que acontece quando te metes com os doces! Ah ah ah!

       A Menina gritou:

       – Aaaaaaaah!

CAD em Isolamento – MF5B

CAD em Isolamento – A Papelaria de Sonho

livro mágicoImage par Yuri_B de Pixabay 

      Num dia perfeito, uma menina estava a caminhar na rua, tinha cabelos ruivos, olhos verdes, uma boca cor de pêssego e sardas. Chamava-se “A Menina dos Sonhos”.

     Estava muito triste, pois já tinha ido a tantas papelarias, mas era tudo igual; tinha sempre o mesmo material: as mesmas canetas, os mesmos marcadores, etc.

       Foi aí que lhe apareceu um sapo mágico muito gordo chamado Michael, vira-se para ela e diz:

     – Minha Querida Menina, porque choras tanto?

     – Choro, porque nunca encontro nada de novo nas papelarias.

      O sapo, com um olhar de gozo,  disse-lhe:

       – Sabes, eu sou mágico. Posso dar-te a papelaria que sempre quiseste.

       A Menina, com um ar muito feliz, disse-lhe:

       – Sim, por favor! Estou farta de ver as mesmas coisas.

       Com as palavras mágicas, “aparece-papelaria-aparece-aqui-e-faz-esta-menina-muito-feliz”, ali estava a sua Papelaria de sonho.

       Sem pensar duas vezes, entrou. Mas, ao entrar, lembrou-se que não tinha dinheiro. Virou-se para o Sapo e disse:

     – Mas, sapo, eu não tenho dinheiro. Sou uma criança, lembras-te?

     O sapo riu-se e disse:

     – Minha Querida, é a tua Papelaria de sonho, é tudo de graça!

      A Menina saiu disparada e começou a comprar tudo o que podia. Do nada ouviu uma voz que a chamava assim:

     – “Menina dos Sonhos, Menina dos Sonhos!”

     E acordou. Apercebeu-se que tinha sido um sonho. Levantou-se da cama e foi tomar banho. Enquanto tomava banho estava o sapo ao lado da sua cama.

      Com o final da história, ele acabou por soluçar.

CAD em Isolamento  – Criação Oral de Texto – MF5B

CAD em Isolamento – Uma Sereia Invulgar I

sereiaPixabay by Messy

     Uma jovem de 19 anos, os seus cabelos louros como a lua, com um vestido branco que ondulava ao vento, estava a apanhar conchas, na praia, junto ao mar.

    Entre as rochas, encontrou um colar de pérolas, pequeno, perfeito, a brilhar. Encantada, pegou nele, não hesitou em experimentá-lo.

    Mal o colocou ao pescoço sentiu que algo diferente estava a acontecer: sentiu o corpo flexível, as pernas presas mas ondulantes, uma enorme atração pelo mar.

    Assustou-se, havia muita gente a olhar para ela. Correu para o mar, depois apareceu uma uma rapariga viu-a a transformar-se foi a correr ter com ela e disse:

   – Eu vi tudo! E tirei fotos!

    Ela respondeu:

   – Por favor não digas a ninguém!

     Tentava tirar o colar, mas já não conseguia, parecia que fazia parte dela, como se fosse um feitiço.

     A jovem tinha medo de sair da água então foi nadar para as profundezas e quando estava a nadar encontrou um peixe falante que dava orinentações:

     – Estamos aqui, há aqui uma espécie de casa onde está toda a gente – porque havia mais animais falantes.

    A jovem foi com eles, mas estava muito assustada, porque não sabia para onde é que ia.

    Começaram todos a falar; ela contou que, ao apanhar as conchas, tinha encontrado o colar e se tinha transformado. Logo todos os outros disseram que queriam ver o colar para perceber o que se tinha passado.

      Ela mostrou o colar e todos disseram que ela o tirasse rápido, que era uma maldição que, se ela o pusesse, algo de mau ia acontecer.

   E aconteceu: ela transformou-se numa sereia.

    O colar não saía. Ela perguntou:

   –  Como é que esta maldição pode acabar?

      E todos responderam: 

    – O colar só sai se tu beijares o amor da tua vida.

    Era preciso que fosse um rapaz  também do mar, um tritão.

    Então, ela, desesperada…

CAD em Isolamento – Criação Oral de Texto MC9C

A Menina Vestida de Branco – II

menina de branco

Imagem livre Pxfuel.com

     Quando subiu para um sótão, começou a ter uma lembrança estranha. Começou a dizer para si mesma:

     – Falta aqui alguma coisa?

