Continuando a partilha do estudo do nosso livro inspirador, “Powerful Teaching“, Pooka Agarwal e Patrice Bain – explicitam outra Estratégia que Conduz os alunos a elaborar o seu conhecimento com maestria e durabilidade.
Mais uma vez recordamos aqui que estas “Práticas de Recordar” devem:
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- Ser escritas ou verbalizadas, não apenas pensadas.
- Ser suscitadas pelo Professor ou Tutor, de modo regular, intencional e sistemático.
- Todas elas aceitam variantes e podem ser adaptadas, de forma flexível, ao tipo de aula, à personalidade da Turma, às preferências de cada Aluno ou de pequenos Grupos.
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“Brain Dump” é uma expressão que sintetiza duas ideias: a de uma atividade mental que deve fluir, e até, transbordar, espontaneamente, sem ordenação prévia, sem pistas ou tópicos que induzam uma organização anterior ao próprio ato de recordar.
Poderia ser traduzida informalmente por “despejar a mente”; porém, as próprias autoras nos propõem convidar os alunos a criar nomes para estas atividades, à medida que as praticam, pois esta linguagem comum, partilhada pela Turma, aumenta o seu sentido de apropriação da estratégia.
As Autoras foram a ponto de pedir a professores de todo o mundo que partilhassem os nomes inventados pelos seus alunos para esta atividade: “stop and jot”, “free flow”, “data dump”, “brain pop” são alguns exemplos sugestivos.
Quando Aplicar:
1 – Esta atividade pode ser realizada, por exemplo, no final de uma unidade temática de qualquer disciplina, como, por exemplo, “A Grécia Antiga”; “As Funções”; “O Sistema Circulatório”, “O Realismo em Literatura”.
2 – Também pode ser aplicada no meio de uma simples aula.
Duração da Atividade:
1 – Usar o tempo que a sua intuição achar melhor. Há turmas que acabam por escrever durante 30 minutos seguidos ou mais. Mas mesmo que haja muito menos tempo disponível, a aprendizagem dos Alunos também vai beneficiar em relação à informação que nem tiveram tempo de recordar.
Como Aplicar:
1 – Pedir aos Alunos que escrevam tudo aquilo de que se possam lembrar sobre o assunto em curso ou sobre a Unidade finalizada.
2 – Continuar normalmente a aula.
Recomendações:
2 – Podem utilizar-se diferentes tipos de formatos: o ato de recordar pode ser inteiramente livre; pode ser orientado por alguns tópicos; pode ser escrito à mão ou em teclado.
3 – Esta atividade pode constituir uma ferramenta de avaliação formativa, em vista de dar “Feedback” aos Alunos, mas nunca deve ter qualquer cotação.
Depois da Atividade:
1 – Pode seguir simplesmente com a aula.
2 – Pode pedir uma partilha de pares durante poucos minutos, em que cada Aluno deverá acrescentar algo novo ao que tinha escrito.
3 – Para proporcionar aos Alunos uma reflexão, pode pedir para verificarem:
3.1. Algo em comum que ambos escreveram.
3.2. Algo novo que nenhum dos dois escreveu.
3.3. Algo que ficou confuso, incompleto ou mal compreendido.
3.4. Como se conseguiram recordar do que escreveram?
Benefícios:
1 – Depois de comparar os seus próprios resultados com uma atividade anterior, semelhante a esta, os alunos ganham muita confiança.
2 – Os Alunos sentem uma genuína satisfação ao constatarem tudo aquilo que foram capazes de escrever por si mesmos.
Benefícios:
Esta atividade intensifica a aprendizagem, a organização do conhecimento, a habilidade de fazer inferências.