A Raposa Cor de Rosa

 Foto: Miguel R   Grafiti Street Art – Lisboa

    Era uma vez uma raposa cor de rosa que tinha uma coroa e uma coleira com uma estrela. Ela adorava purpurinas e brilhantes e vivia no seu Reino.

     O nome dela era Rosa; o seu trabalho era passar tempo com crianças e brincar.

     Ela não era a única importante; havia outras três que se sentavam com ela e eram as guardiãs: a “Branco” que era uma leoa, a “Amarelo” que era um veado e a “Azul” que era uma coruja.

     Cada uma delas tinha um Mundo próprio: o mundo da “Branco” chamava-se “Terra Natal”, o mundo da “Amarelo” era “As Luzes de Outono” e o da “Azul” era “As Lágrimas do Oceano”.

     Mas a Rosa não tinha o seu próprio mundo; se ela tivesse um mundo, ela levaria para lá todas as crianças que não tinham casa, comida, e sentiam frio. Mas com o seu coração, ela aqueceria essas crianças; com o coração mais amável do mundo, o mais brilhante e lindo do mundo – assim o disse às guardiãs.

     Então, as Guardiãs começaram a olhar umas para as outras e disseram:

     – Sim, nós vamos deixar-te ter o teu próprio mundo.

      A Rosa começou a chorar lágrimas de felicidade. Chamou ao seu mundo “Onde os sonhos de todas as Crianças se tornam Realidade”.

      Depois de milhares de anos, o Reino continuava a evoluir, cada vez maior, cada vez com mais crianças, cada vez com mais amor no Mundo.

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Aventuras de Onze Amigos – III

III

A Força das Armadilhas

templo em ruínasPixabay License Image parMystic Art Design de Pixabay 

      Os amigos entraram no Templo e pensaram: 

      – Oh, Não! Armadilhas!

     Os amigos ficaram um pouco assustados com as armadilhas e desataram a correr. Esquivaram-se muito bem das flechas, que eram a primeira armadilha. A segunda eram cobras, mas os amigos conseguiram passar; a terceira armadilha eram bichos venenosos; a quarta era um compasso gigante, e eles gritaram:

     – Oh, um compasso gigante!

     A quinta armadilha era um detetor matemático.

   Até que encontraram uma porta grande, e, atrás dela, estavam as 11 Jóias da Imaginação! Cada um pegou na sua. Mas quando cada um já tinha a sua jóia, o Breakfirst surgiu, apanhou-as e fugiu com elas!

      – Vamos atrás dele! – Gritaram os amigos.

     E lá foram apanhar o Breakfirst. Entretanto, a meio do caminho, o Sebastião propôs:

     – Não vamos conseguir apanhá-lo, mas podemos fazer uma armadilha. 

      – Mas como é que vamos passar para a frente dele? – Perguntou o Martim. 

     – Provavelmente ele quer destruir o avião, mas eu sei um atalho – disse o Sebastião.

      Foram pelo atalho do Sebastião e fizeram uma armadilha. Os amigos ficaram muito tempo à espera, até que apareceu o Breakfirst e caiu na armadilha como um patinho.

      Os amigos apanharam as jóias e foram para casa.  Há noite, o Breakfirst foi para o seu castelo assombrado.

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Aventuras de Onze Amigos – II

II

As 11 Joias da Imaginação

as onze joias da imaginaçãoPixabay License Image parOpenClipart-Vectors de Pixabay

     Os onze amigos ficaram superfelizes por estarem todos juntos na Selva!

     Passados alguns dias, quando o Tiago estava a passear, viu  um Templo antigo e muito grande e foi  contar aos outros.

     Quando contou aos outros, eles não acreditaram; então o Tiago disse:

      – Olhem, vão ver o Templo antigo!

      Eles pensaram, pensaram e começaram a seguir o Tiago até ao Templo. Ao longo do caminho, repararam num animal que parecia inofensivo, mas, quando olharam bem, era um homem negro, chamado Breakfirst, que disse:

     – Eu vou apanhar as jóias da imaginação, para torná-las negras.