    Estava sempre a olhar para todos os lados do sótão e não encontrava nada. A caixa onde vinha a sua melhor Amiga de infância tinha desaparecido!

     Carolina, começou a recordar o passado: quando tinha ido apresentar a sua melhor amiga aos pais, dissera:

   – Mãe, Pai, olhem! Tenho uma melhor Amiga!

    Enquanto os pais ficaram a olhar, como que  a dizer: “- Onde está ela?”

    Carolina tinha explicado:

    – Está mesmo aqui ao meu lado! Vocês não a veem?

    Enquanto os pais olhavam em suspense…

    Carolina continuou a recordar que, passado o segundo dia, quando os Pais se despediram dela para irem trabalhar, Carolina, tinha-se despedido e ficado um pouco triste. Mas depois pensou assim: “  – Já sei quem me pode animar!”

 Então foi a correr para o sótão, chegou logo e abraçou a amiga.

    Nesse segundo dia, Carolina tinha perguntado com expectativa:

   – Estranho! Nós somos amigas, como é que eu ainda não sei o teu nome?

    –  Bem, o meu nome é Lucy.

   Então Carolina disse:

   – O teu nome é Lucy? Que prazer conhecer-te, Lucy!

     –  E já agora, quantos anos tens?

     – Tenho oito anos!

     Carolina disse assim:

    – Eu tenho seis anos. Então isso quer dizer que eu posso chamar-te de irmã mais velha!! Sempre quis ter uma irmã mais velha, ou uma irmã mais nova, ou a irmã do meio!

     As duas, sempre a conversar, até desenhavam nas paredes, pulavam no velho colchão que havia lá no sótão…

    Então, Carolina veio a correr até à cozinha, onde estavam o Pai e a mãe, e gritou, nervosa:

     – Pai, Mãe, onde está a caixa escura que eu tinha lá no sótão?

    A Mãe esclareceu:

    – Está na venda de garagem. Porquê?

     – O QUÊ???

     Largou a correr, desesperada, com medo que alguém tivesse levado a caixa e, ao chegar à garagem, a caixa já não estava lá!!!!

   Então Carolina, lamentou-se, com lágrimas nos olhos:

    – Por que é que eu desisti dela????

    Os Pais acorreram, preocupados com o que se passava com ela. Já em casa, Carolina estava a chorar e os Pais perguntaram:

    – O que é que aquela caixa tinha assim de tão importante?

    Carolina respondeu:

    – Vai ser um bocado confuso para vocês. Eu conheci uma menina chamada Lucy, que ainda tem oito anos. Ela tem sempre oito anos.

    Os Pais interromperam:

    – Uma menina chamada Lucy? Tu antes tinhas uma irmã mais velha… de cabelo escuro, encaracolado… usava um vestido branco com um chapéu branco e um laço amarelo…

CAD em isolamento

 Conversas na Oficina – Criação oral de Contos – CR7A

Tobias, o Gato Voador

     o gato voador

     Imagem: Needpix.com

     Era uma vez um Gato chamado Tobias. O Gato Tobias era laranja, de riscas pretas.

     A sua maneira de ser era muito brincalhona. Gostava de estar sempre a saltar para cima das pessoas.

     O Tobias vivia numa mansão com piscina e muitas árvores. A mansão tinha sete andares; cada andar tinha 100 metros quadrados.

     Todos os dias, quando o Tobias acordava, ia parar à piscina, porque o seu dono brincava com ele: atirava o Tobias para a piscina de uma janela do primeiro andar.

     Mas o Tobias não se importava, por acaso até gostava, porque a água da piscina era morna.

     Também o Tobias era o contrário dos outros gatos, porque ele gostava de ir à piscina.

     A única coisa de que o Tobias não gostava era de ir à parte mais funda, que tinha 10 metros de profundidade.

     Só gostava de ir à parte da piscina de 20 cm de profundidade. E, por sorte, o dono atirava o Tobias para a parte de 20 cm.

    O Tobias tinha uma capacidade que mais nenhum gato do mundo possuía: era falar. Por isso, o Tobias tinha aulas em casa e era um excelente aluno. Os professores até ficavam a pensar que ele não precisava das aulas.

    Houve um dia em que descobriram que o Tobias, desde que tinha nascido, a sua Mãe já lhe tinha ensinado tudo, até “coisas” que ninguém sabia!

   O Tobias era muito esperto, conseguia fazer com que os outros fizessem aquilo que ele pedisse. Como ele era esperto, a sua Mãe  tinha-lhe ensinado a voar; assim, Tobias apanhava toda a gente antes de o verem a voar.

