(Dedicado a PC7B)
À beira de um Oceano esplendoroso é que o sonho se distendia nele, abria-lhe o coração até ao infinito e e mergulhava-o na fonte da Alegria.
Não lhe faltavam amigos, mesmo sendo pobre e vivendo ao acaso pelas praias.
Tinham chegado a considerá-lo “o animal mais fofo do mundo” devido à sua aparência ternurenta e um pouco sonhadora, o longo pelo cinzento sempre limpo, pois mergulhava entre as ondas a cada 5 minutos, na sua paixão impaciente por nadar.
Colecionava sandes que os turistas partilhavam generosamente, cativados pelo seu jeito meigo de se aproximar. Alimentava-se assim, do acaso, ora de largas folhas de alface, rodelas de tomate entremeadas com bocadinhos de atum, ora deliciava-se com um cachinho de uvas e pão escuroo recheado de chouriço.
Durante o dia recolhia pedacinhos de plástico e papéis amarrotados que encontrava na areia e ia levá-los ao Nadador-Salvador que se tinha tornado um grande amigo.
Ao anoitecer, aninhava-se entre as rochas, embrulhado numa mantinha de retalhos e ficava a trocar piscadelas com as estrelas cintilantes no infinito.
Com BF6A, CR6A e LP6C – Inspirações para Escrever – OE