     – Não! Tu não vais apanhar as nossas jóias preciosas!  – exclamaram os amigos.

     Depois, o Breakfirst começou a correr muito rápido para apanhar as 11 jóias da imaginação.

     – Oh, Não! Ele vai fugir! Vamos atrás dele! – Gritou o Tiago.

     – Claro, que bela ideia! E os amigos seguiram em frente atrás do malvado homem Breakfirst.

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A Menina que Comia Bolachas

cookies de amêndoaPhoto by Olenka Kotyk on Unsplash

     Era uma vez uma menina chamada Cláudia; tinha  o cabelo castanho e ondulado, os olhos cor de mel e usava sempre um vestido de fundo azul com bolachas desenhadas.

      Ela gostava de ler livros de aventuras e contos de fadas, gostava de desenhar pessoas, animais, mas também adorava desenhar bolachas e cozinhá-las.

     Um dia, a Mãe foi trabalhar e deixou a Cláudia sozinha em casa. Como estava sozinha, a Cláudia aproveitou para fazer as suas bolachas favoritas – as cookies – só que ela não tinha os ingredientes; então começou a inventar umas bolachas novas.

     Pegou em amêndoas e começou a triturá-las; em seguida, pegou em pepitas de chocolate branco, juntou tudo com farinha, açúcar, manteiga e foram para o forno.

     Entretanto, enquanto esperava pelas bolachas, foi ler um livro de aventuras. De repente, ouviu-se um toque: era o forno!

     A Cláudia foi ver: as deliciosas bolachas estavam prontas. Tirou-as do forno e provou uma:

      – Hum, é ótimo! Vou fazer mais.

     Quando abriu o armário, não tinha mais amêndoas nem pepitas de chocolate.

     Então a Cláudia foi para a rua, fazer uma venda de bolachas, a fim de ganhar dinheiro para comprar os ingredientes.

 (Fim da I Parte)

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O Jovem que Ouvia uma Fada

     escutando as fadas

     Image parLarisa Koshkina de Pixabay 

     Era uma vez uma Fada que tinha a missão de proteger os rapazes que andavam no liceu: ajudar nos tpc, a preparar os testes…

     Era loira, com caracóis, tinha os olhos verdes, usava um vestido até aos joelhos, de cor rosa; a sua varinha era um pauzinho com uma estrela pequenina…

     Ela fez amizade com um adolescente de 13 anos, chamado João; ele tinha o cabelo castanho, o tom de pele claro e os olhos castanhos; era magro, pouco musculado e usava óculos.

    Ele gostava imenso de jogar futebol com os amigos.

     Um dia, o João estava com muitas dificuldades a estudar para o teste de Ciências, porque ele ficava, nas aulas, muito distraído  com o som dos pássaros e então não aprendia nada.

    Quando chegou a casa, da escola, a Mãe perguntou como tinha corrido o dia.

– Correu muito mal – queixou-se ele. – Porque não consigo resistir ao canto dos pássaros, eles cantam maravilhosamente e depois acabo por não ouvir os professores.

     Nessa noite, o João estava no seu quarto a estudar, quando começou a escutar um canto irresistível: era como se estivesse a ouvir o céu cheio de estrelas a cantar.

     Levantou-se, vestiu o casaco e as galochas e saiu para o jardim; quanto mais perto estava, melhor ouvia. E começou a escutar uma voz muito fininha que era de uma menina.

     Pôs-se debaixo de uma árvore, na ponta dos pés, para ver, mas não via nada. Entretanto ouviu uma gargalhada suave, e, de repente, ficou sem dúvidas a Ciências.

     Sentiu-se mais aliviado para o teste e teve a certeza que essa sabedoria e esse alívio vinham da voz que estava a escutar.

     – Olá, quem está aí?  – Perguntou o João à Fada.

   – Olá João, já não tens dúvidas?  – respondeu a Fada com ironia.