    O Tobias, graças a conseguir voar chegava sempre a horas a todos os sítios.

CAD em Isolamento  – BB5C

A Menina de Vestido Branco – I

   menina de branco   Imagem livre Pxfuel.com

    Havia uma menina que estava sempre sozinha em casa. Ela queria uma amiga para brincar, então um dia conheceu uma menina.

     Foi ao sótão e encontrou uma caixa de música escura. Quando a Carolina pôs a música a tocar, apareceu uma menina vestida de branco e com um chapéu branco, que tinha um laço amarelo.

     Era uma menina com o cabelo curto, encaracolado, preto; olhos grandes, cintilantes, tinha sempre um sorriso muito brilhante no rosto.

    Esta menina vinha do Passado; era uma criança a quem também tinha acontecido a mesma situação.

    Enquanto a Carolina estava a ouvir música, a menina de branco lhe disse:

    – Olá, quem és tu?

    E a Carolina gritou de espanto:

     – Meu Deus! Como vieste parar aqui?

    Depois Carolina acrescentou:

    – Tu és um fantasma?

    E a Menina disse-lhe:

     – Bem, mais ou menos… Queres ser minha amiga?

     Carolina, com um ar confuso, respondeu:

    – Está bem, sou tua amiga, mas tens de parar de me assustar!

     A partir daí, Carolina começou a habituar-se mais à Menina de Branco e ia sempre visitá-la ao sótão enquanto os Pais saíam de casa.

    Quando a Carolina já tinha 15 anos, estava mais ligada às cenas da internet, e truques de adolescentes, e a telemóveis, a Menina de Branco começou a sentir-se mais isolada no seu sótão.

    Até que um dia, o Pai de Carolina lhe pediu para ir ao Sótão. Carolina disse com um tom arrastado:

    – Ok, pai, eu voooouuu…

(Fim da I Parte) 

CAD em Isolamento – Criação Oral de Contos – CR7A

Em Busca de um Amigo

pássaro azul voandoImage by David Mark from Pixabay 

      Havia um pássaro na Floresta que era diferente de todos outros.

     O pássaro era todo azul, mas de um tom azul-esverdeado; tinha o bico amarelo e direito, as asas do pássaro tinham estrias douradas, as patas eram boas para se agarrar nos ramos, media dois palmos de ponta a ponta das asas.

        O Pássaro gostava muito de passear pela Floresta fazendo círculos por cima das copas das árvores. Ele ia sempre à procura de sementinhas perto das raízes das árvores, ia beber a um lago no centro da Floresta e abrigava-se num buraco de um tronco de um castanheiro jovem, mas também voava durante a noite.

     O Pássaro sentia-se sozinho, sonhava em ter um amigo. Gostava de poder brincar à apanhada no ar, poder conversar no ninho dentro do tronco, a olhar para as estrelas.

      Durante uma tarde de chuva, estava ele a fazer um dos seus passeios, quando viu um pássaro da mesma espécie,, mas com a pata presa num ramo, a esvoaçar e a chilrear muito alto, mas ninguém ouvia por causa da chuva.

      Fez um voo rápido até ao ramo e, com o seu bico amarelo, conseguiu quebrar os ramos fininhos.  Então salvou o outro pássaro que tinha as penas do mesmo tom de azul.

       Ele ficou muito agradecido por ter sido salvo. e perguntou:   

      – Como é que eu posso retribuir?

     O nosso pássaro respondeu: 

     – Podíamos ser amigos e partilhar a vida, o voo, o ninho…TUDO! 

       Então os dois pássaros, cheios de Alegria,  começaram a fazer as atividades a dois e passaram a ser os MELHORES AMIGOS.

CAD em Isolamento – Criação Oral de Texto –  CA8A

A Revolta das Guitarras

guitarrasImagem: Piqsels.com

     Era uma vez uma Escola de Música onde só havia 27 Alunos. Quando os alunos iam tocar, tocavam sempre desafinados.

    Houve um dia  em que as guitarras tentaram afinar-se umas às outras, porque pensavam que tocavam mal, pois nunca mais tinham sido afinadas.

    Mas quando os alunos voltaram a tocar, ainda tocavam mal. E cada vez mais desafinados.

    Então, chegou um certo dia em que as Guitarras se fartaram. Foi aí que aconteceu a revolta. A revolta começou com elas a desafinarem-se e as cordas a rebentarem.

   A seguir, nas pautas dos cadernos dos Alunos, começaram a trocar-se as notas: os “Mis” trocavam-se por Dós” agudos, os Rés por “Fás”, os Fás por “Soles”, os Fás sustenidos por Rés sustenidos!

