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Olá, chamo-me Pierrot, mas os meus amigos chamam-me Pi.
Quando nasci , eu era um menino muito abastado, mas os meus pais sempre rígidos e nunca estavam comigo. Isso ainda piorou quando a minha irmã nasceu: aqueles olhares frios e nunca se importarem comigo.
Então, com apenas os meus 12 anos de idade, decidi fugir, só com uma mochila cheia de lápis e folhas. Ai, ai, onde tinha eu a cabeça nessa altura?
A minha sorte foi ter sido acolhido por um Grupo de Artistas de rua: eles passaram a ser a minha única e verdadeira Família.
Bem, mas todos lá faziam alguma coisa e, mesmo não sendo obrigado, eu peguei nos lápis e comecei a desenhar as pessoas que iam passando.
Nesse exato momento, eu descobri o meu grande dom do desenho!
Passaram-se anos e anos desde essa altura. A Mãe Rosita e o tio Lasco diziam que eu era cada vez mais um homenzinho…
Esperem, ainda não vos falei da minha Família de Artistas de Rua: a minha Mãe Rosita era a mais alta e a mais magrinha; ela tinha cabelos curtos, de cor preta e uns olhos verdes como a relva; vestia um vestido cheio de remendos e tinha uma voz de veludo que se ouvia nos quatro cantos do mundo.
Já o meu Tio Lasco era o maior ilusionista de todos os tempos. O meu número favorito era quando ele fazia surgir,de dentro da sua longa cartola, o nosso coelho albino.
Também havia a Margarita, irmã da Mãe; era uma violinista estupenda. Já os meus irmãos adoptivos, Gas e Louslu, eram os maiores palhaços de todo o Globo: eles faziam desde acrobacias, malabarismos, e palhaçadas.
Enquanto eles faziam todos os seus incríveis números, eu ia treinando…
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