     – Não, é extraordinário, já não tenho. Mas quem és tu que eu oiço e não vejo? E como é que me encheste com tanta sabedoria? – perguntou novamente o João.

    – Eu sou a tua Fada. Ajudo os rapazes que têm problemas na Escola.

     E ele, espantado:

    – Por que é que eu não te vejo?

  – Tu não me vês porque tu só “abriste mais o ouvido”, graças à tua atitude que te torna capaz de encontrar o desconhecido. – respondeu a Fada com alegria.

     – Queres ser minha Amiga?  – Perguntou o João com grande desejo.

     Sim! – respondeu a Fada, super alegre.

      Um mês depois, o João e a Fada eram os dois melhores amigos.

      Para a Fada, o João tornou-se o amigo mais especial, que ela nunca tinha tido, e passaram sempre a ajudar-se um ao outro.

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O Reino de Edicorax

reino edicoraxImage parDarkWorkX de Pixabay

     Outrora, na época dos Reis e Rainhas, existia um lugar chamado Edicorax onde habitavam as mais diversificadas espécies, desde Humanos, Feiticeiros, Sereias, Tritões, Mestres dos Ferros, Anjos e Dragões, Guardiães das Florestas e Ninfas.

      Feiticeiros: Conhecidos por possuir e comandar os poderes dos demónios, com um áspeto igual aos dos humanos; uma única diferença eram os seus olhos negros como a guerra, com uma estrela roxo-claro no centro das suas retinas, mas eram mais simpáticos do que muitos pensam.

     Tritões e Sereias:  Ao contrário do que se conta, eles não possuíam caudas, mas ainda assim conseguiam respirar debaixo de água e eram mais rápidos dentro do Oceano do que qualquer outro ser; possuíam uma madeixa diferente de cabelo, eram conhecidos por conseguirem controlar a água e, com ela, curar os habitantes de Edicorax inteiro.

     Mestres dos Ferros: eram eles que tinham as construções mais poderosas, incluindo as suas armas; com apenas um movimento eram capazes de erguer inúmeras construções de chumbo, prata, bronze, metano e muitos outros.

(Fim da Parte I)

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Carta do Responsável da Floresta

florexta encantada

Pxhere Atribuição: CC by 2.0

Responsável pela Floresta, 28 de Agosto de 2086

     Olá, graciosamente, Reino Misterioso,

      Peço desculpa por tudo o que fiz. Neste momento a Floresta está Maravilhosa:

  •      Já tem muitas pessoas a fazerem piqueniques;
  •      Muita gente vem ver os animais;
  •      Agora existe um pequeno comboio que leva as pessoas a atravessar a Floresta toda;
  •          A Floresta cresceu, multiplicaram-se as flores, os arbustos estão cheios de flores.
  •          Curei as feridas dos animais com o suco da melhor flor do jardim: a tulipa.

    Adeus.

    Responsável pela Floresta 

    P.S. Está tudo limpinho.

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Uma Fada Curiosa – I

Reino Mágico    Imagem de cocoparisienne por Pixabay 

     Era uma vez, na colmeia das fadas do Reino do Pó Mágico, uma fadinha chamada Cintila. Era a irmã do meio numa família de sete irmãs.

     Os pais de Cintila eram os Imperadores do Reino do Pó Mágico e tinham muita responsabilidade, pois nos últimos meses tinham ocorrido muitos ataques de humanos.

     A Família de Cintila vivia numa colmeia: é como se fosse o castelo ou fortaleza no Reino das Fadas.

    Cintila ficava a observar da janela do seu quarto, o povo e as casinhas feitas de cogumelos do Reino do Pó Mágico.

     E desejava um dia sair do Reino e conhecer os humanos e novas culturas.

     A Fada já sabia que nunca poderia sair do seu Reino, ainda por cima com os ataques recentes, os seus pais estavam superprotetores e nem a deixavam sair da colmeia.

     Mesmo assim, a Fadinha não parava de sonhar que um dia poderia sair, visitar o mundo e ser livre.