    Quando os Alunos chegaram, não notaram nada; quando foram tocar nos Xilofones, as Guitarras esconderam-se. O professor começou a ralhar com os Alunos por estarem a tocar tudo mal.

   No fim das aulas, os Xilofones foram ter com as Guitarras e perguntaram:

       – Por que é que foram trocar as notas? 

     – Porque já estávamos fartas de os ouvir a tocar mal. Por isso agora chegou a hora da nossa Revolta! – Exclamaram as Guitarras.

  As Guitarras deixaram as notas como elas tinham posto e esconderam gravadores pela sala; assim, quando os Alunos fossem tocar, os gravadores iam gravar.

   Quando os alunos chegaram à sala, começaram a tocar e os gravadores puseram-se a gravar.

   No fim da Aula, as Guitarras puseram, como alarme e toque nos telemóveis dos Alunos, a gravação deles a tocarem. E foi assim que os Alunos resolveram tocar melhor.

Com o CAD –  em Isolamento – BB5C

A Coelha Mágica

coelhinhoImagem de Simona Robová por Pixabay

     Era uma vez uma Coelha mágica, chamada Milly; ela adorava brincar, saltar, cantar, dançar, pintar, abraçar e de receber festas.

     Esta Coelha não era uma coelha normal, era uma coelha Mágica, sobretudo, e também era uma boneca que estava numa loja cheia de objetos estranhos e antigos, com mais de 200 anos, numa caixa cor de rosa, com um laço à volta e flores.

     Dentro dessa caixa estava Milly; ela estava desligada, já durante dias à espera que alguém a adotasse.

     Um dia, uma menina chamada Isabel, andava pela loja, à procura de algo muito adorável, talvez um peluche fofo como Milly.

     Então, Isabel começou a mexer em prateleiras para ver se encontrava algo e… BUM!

    Assustada, Isabel foi ver o que tinha caído: uma caixa cor de rosa! Isabel, curiosa, foi ver o que era; mal abriu a caixa, fez uma cara feliz, dizendo:

     – Oh, meu Deus! Que coisa adorável! É uma coelha com pelo branco e de olhos fechados!

     Isabel tentava tirá-la da caixa, mas não conseguia. Então resolveu levá-la para casa. Ao chegar, gritou:

    – Mãe, já encontrei o meu presente de anos!

(Continua) –  CR7A

A Lenda das Bolachas de Canela

canela e limão<a href=”https://pixnio.com/”>free images</a>

     Eu não sei se já ouviram falar, mas na minha aldeia, existe a Lenda das Bolachas de Canela do Continente. Onde eu vivo não há Continente, por isso, à minha volta, ninguém sabe se a Lenda é real.

     A Lenda conta que quem comer uma dessas bolachas fica com o espírito de criança dentro dela para o resto da vida.

    Também já ouvi falar de pessoas que ficavam engraçadas para sempre, que tinham uma vida maravilhosa, com trabalhos e emprego.

    Mas, por outro lado, também já ouvi falar de pessoas bebés e infantis que não conseguiram trabalhar nunca.

     Eu não sei bem, mas acho que esta Lenda não é verdadeira, pois a minha Mãe está sempre a dizer:

    – Não faças isso, pareces um bebé! Mas eu tenho que estar sempre a dizer para não fazeres isso?

    E tu, acreditavas nesta lenda?

  E se pudesses comer uma dessas bolachas de Canela do Continente, comias?

   Eu não sei bem.

BF7A

O Meu Amigo Panda Vermelho

panda vermelho comendo bambuImagem de kaz turner por Pixabay

     O habitat deste Panda era uma floresta na China, à beira de um lago cheio de nenúfares que largavam pólen para todo o lado, com suas pétalas voando e dançando  ao som do vento.

     Era uma manhã luminosa de Outono. Despertando de um sono delicioso, o Panda vermelho acordou com a cócega leve de uma pétala no focinho. 

     Mal acordou, esticou-se e abanou a barriga macia, peluda e gordinha. Todas as manhãs ele ia à caça de comida saborosa, como as tenras folhas de bambu.

     Nessa manhã, o Panda foi a casa de uma menina pequenina que vivia com os pais. Na mesa, havia panquecas, recheadas de manteiga, com um molho delicioso decorado com frutos vermelhos.

     O Panda chegou-se à bancada e tentou roubar as panquecas, mas não foi a tempo, porque a menina chegou à cozinha.

   O Panda tinha entrado pela janela da cozinha,  mas a menina, rapidamente, fechou-a: o Panda queria fugir, mas não conseguiu; então, escondeu-se debaixo da mesa.

