Image par Gerd Altmann de Pixabay
Como é que aquilo que nós vamos aprendendo e compreendendo tem as implicações desejadas na nossa vida quotidiana? Por exemplo, ao estudar – mas não só – pretende-se ligar esses dois planos: compreensão e vida.
A Escrita pode ser uma mediação: compromete-nos no corpo da nossa história, mostra-a no seu entrelaçamento com todas as histórias, na sua abertura viva para sempre mais.
Por exemplo, no estudo de um assunto, ao compreender-se a importância de escrever e ao aprender sobre formas de escrever, o resultado pode ser o surgir de um hábito de estudar escrevendo.
O resultado também pode ser conseguir delinear, ainda que apenas mentalmente, como se pode ajudar outros a escrever.
Conduzir a própria mente – “uma espécie de escrita invisível” -enquanto se realiza um trabalho manual ou simples, de pura presença a outro, aumenta o rendimento do trabalho mental e recolhe a energia que se dissiparia na passividade da mente entregue a si mesma.
Recordar o que se estudou, repensá-lo de novo, sem recurso à fonte, com o projeto de o partilhar, com os outros ou num teste, mais adiante, consolida as evocações da mente, dá-lhes um sentido.
Escrever, ao estudar, para conquistar o que se compreendeu, mas também para compreender-se.
Estudar, escrevendo, para seguir e desenvolver o próprio processo do pensamento, tornando-o mais fluído, mais inteligível, mais determinado.
Que outras mais razões para escrever?
Com os Trabalhos da Oficina – Partilha de Inspirações – OE