    Contou à sua irmã mais velha, em quem confiava bastante, sobre o seu sonho de conhecer novos reinos; a sua irmã, chamada Pétala, compreendeu-a e apoiou a sua ideia.

     A Pétala contou á Cintila que conhecia uma Feiticeira do Bem, chamada Milana, que a podia ajudar a sair do Reino sem ninguém se aperceber.

    Cintila ficou muito entusiasmada com o que a sua irmã lhe tinha contado; fez uma mala pequena e foi de , madrugada a casa da Milana, com as indicações de Pétala e sem que ninguém soubesse.

     Depois de algum tempo de viagem, finalmente chegou  a uma casinha coberta de trepadeiras com rosas brotadas.

     Entrou, depois de bater á porta e Milana apareceu com um traje largo e comprido, e, sem que Cintila dissesse uma palavra, a Feiticeira já sabia o que ela queria e deu-lhe uma capa da invisibilidade, para que, na sua fuga, ninguém a visse.

(Fim da I Parte)

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A Estrela que Caiu do Céu – 2

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      Então o João teve de dar abrigo a 3 Estrelas: a casa estava muito iluminada.

     Os dias iam passando e a Pingo, a Violeta e o Pai da Pingo estavam a ficar cada vez mais sem luz.

     – O que está a acontecer? – perguntou, assustada, Violeta.

     – Não  sei…- hesitou a Pingo.

    – Nós temos de voltar para o Céu. – Alertou o Pai da Pingo.

    Então, o João interveio e perguntou:

   – Por que é que têm de ir para o Céu?

   – Porque é onde estão as outras estrelas e temos de ir para lá para ganhar mais luz.  – Explicou o Pai da Pingo.

    No dia seguinte, eles saltaram para o Céu, já de noite, no jardim da casa do João, só que a Pingo não conseguia novamente.

     Então, o João pegou na Pingo  e estendeu os braços o mais alto que conseguia e depois a Pingo saltou – desta vez com sucesso.

     Aí, o Pai e a Violeta foram atrás dela e, num abrir e fechar de olhos, já estavam no Céu.

      Logo que chegaram, os Pais da Violeta abraçaram-na, cheios de Alegria e Saudade. O Pai e a Pingo também se abraçaram e ficaram outra vez cheios de luz.

     Agora, a luz era diferente: a luz era a da Alegria de estar outra vez no Céu e de ter percorrido esta Aventura.

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Peter Pan, um Destino Feliz

pintura de rosto de caozinho amareladoPixaBay PixaBay License

     Era uma vez um cãozinho que estava na rua  sem coleira.

    Vieram os homens do Canil e levaram o cãozinho para uma Associação de Animais Abandonados.

    Mais tarde, apareceu uma pessoa que estava hesitante na escolha entre o gato e o cãozinho. Finalmente, a pessoa escolheu o cãozinho para levar para sua casa, pois este era mais meigo e não deitava coisas ao chão.

     Era pequenino, de pelo amarelado, as orelhas caídas e olhar suave. Passou a chamar-lhe Peter Pan. O cãozinho gostou muito da casa nova e da sua Família humana.

    Depois de vários anos, ele chegou a aprender a andar de skate e a fazer de DJ com o dono, nas festas de Cães que davam na garagem!

OUF, OUF!

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O Gato Desaparecido

     cão e gato em carinho mútuo

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     Era uma vez uma menina chamada Matilde que tinha recebido, há algum tempo, um gato . O seu pelo era tão branco que parecia ser de neve. O gato chamava-se Pluffi; era muito brincalhão e adorava dormir :passava pelo menos algum do seu tempo a dormir.

     Matilde adorava brincar com o Pluffi, só que, uma tarde de inverno, quando estava a brincar com ele, no jardim nevado,  a mãe chamou-a.

      Ela foi ter com a mãe e ajudou-a a faze um lanche delicioso. Mas quando voltou, viu que o gato já não estava  no seu jardim. Perguntou a toda a gente da vizinhança  se tinham visto un gato branco e grande. Ninguém tinha visto!