     Quando a menina tirou a caneca do micro-ondas, deixou cair o chocolate quente e as bolachas! Ela ficou com uma cara!

     Entretanto, debaixo da mesa, ele estava a preparar-se para fazer das bolachas os seus alvos inocentes.

(Continua)

CR7A

Para Lá da Montanha – IV

pradaria florida e montanhaImage par adege de Pixabay

     Durante a caminhada, para a Vera supreendentemente fácil, ela apercebeu-se de que nem sequer tinha utilizado os seus materiais peculiares; pois é, nem sequer os lápis coloridos.

    A Vera sentiu-se ainda mais desapontada com ela mesma e sentiu que o seu plano, ao início tão bem estruturado, era um falhanço.

    E continuou a descer e a descer, a ver-se a si mesma, como se fosse no passado, a correr cheia de esperança de alcançar o seu objetivo.

    Mal ela sabia que depois de ter subido tudo aquilo, ia voltar a descer, mas não com entusiasmo de dizer aos amigos, o que estava para lá da Montanha, mas sim com vergonha de dizer-lhes que não conseguira. 

   A mãe da Vera conseguia vê-la a regressar, à distância, com muita preocupação. A Vera conseguia ver a mãe á distância, com esperança que ela não estivesse preocupada. 

   Ai, meu Deus, como é que estas duas se vão entender?

   Vera e sua mãe estavam cada vez mais perto.

  E chega o momento de as duas se encontrarem. Talvez para a Vera a emoção era um pouco diferente da que tinha sentido quando tinha colocado o pé  direito na rocha, na primeira vez.

(Continua) – CC9B

Para Lá da Montanha – III

pradaria florida e montanhaImage par adege de Pixabay

     A Vera apercebeu-se de que estava muito, muito alto, quando uma águia lhe passou ao lado e quase a derrubou, mas apareceu um cogumelo falante que a agarrou com as suas mãozinhas pegajosas. 

   Vera agradeceu-lhe, sem pensar duas vezes, e apercebeu-se de que ainda tinha o líquido pegajoso nas mãos.

   Porém, sem reparar no que estava a fazer, quando se foi agarrar a outra rocha para subir, escorregou, pela gosma do cogumelo nas suas mãos, e caiu, vendo o seu destino mais e mais pequenino e com o vento a passar-lhe pelos cabelos.

   Como uma pena caiu, curiosamente, com leveza, ao lado do sopé da montanha. Quando acordou do seu longo, mas não grave desmaio, o seu primeiro sentimento foi de raiva, por ter confiado naquele cogumelo pequenino mas traiçoeiro.

   (Ai, coitadinho do cogumelo, nem tem culpa, e de certeza que não o fez por mal, acho que a Vera está a ser um pouquinho injusta.)

    Sabia que não conseguia subir a montanha outra vez; então fez a escolha mais fácil: a de voltar e deixar para trás o seu sonho de descobrir o que está para lá da Montanha.

   E lá foi ela, de volta para casa, com a sua mochila e o seu lanchinho saboroso, à espera de um castigo e de um abraço de sua mãe.

(Continua) – CC9B

Para Lá da Montanha – II

pradaria florida e montanhaImage par adege de Pixabay

    Então, lá foi ela com a sua mochilinha e o seu lanchinho saboroso, cheia de vontade de desvendar os mistérios do que está para lá da montanha.

    Depois de uma longa caminhada, Vera chegou ao sopé da montanha; olhou para cima e a primeira coisa que pensou foi voltar para trás, mas também não o conseguiu fazer; então, ficou sentada no chão a tentar ganhar coragem de subir ou voltar.

     Com o medo do desconhecido, Vera ficou parada, a pensar que já não era aventureira  como as pessoas da Vila a chamavam, mas sim uma medricas.

    Foi nesse momento que apareceu a Lara, uma Fada; a Vera gritou de surpresa, pois não sabia que as fadas existiam. A Fadinha era tão pequenina e delicada que teve de chegar pertinho da Vera para falar com ela. Então, sussurrou-lhe ao ouvido: 

    – Não resistas, tu consegues, sobe!

   Sem saber muito bem o que estava a acontecer, e antes de analisar melhor este fenómeno único, a Fadinha desapareceu, deixando-a com aquela frase reflexiva.

   Mas sem pensar muito, com todas as suas forças, Vera pôs o pé direito na rocha e, com as pernas fininhas a tremer, subiu mais e mais, mas sem olhar para trás.

(Continua) – CC9B