Image par kordula vahle de Pixabay
O mar espraiava-se com suavidade e o contorno das franjas de espuma parecia imitar um céu coalhado de nuvens esfiapadas.
Constança e Beatriz vinham saborear aqueles instantes de rara beleza, em que não distinguiam se era o enigma do céu espelhando o mar ou o reflexo ondulante do imenso azul que as cativava.
Como podiam as rendas de espuma imitar assim a filigrana das nuvens?
Um algodão líquido, penugento, parecia deslizar sobre a areia, formando pequenos sulcos de impecável brancura.
Ao mesmo tempo, lá no alto, um vento manso dedilhava as fileiras de nuvens formando arcos de pura lã a desfiar-se no azul.
Deliciavam-se assim, na frescura da manhã recém-nascida, adivinhando a divina fantasia que convida a dançar a Terra com o Céu.
Com BF e CR 7A – Partilha de Inspirações – OE