      No meio da sua tristeza,  Matilde lembrou-se de um sítio. Ela foi ter com o seu vizinho Max e perguntou se tinha visto a sua gata. Max respondeu que sim,  que estava a brincar com o seu cão Pantufa na sala do vizinho.

     Matilde ficou muito contente, pulou de alegria e disse que nunca ia deixar o seu gato desaparecer.

     Pantufa e Pluffi brincaram e divertiram-se muito com bolinhas de neve a atirarem uns aos outros.

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A Estrela que Caiu do Céu – II

    estrelas sugeridas descendo num campo com borboletas

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     Era uma vez, num reino distante, uma linda estrela que era muito bonita, graciosa e muito, muito brilhante.

     Quando ela resplandecia, até explodiam  raios de luz em todas as direções.

     A linda estrela não conseguia descer da sua casinha, até que… uma estrela cadente a empurrou, quando ela ia saltar.

     Do nada,  a estrelinha acordou no meio de um campo de Futebol e veio uma criatura estranha que lhe perguntou:

     – Olá, quem és tu e porque estás aqui tão pálida?

    – Ah… estás a ver as lindas estrelas ali em cima? Eu sou uma delas. E, por acidente, caí aqui. Onde estou e quem és tu? 

 (continua)

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A Rapariga que Amava o Mar

     mermaid by the sea

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     Era uma vez uma menina chamada Mafalda: era alta, e os seus olhos eram azuis-porcelana.

      Mafalda era uma jovem que passava o seu tempo no mar, onde sentia paz e tranquilidade. 

      Ela ia sempre para o mar ver o pôr do sol brilhante. Até que um dia, viu um vulto  imóvel na prancha do paredão. Foi espreitar e viu um rapaz todo de preto a fugir.

     Mafalda queria saber quem era e, sempre, todas as noites voltava à  praia para ver se ele aparecia.

     Ficava horas e horas a olhar as estrelas, sentada numa rocha, com os pés mergulhados na água.  O ar do mar enchia-a de Esperança,  mas ele não aparecia.

      Ela ficava horas a pensar quem seria aquela pessoa .

    Mafalda, não desistiu: foi outra vez à praia, para ver se ele aparecia…  começou  a cantar e, a pouco e pouco, o seu corpo de rapariga tomou a forma de uma sereia verde-mar.

      Foi então que o jovem surgiu das profundezas do mar, viu-a, veio ao seu encontro e perguntou-.lhe o nome .

     Ela disse que se chamava  Mafalda e ela perguntou-lhe o nome:  era Manuel.

     Depois disso Manuel perguntou-lhe se ela queria ir numa aventura pelo mar e ela disse que sim.

      Descobriram o Mar em todo o seu esplendor.

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Um Pássaro com um Desejo


pássaros dourado e azul

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  Conta a lenda que  outrora existiram dois pássaros:  um azul como o oceano, com pequenos toques de céu e de noite; o outro, com o tronco cor de carvalho e as plumas douradas, esvoaçantes como pétalas ao vento.

       O pássaro azul, com contrastes da noite e do dia, tinha o desejo de transformar-se em humano. Achava que, se fosse humano, seria mais ouvido e livre. Ele era um pássaro com muita imaginação.

     Certo dia, os dois pássaros estavam a voar a favor do vento, quando, de repente, avistaram um pequeno poço de mármore. O pássaro azul, com a sua imensa sede, veio de cabeça até ao poço, mas tão depressa que acabou por cair.

       Quando saiu do poço, não queria acreditar: quando olhou para  baixo teve uma tontura, ao saber que estava tão alto e com pernas e pés a tocar no chão. O amigo olhou para ele e disse:

        – Piu, piu, piu.

     O Azul não compreendia o que o Dourado queria dizer, mas apercebeu-se logo que se tinha transformado num humano!

                                                                             MS8b, CC8b,                             

O Grifo Voador na Gruta dos Dinossauros

    gruta de fantasia com lago interior

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     Era uma vez um Grifo,muito colorido, com olhos azuis e rosa, de pelo prateado; as patas de trás eram de leão e as da frente, de ave. Tinha asas de anjo com muitos brilhantes, cauda de leão e cabeça de ave. Era muito querido, amigável e amoroso.

    Ele vivia numa floresta diferente, onde as árvores debruçadas sobre o lago eram mais reais no seu reflexo.

     As cores alternavam nas pétalas das flores conforme a luz do Sol lhes tocava. De noite, eram iridiscentes e podia-se caminhar em segurança pelos estreitos carreirinhos iluminados.

     Os animais partilhavam o mesmo ideal de fantasia e passavam a vida em Festas.

     O lago era miosótis e as águas sempre calmas e quentes: aí se ouviam gritinhos e gargalhadas, logo pela manhã, quando os seres da Floresta tomavam o seu banho matinal.

     O sonho do Grifo era, desde sempre, fazer canoagem, pois uma antiga lenda dizia que ao fundo do Lago existia uma Gruta inundada que guardava um segredo. Mas não havia canoas. E ele não sabia como fazer.

      Até que um dia, teve uma ideia: pedir ajuda à sua amiga Preguiça. Não correu muito bem, pois a Preguiça não conseguiu fazer nada de jeito e ainda para mais deixou cair a madeira e as ferramentas ao chão. 

      A seguir, foi pedir aos Castores. 

        O Grifo, com muita facilidade, chegou ao pé dos amigos e pediu-lhes:

       – Meus Amigos Castores, podem-me fazer uma canoa, por favor? 

       – Sim! – Exclamaram os castores! Nós vamos fazer com todo o carinho e amor.

       O Grifo respondeu:

    – Muito obrigado, malta! Vocês são os maiores.  –  todo feliz, com lágrimas nos olhos, mas estava triste, porque não sabia como usar a canoa. 

        Eles puseram-se logo a trabalhar, cortando, com os seus dentes afiados, as cascas dos troncos mais macios.

       Quando a canoa ficou pronta, ele começou a remar. Ao anoitecer, sentiu-se cansado e, sem querer, foi  parar à Gruta das magias incríveis que tanto procurava!                            

     A Gruta era quentinha, de chão macio e um pouco escorregadio. As estalactites brilhavam no escuro, com aquela luminosidade que tinham as flores da Floresta à noite.

     O Grifo, sem medo, foi explorar a Gruta. Assim que saiu da canoa, encontrou uma arca cheia de poderes, oferecida pelos belos dinossauros voadores. 

     Havia uma lenda sobre a Gruta, de que nela havia um portal que dava para um mundo de Dinossauros, onde ele queria ir, para ver se era verdade ou não. E foi então que:

     – Aaaaaaaaaah!

     Viu que a lenda era verdade! Havia uma passagem que levava aonde milhares de dinossauros de todas as espécies se divertiam a saltar de vulcão em vulcão, como em Jacuzzis. 

     Foi uma Festa incrível! Todos os seres da Floresta se tornaram capazes de voar! Por cima do lago multiplicavam -se as acrobacias: havia castores alados, raposas que davam mortais e caíam para cima, pequenos coelhos que trotavam sobre a água sem se molharem. 

Contos da Floresta, Texto a 3 Mãos – BF6A, CR6A, OE

A História dos Bombis – II

menina com asas num mundo mágicoPixaBay  PixaBay License

      Na cabeça de Flor só passavam maus pensamentos, não se via a sair daquele sítio misterioso e assustador. 

     Ouviu um barulho estranho e logo depois sentiu uma comichão nos pés. Flor pensou muitas vezes antes de abrir os olhos, mas, cheia de curiosidade, porém a tremer, finalmente abriu-os.

     Devagarinho, abriu os olhos e, muito espantada, deparou-se com imensas, mas muitas pequeninas criaturas, coloridas e nunca antes vistas.

     Esfregou os olhos com a esperança de que fosse um sonho ou alucinação, olhou para baixo e percebeu o que lhe estava a fazer comichão: nada mais era do que mais uma daquelas criaturas místicas coloridas.

     Cheia de medo, aproximou-se e tocou  o seu pelo vermelho e macio. A bolinha de pelo fez um som parecido ao dos gatos quando estão a gostar do carinho.

     Flor perdeu logo o medo e mudou o seu pensamento quanto às criaturas fofinhas e coloridas. Tentou comunicar com elas, mas parecia que tinham um dialecto próprio que mais ninguém percebia.

      As bolinhas explodiram e os seus membros foram para dentro: Flor percebeu que era assim que se movimentavam mais rapidamente. Seguiu-as…

(Continua)

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Carta do Reino Misterioso

árvores fotografadas de baixo para cima fundindo as copasPhoto by kazuend on Unsplash

  Reino Misterioso, 21 de Agosto de 2086

      Excelentíssimo Responsável pela Floresta Encantada,

      Queria informá-lo de que não está a cuidar bem da Floresta Encantada:

  •      Muitos animais estão feridos;
  •      As suas flores estão murchas;
  •      Está tudo arruinado.

     Gostaria que soubesse que, se continuar a tratar mal a maravilhosa Floresta Encantada, vai ser dispensado.

     Adeus.

    Reino Misterioso

    P.S. Espero que volte a cuidar bem da Floresta.

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O Peluche Encantado Que Reviveu

Ursinho de peluche e coraçãoPixaBay PixaBay License

       Era uma vez uma menina que tinha o sonho de ganhar um peluche. Ela viu o Peluche de Toysrus. Ele era brilhante, encantador… Ai, nem sei explicar… era um ursinho com pelo branco, olhos azuis e muito gordinho. Ai, era tão fofinho!

      Ela tinha-o pedido aos pais no Natal e, ainda para mais, o Peluche era maior do que a menina! No dia 24 à meia-noite, com a Família da menina reunida, ela tinha-se sentado no sofá, à espera da sua vez para abrir os presentes.

       Chegou a vez de a menina abrir os presentes. O Pai disse-lhe:

      – Filha, abre o teu presente.

       Ela respondeu:

       – Ah, Pai, isto é tão grande! – Abriu o presente e viu que era o ursinho que tanto queria, e caíram-lhe muitas lágrimas de tanta alegria. Ela só disse “muito obrigado” e só tinha olhado para cima e para baixo, com o espanto: “- Isto é verdade?” 

       No dia seguinte, ela ia passear e não o deixava para lado nenhum que ia.

       Agora que tem onze anos e ainda nunca o deixou, os pais dela a cada dia que passa, ficam ainda mais espantados. E dizem:

     – Como é possível ela ainda não ter deitado fora o ursinho?

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Flor Vermelha – 1

rosa vermelha e abelhaPixaBay PixaBay License

     Num longo, colorido e belo jardim, vivia uma Rosa vermelha, mas ainda não desabrochada, como um botão. A Rosa tinha a Família e os amigos perto dela, mas já fortes, com seus tons de vermelho à vista, para encantar os olhos de quem lá passasse.

      A pequena Flor queria ser como os outros, queria crescer e que todos passassem por ela, sentissem o seu perfume. A Flor vermelha mostrava-se muito forte aos seus mais chegados e mesmo aos desconhecidos do jardim.

     O único ser que sabia do seu complexo era uma abelha chamada “Docinho de Mel” que, no início, nunca chegou perto da Rosa, pois queria tirar  o pólen das outras rosas. Como via aquela flor tão fechada, nunca tinha ido falar com ela. 

     Até um dia em que foi levada pelo vento como uma pena e aterrou, já fraca e sem poder voar, ao lado da Rosa fechada como um botão.

       Foi nesse momento que a Docinho de Mel percebeu que ser diferente não era feio, mas sim único. Descobriu isso após ver as suas asas rasgadas.

      Chamou a Rosa e falaram até as suas asas recuperarem: assim nasceu uma Amizade. A Flor vermelha contava tudo o que sentia á abelha renascida, que ficava a pensar que conselhos partilhar com a amiga. (continua)

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